Jogos Olímpicos (Tóquio'2020)

inot1982

Tribuna Presidencial
28 Agosto 2013
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Não achei muita piada ás novas modalidades como o skate e a escalada.
O surf já gostei.
O rugby de 7 poderia ser rugby de 15, e o futebol de praia faziam muito sentido serem Olimpicos.
 

inot1982

Tribuna Presidencial
28 Agosto 2013
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Não estava a brincar.

Eu durante os JO consumo tudo o que me põe à frente...qualquer modalidade, com aquela visão dos 5 aros à frente, se torna apelativa.

Mesmo que só me volte a lembrar dela daqui a 4 (ou 3) anos.

Amanhã vai custar bastante. Já se desligou tudo e a cerimónia de encerramento nem vê-la.
É uma frustração lixada. O que vale é qie só faltam 3 anos para a próxima.
E para o ano há campeonatos do mundo de natação e atletismo
 

Sabininho

Tribuna
17 Março 2018
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  • José Mourinho
  • Reinaldo Teles
  • André Villas-Boas
  • Kelvin
O nosso unico medalhado com ouro foi um naturalizado em circumstancias muito especificas.

Talvez esteja aqui a solucao para os nossos problemas. Ja que planear a longo prazo da trabalho, vamos atras de atletas ja feitos de outras nacionalidades e oferecemos a nacionalidade
 
15 Março 2012
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Fdx. Esta noite já não há nada para fazer.
Adoro esta merda.
Disse ontem á minha mulher para juntarmos dinheiro para ver se vou a Paris em 2024 ver natação ou atletismo
Já dei por mim fazer essa pergunta. Se uma pessoa quiser ir ver uma modalidade nos JO, por exemplo um jogo de voleibol, nós temos que comprar o bilhete só para esse jogo, ou podemos ter um bilhete que serve de entrada para todos os jogos de voleibol disputados nesse dia?

Ou será que até podemos comprar um bilhete que dê acesso a todas as modalidades à escolha durante um dia, dois dias, etc. por exemplo ver de manhã natação, à tarde um jogo de basquetebol e à noite o atletismo?

Alguém do portal já teve a experiência de ir a uns jogos para explicar como é que funciona?
 

tripeiro_de_gema

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  • Taça de Portugal 19/20
  • Deco
  • Lucho González
  • Campeão Nacional 19/20
É sem dúvida nenhuma os melhores JO para Portugal, os atletas (à exceção da equipa de Andebol que foi a grande desilusão) acabaram por cumprir os objetivos.

Destacar, obviamente, a Patrícia Mamona que fez uma prova notável. Superou-se e só não conseguiu o ouro porque a venezuelana é um extraterrestre.

No entanto, por muito boa que tenha sido a nossa participação, continua a ser curta e bastante aquém em termos globais.

Ora vejamos:

- Levamos 92 atletas (33º maior comitiva). Aqui não há nada a apontar.
- 56º lugar no ranking de medalhas oficial (que favorece os ouros).
- 47º lugar no ranking (pelo nº de medalhas)

Logo aqui percebemos, que em proporção, levamos poucos atletas com aspirações reais ao pódio. 4 ou 5 em 92. Menos de 10%.

Se nos comparamos com países europeus com população semelhante, também ficamos bastante atrás:

- Rep.Checa - 10,5M habitantes - 11 medalhas
- Hungria - 9,8M - 20 medalhas
- Suécia - 9,7M - 9 medalhas
- Bielorrússia - 9,4M - 7 medalhas
- Áustria - 8,6M - 7 medalhas
- Suíça - 8,2M - 13 medalhas
- Bulgária - 7,1M - 6 medalhas
- Sérvia - 7,1M - 9 medalhas
- Dinamarca - 5,6M - 11 medalhas
- Noruega - 5,1M - 8 medalhas
- Croácia - 4,2M - 8 medalhas
- Eslovénia - 2M - 5 medalhas

Estes dados mostram que, apesar de tudo, continuamos no fundo da tabela no que à Europa diz respeito e que existe ainda um longo caminho a percorrer para atingirmos a marca destes países.
Caminho esse, que já deveria abranger programas/projetos olímpicos não para Paris 2024, mas sim para Los Angeles 2028 e Brisbane 2032. Veja-se exemplos como o Reino Unido ou a Noruega que apresentou nestes jogos uma equipa com base no projeto a 10 anos contemplado em 2011.

Gostaria de apresentar mais alguns dados, mas o post já vai bastante longo e tornar-se-ia chato para quem o ler.

Infelizmente, só daqui a 3 anos é que o povo português e as estâncias políticas se voltam a lembrar que existe algo mais do que futebol e que os CR7 da vida.

A cultura desportiva, o investimento e o incentivo à pratica desportiva continuarão a ser muito deficitários.
Ou seja alegres, mas culturalmente e desportivamente atrasados.
Só o facto de darmos relevância aos diplomas olímpicos e os atletas festejarem um 23º lugar, diz tudo do estado do desporto português. Só a Holanda que é pouco mais de 4M de habitantes em relação a Portugal, tem 36 medalhas conquistadas nestes JOs de Tóquio mais que Portugal nos JOs somados, isto até devia-nos envergonhar, até me admira não sermos alvos de chacota mundial com estes registos. O próprio Phelps em pessoa tem tantas medalhas que Portugal, só 23 dessas 28 são de ouro e Portugal apenas 5 de ouro.

Não é fácil explicar este atraso, mas em parte julgo que o regime isolacionista do Estado Novo tenha atrasado significamente a prática desportiva em Portugal, como se pode ver alguns dos países dessa lista, viveram também sob regimes ditatoriais tal como a República Checa, Húngria, Eslovénia, Croácia, Bulgária, Sérvia, a Bielorrússia(que ainda é uma ditadura) e a Áustria(que também no período Anschluss/Alemanha Nazi), mas nunca deixaram de investir no desporto, pelo contrário aproveitavam-se dos JOs para demonstrar que eram os melhores, até os JOs servia de propaganda política para estes regimes. Portugal pelo contrário, como o meu avô dizia Salazar não era cruel, mas era bastante opressor, o próprio Inzébiu sentiu isso, aliás ele esteve para ir para a Itália só que a sua transferência para o Inter Milão acabou por ser abortada, porque o Salazar não permitiu que Inzébiu saisse do país, além disso o Inzébiu nunca mais pode representar a selecção portuguesa, daí o Inzébiu nunca ter progredido na carreira como era esperado, o Inzébiu podia ser tão bom como o Pelé. Na altura poucos em Portugal tinham autorização para sair do país, por isso que se chegou a acusar a Amália Rodrigues de ser agente da PIDE(o que é um mito) por esta ser das poucas pessoas que tinha autorização em sair do país.

Mas a Espanha também teve o mesmo problema de Portugal, um regime também isolacionista, com muito insucesso nos JOs, mas depois dos anos 80 a Espanha começou a melhorar significativamente os seus registos, mas os JOs de Barcelona foi o "boom" final para Espanha começar a duplicar os seus registos de medalhas. Começaram a investir muito mais em práticas desportivas, aliás até a Espanha conseguiu ultrapassar o Brasil no registo de medalhas olímpicas. Já Portugal não melhorou grande coisa, mesmo depois de se livrar da ditadura, porque a Espanha também ao livrar-se do regime investiu bastante na industrialização ao contrário de Portugal, que pouco investiu(ou quase nada) na industrialização, daí também as condições e os métodos para a prática desportiva em Portugal não sejam as melhores e estejam ultrapassadas no tempo. O facto também de se ter negligenciado o desporto escolar demonstra também a qualidade dos nossos governantes ao mesmo tempo, quando se acha que a disciplina de educação física pode ser desprezada diz tudo sobre a população portuguesa e quem nos governa, daí 30% da população ser obesa ou ter excesso de peso. Somos o países dos doutores e engenheiros, mas não são os doutores e engenheiros que fazem um país, alguém tem que sujar as mãos.

Quanto a este governo, não se espera por grandes melhorias, porque para já o Secretaria de Estado do Desporto e da Juventude(departamento do Ministério da Educação) é ocupado por João Paulo Rebelo, que não percebe nada de desporto, é apenas um tecnocrata e um boy(ou um boi), além disso este governo não tem capacidade para resolver problemas, pelo contrário só serve para empurrar os problemas com a barriga, este apenas quer agradar aos políticos de Bruxelas e pior é que ele vai olhar como estes resultados(4 medalhas+11diplomas políticas) como tivesse tudo bem e que as coisas estão a melhorar. Depois o típico português acha que os problemas se resolvem com subsídios, então que o problema desportivo em Portugal vai muito além de subsídios. Mas no entanto aproveitaram-se destes JOs também para politizar e voltar a falar-se de políticas identitárias, quando se vê pessoas a discutir a cor de pele, ou porque outro veio do Cuba ou de um regime comunista, ou se o Pichardo é mesmo português, obviamente que isto tudo vai distrair do debate em relação ao desenvolvimento do desporto em Portugal. Desculpem a minha sinceridade, mas basta ver que alguns membros deste Portal que saíram das suas tocas e começaram a politizar este tópico com as suas propagandas do costume, mas nada ou pouco contribuíram para a discussão do desporto em Portugal e que melhorias podem ser feitas e se calhar é isso que muitos dos nossos atletas e os futuros atletas desejam. Depois há quem se aproveita disto para fazer propagandas clubísticas, com aquela cassete do costume "a minha nação é o Porto, e Portugal que se f***", isso também diz tudo sobre a cultura desportiva(falta) em Portugal.
 
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  • Alfredo Quintana
Ou seja alegres, mas culturalmente e desportivamente atrasados.
Só o facto de darmos relevância aos diplomas olímpicos e os atletas festejarem um 23º lugar, diz tudo do estado do desporto português. Só a Holanda que é pouco mais de 4M de habitantes em relação a Portugal, tem 36 medalhas conquistadas nestes JOs de Tóquio mais que Portugal nos JOs somados, isto até devia-nos envergonhar, até me admira não sermos alvos de chacota mundial com estes registos. O próprio Phelps em pessoa tem tantas medalhas que Portugal, só 23 dessas 28 são de ouro e Portugal apenas 5 de ouro.

Não é fácil explicar este atraso, mas em parte julgo que o regime isolacionista do Estado Novo tenha atrasado significamente a prática desportiva em Portugal, como se pode ver alguns dos países dessa lista, viveram também sob regimes ditatoriais tal como a República Checa, Húngria, Eslovénia, Croácia, Bulgária, Sérvia, a Bielorrússia(que ainda é uma ditadura) e a Áustria(que também no período Anschluss/Alemanha Nazi), mas nunca deixaram de investir no desporto, pelo contrário aproveitavam-se dos JOs para demonstrar que eram os melhores, até os JOs servia de propaganda política para estes regimes. Portugal pelo contrário, como o meu avô dizia Salazar não era cruel, mas era bastante opressor, o próprio Inzébiu sentiu isso, aliás ele esteve para ir para a Itália só que a sua transferência para o Inter Milão acabou por ser abortada, porque o Salazar não permitiu que Inzébiu saisse do país, além disso o Inzébiu nunca mais pode representar a selecção portuguesa, daí o Inzébiu nunca ter progredido na carreira como era esperado, o Inzébiu podia ser tão bom como o Pelé. Na altura poucos em Portugal tinham autorização para sair do país, por isso que se chegou a acusar a Amália Rodrigues de ser agente da PIDE(o que é um mito) por esta ser das poucas pessoas que tinha autorização em sair do país.

Mas a Espanha também teve o mesmo problema de Portugal, um regime também isolacionista, com muito insucesso nos JOs, mas depois dos anos 80 a Espanha começou a melhorar significativamente os seus registos, mas os JOs de Barcelona foi o "boom" final para Espanha começar a duplicar os seus registos de medalhas. Começaram a investir muito mais em práticas desportivas, aliás até a Espanha conseguiu ultrapassar o Brasil no registo de medalhas olímpicas. Já Portugal não melhorou grande coisa, mesmo depois de se livrar da ditadura, porque a Espanha também ao livrar-se do regime investiu bastante na industrialização ao contrário de Portugal, que pouco investiu(ou quase nada) na industrialização, daí também as condições e os métodos para a prática desportiva em Portugal não sejam as melhores e estejam ultrapassadas no tempo. O facto também de se ter negligenciado o desporto escolar demonstra também a qualidade dos nossos governantes ao mesmo tempo, quando se acha que a disciplina de educação física pode ser desprezada diz tudo sobre a população portuguesa e quem nos governa, daí 30% da população ser obesa ou ter excesso de peso. Somos o países dos doutores e engenheiros, mas não são os doutores e engenheiros que fazem um país, alguém tem que sujar as mãos.

Quanto a este governo, não se espera por grandes melhorias, porque para já o Secretaria de Estado do Desporto e da Juventude(departamento do Ministério da Educação) é ocupado por João Paulo Rebelo, que não percebe nada de desporto, é apenas um tecnocrata e um boy(ou um boi), além disso este governo não tem capacidade para resolver problemas, pelo contrário só serve para empurrar os problemas com a barriga, este apenas quer agradar aos políticos de Bruxelas e pior é que ele vai olhar como estes resultados(4 medalhas+11diplomas políticas) como tivesse tudo bem e que as coisas estão a melhorar. Depois o típico português acha que os problemas se resolvem com subsídios, então que o problema desportivo em Portugal vai muito além de subsídios. Mas no entanto aproveitaram-se destes JOs também para politizar e voltar a falar-se de políticas identitárias, quando se vê pessoas a discutir a cor de pele, ou porque outro veio do Cuba ou de um regime comunista, ou se o Pichardo é mesmo português, obviamente que isto tudo vai distrair do debate em relação ao desenvolvimento do desporto em Portugal. Desculpem a minha sinceridade, mas basta ver que alguns membros deste Portal que saíram das suas tocas e começaram a politizar este tópico com as suas propagandas do costume, mas nada ou pouco contribuíram para a discussão do desporto em Portugal e que melhorias podem ser feitas e se calhar é isso que muitos dos nossos atletas e os futuros atletas desejam. Depois há quem se aproveita disto para fazer propagandas clubísticas, com aquela cassete do costume "a minha nação é o Porto, e Portugal que se f***", isso também diz tudo sobre a cultura desportiva(falta) em Portugal.

Acompanho o esforço de procura pelas causas estruturais do atraso do desporto nacional. Isso é uma atitude séria. Compreendendo que o problema não é individual, não se prendendo com a incapacidade técnica, física, mental ou discursiva deste ou daquele atleta, mas sim macrossocial, organizacional, ... mais depressa chegaremos a soluções da mesma natureza. Problemas estruturais requerem soluções estruturais. 4 medalhas é um pecúlio magro, embora o melhor de sempre do olimpismo nacional. O primeiro passo terá de ser a realização desse debate, do que queremos para o desporto, como queremos vivê-lo, que recursos dispomos, como aplicá-los, que métodos implementar, que estratégias seguir... Devemos distanciar-nos das polémicas dos falhanços individuais, das prestações menos conseguidas, das delcarações infelizes de a ou b... e debater o que realmente interessa.

Quanto ao resto... é natural. No tópico várias pessoas posicionaram-se acerca de Pichardo, das questões de nacionalidade... umas expressando uma determinada ideia e concepção política, outros outras. Quem opina que sente algum desconforto ou menor afeição em relação a atleta x e a circunstância y, ou defende que a nacionalidade prende-se mais com critério tal do que com critério aqueloutro, exprime uma visão subjectiva da realidade, associada a uma ideia e a um posicionamento político. Passível de discussão e de outros pontos de vista. ... não falaria de questões identitárias, pois a terminologia remete-nos para uma pequena política, para o tribalismo reinante. Falaria antes de uma visão humanista importante e talvez necessária para o momento histórico que atravessamos, com o recrudescimento das tensões sociais e o aparecimento de actores políticos com posicionamentos discriminatórios. Numa altura em vemos líderes políticos com condutas e discursos racistas e xenófobos em relação aos próprios portugueses, fará todo o sentido realizar oposição política e sublinhar, com exemplos concretos, como todos os portugueses têm valor e estão habilitados a dar contributos relevantes ao país.

... afinal, coloquemos de lado as tretas da política norte-americana, dos wokes e quejandos... a discriminação a que os afro-descendentes estão sujeitos também em Portugal, a intolerância face a pessoas com vivências sexuais e de género distintas... são questões identitárias, sectoriais, que somente dizem respeito a alguns, ou problemas que interpelam todos os membros da comunidade? Que dizem respeito a que tipo de sociedade pretendemos... de um lado dizem-me que as pessoas que habitam bairro x são um bando de criminosos, que deputada tal deve voltar para a sua terra... um político cada vez mais popular. E temos pruridos em sublinhar como um negro vindo de um bairro de pobre chega a uma medalha olímpica ou em frisar o contributo dado por uma pessoa nascida fora do país? Pois politizemos, com convicção e em plena consciência.
 
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Acompanho o esforço de procura pelas causas estruturais do atraso do desporto nacional. Isso é uma atitude séria. Compreendendo que o problema não é individual, não se prendendo com a incapacidade técnica, física, mental ou discursiva deste ou daquele atleta, mas sim macrossocial, organizacional, ... mais depressa chegaremos a soluções da mesma natureza. Problemas estruturais requerem soluções estruturais. 4 medalhas é um pecúlio magro, embora o melhor de sempre do olimpismo nacional. O primeiro passo terá de ser a realização desse debate, do que queremos para o desporto, como queremos vivê-lo, que recursos dispomos, como aplicá-los, que métodos implementar, que estratégias seguir... Devemos distanciar-nos das polémicas dos falhanços individuais, das prestações menos conseguidas, das delcarações infelizes de a ou b... e debater o que realmente interessa.

Quanto ao resto... é natural. No tópico várias pessoas posicionaram-se acerca de Pichardo, das questões de nacionalidade... umas expressando uma determinada ideia e concepção política, outros outras. Quem opina que sente algum desconforto ou menor afeição em relação a atleta x e a circunstância y, ou defende que a nacionalidade prende-se mais com critério tal do que com critério aqueloutro, exprime uma visão subjectiva da realidade, associada a uma ideia e a um posicionamento político. Passível de discussão e de outros pontos de vista. ... não falaria de questões identitárias, pois a terminologia remete-nos para uma pequena política, para o tribalismo reinante. Falaria antes de uma visão humanista importante e talvez necessária para o momento histórico que atravessamos, com o recrudescimento das tensões sociais e o aparecimento de actores políticos com posicionamentos discriminatórios. Numa altura em vemos líderes políticos com condutas e discursos racistas e xenófobos em relação aos próprios portugueses, fará todo o sentido realizar oposição política e sublinhar, com exemplos concretos, como todos os portugueses têm valor e estão habilitados a dar contributos relevantes ao país.
Se tu achas que 2 semanas de JOs vai mudar a mentalidade das pessoas, podes ficar à espera sentado. Mal acabar os JOs as pessoa vão esquecer de tudo, ainda mais que agora vem aí as autárquicas. O que se exige é atitude por parte dos nosso governantes, eu estou me cagar o que é que um insignificante deputado diz ou deixa de dizer.

O que se queria era que os governantes olhassem para o desporto a sério, e não da forma superficial. O desporto em si é também uma forma de integrar diferentes comunidades de facto e se essas comunidades não tiverem acompanhamento e condições para seguir uma carreira desportiva, essas comunidades continuarão marginalizadas, mas isso é assunto que pode ser discutido noutro tópico.
 
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  • Alfredo Quintana
Se tu achas que 2 semanas de JOs vai mudar a mentalidade das pessoas, podes ficar à espera sentado. Mal acabar os JOs as pessoa vão esquecer de tudo, ainda mais que agora vem aí as autárquicas. O que se exige é atitude por parte dos nosso governantes, eu estou me cagar o que é que um insignificante deputado diz ou deixa de dizer.

O que se queria era que os governantes olhassem para o desporto a sério, e não da forma superficial. O desporto em si é também uma forma de integrar diferentes comunidades de facto e se essas comunidades não tiverem acompanhamento e condições para seguir uma carreira desportiva, essas comunidades continuarão marginalizadas, mas isso é assunto que pode ser discutido noutro tópico.
Não creio que nada de substancial mude a curto prazo, não há soluções mágicas para tão grandes questões. Teremos de pensar também no que poderemos fazer enquanto cidadãos, na nossa própria relação com o desporto. Nos nossos consumos, nas práticas diárias, na educação dos nossos filhos, ... nas escolhas políticas que fazemos, na influência que podemos ter nos nossos círculos. O desporto deve ser encarado como um factor de integração, de promoção da saúde pública, de transmissão de valores, ...

... a mim preocupa-me o que o deputado diz, pois não apenas se trata da expressão do que muitas pessoas pensam como tem efeitos negativos sobre os seus alvos. E tem efeitos perversos para a própria vida em comum. Pior... mostra que determinado tipo de concepção tem já representação política formal e está mais próxima de influenciar a condução das matérias relevantes à vida do país. Não há que recear defender ideias e posições políticas, pelo contrário, é necessário a quem vive em sociedades humanas.
 

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Não creio que nada de substancial mude a curto prazo, não há soluções mágicas para tão grandes questões. Teremos de pensar também no que poderemos fazer enquanto cidadãos, na nossa própria relação com o desporto. Nos nossos consumos, nas práticas diárias, na educação dos nossos filhos, ... nas escolhas políticas que fazemos, na influência que podemos ter nos nossos círculos. O desporto deve ser encarado como um factor de integração, de promoção da saúde pública, de transmissão de valores, ...

... a mim preocupa-me o que o deputado diz, pois não apenas se trata da expressão do que muitas pessoas pensam como tem efeitos negativos sobre os seus alvos. E tem efeitos perversos para a própria vida em comum. Pior... mostra que determinado tipo de concepção tem já representação política formal e está mais próxima de influenciar a condução das matérias relevantes à vida do país. Não há que recear defender ideias e posições políticas, pelo contrário, é necessário a quem vive em sociedades humanas.
Pois, mas Patrícias Mamonas e Naides Gomes cresceram não muito longe de Lisboa, então imagina quem vive ou cresceu fora dos grandes centros urbanos não tem essa sorte. Quem vive no interior como faz? Depois boa parte dos grupos minoritários acabam nem sequer por seguir cursos superiores nem nada disso. Em vez de haver cursos de cozinha para despachar os alunos ao nono ano, porque não são incentivados a actividades ou práticas desportivas? Um país que só se incentiva as crianças a serem doutores e engenheiros, mas nem todos conseguem seguir a vocação, tem que haver formas alternativas de saída. Daí essas comunidades serem marginalizadas, depois inevitávelmente são usados como isco político.

Volto a dizer, existe um tópico de Política Nacional, agora aqui é falar de desporto a sério e encontrar soluções, como disse os actuais governantes não vão fazer nada para melhorar. Porque os nossos atletas não protagonizam uma situação semelhante ao que os jogadores portugueses fizeram em Saltillo em 86? Claro situações diferentes, os atletas podem pressionar estes governantes terceiros mundistas.
 

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  • Alfredo Quintana
Pois, mas Patrícias Mamonas e Naides Gomes cresceram não muito longe de Lisboa, então imagina quem vive ou cresceu fora dos grandes centros urbanos não tem essa sorte. Quem vive no interior como faz? Depois boa parte dos grupos minoritários acabam nem sequer por seguir cursos superiores nem nada disso. Em vez de haver cursos de cozinha para despachar os alunos ao nono ano, porque não são incentivados a actividades ou práticas desportivas? Um país que só se incentiva as crianças a serem doutores e engenheiros, mas nem todos conseguem seguir a vocação, tem que haver formas alternativas de saída. Daí essas comunidades serem marginalizadas, depois inevitávelmente são usados como isco político.

Volto a dizer, existe um tópico de Política Nacional, agora aqui é falar de desporto a sério e encontrar soluções, como disse os actuais governantes não vão fazer nada para melhorar. Porque os nossos atletas não protagonizam uma situação semelhante ao que os jogadores portugueses fizeram em Saltillo em 86? Claro situações diferentes, os atletas podem pressionar estes governantes terceiros mundistas.
Viver na zona de Lisboa tem muito que se lhe diga... concordo com a valorização de vias de ensino profissionalizante ou de tipo não superior. Mas não poderão ser associadas a determinado tipo de pessoa ou de grupo social, antes apelativas a todos os cidadãos nacionais que pretendam seguir outros caminhos formativos. Não devemos associar comunidades a determinados tipos de percurso, reservando as engenharias ou as medicinas a uns e os cursos formativos/práticos/não superiores a outros. Devemos sim, a meu ver, lutar politicamente para que todos os cidadãos tenham iguais possibilidades ... o mais possível... de seguirem rumos positivos. Quer se trate do ensino superior formal ou de outro qualquer. Mas isso fica para outros tópicos. O desporto tem de ser um percurso possível para todos, sem dúvida.
 

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Viver na zona de Lisboa tem muito que se lhe diga... concordo com a valorização de vias de ensino profissionalizante ou de tipo não superior. Mas não poderão ser associadas a determinado tipo de pessoa ou de grupo social, antes apelativas a todos os cidadãos nacionais que pretendam seguir outros caminhos formativos. Não devemos associar comunidades a determinados tipos de percurso, reservando as engenharias ou as medicinas a uns e os cursos formativos/práticos/não superiores a outros. Devemos sim, a meu ver, lutar politicamente para que todos os cidadãos tenham iguais possibilidades ... o mais possível... de seguirem rumos positivos. Quer se trate do ensino superior formal ou de outro qualquer. Mas isso fica para outros tópicos. O desporto tem de ser um percurso possível para todos, sem dúvida.
Eu até fico parvo a quantidade de alunos que são mandados para a cozinha só para eles cumprirem o 9º ano. Praticamente cursos ligados ao sector do turismo e essas tretas.
 
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Eu até fico parvo a quantidade de alunos que são mandados para a cozinha só para eles cumprirem o 9º ano.
Pode ser que os turistas agradeçam.

... gostava bastante de desporto nos tempos de mocidade e tinha algum jeito. Não havia qualquer programa sério... ou menos sério... de desporto escolar. Enfim, é a vida.