É preciso fazer um reset.
Este processo de auto-destruição de um conjunto de gente pouco dada a valores que não comerciais vai ser ainda algo longo e penoso.
O clube vai ficar muito pior do que está hoje.
Esse definhar é uma inevitabilidade já muito debatida e bastante lógica dadas as circunstâncias.
O futuro pode ser risonho se por fim acordarmos enquanto nação.
Mas não nos enganemos, por mais que isto caia de podre, as possibilidades com maior força continuam a ser negras.
Um chinês, um Mendes, uma Macacada, um qualquer dissidente desta trupe desavergonhada...qualquer destas coisas hoje ainda serão o que de mais provável acontecerá ao nosso clube.
Depende de nós, de cada um, deixar que isso silenciosamente aconteça. Ou não.
O FC Porto precisa de se reformular, de voltar às bases, de fazer uma limpeza de gentes, de valores.
O FC Porto precisa de um novo líder. Fora da caixa. Fora desta estirpe de lambedores e chupadores.
O FC Porto precisa de um projecto com cabeça, tronco e membros.
O FC Porto precisa de voltar a ter paixão.
O FC Porto precisa de voltar a ser a bandeira do norte.
O FC Porto precisa de voltar a olhar as suas gentes. Ser a sua bandeira. O seu orgulho.
O FC Porto tem de se modernizar e potenciar tudo o que pode, tem de ser nacional e internacional, mas nunca pode deixar de ser o Futebol Clube do Porto.
Há que saber sê-lo.
O FC Porto precisa de gente inteligente, moderna, que se dedique à causa.
Uma causa. Que honestamente é um projecto interessante de carreira.
O FC Porto não pode aceitar mais reinados eternos, monarquias, nada desta porcaria.
O FC Porto precisa optimizar o que de ainda bom sobrar a nível de infra-estruturas e capital humano e transformar-se, catapultar-se para a vanguarda dos novos tempos.
Sendo sempre o Futebol Clube do Porto, das suas gentes.
Há que saber sê-lo.
A fronteira, a linha, o limbo entre a possibilidade de um futuro risonho e as trevas é bastante ténue e neste momento pouca gente há a pensar e batalhar por um futuro risonho.
O FC Porto precisa de um exemplo idóneo, com espinha e valores morais, inteligência e dedicação.
Modernidade, Gente urbana, cosmopolita, não interessa o escalão do irs nem o diploma.
Interessa o valor que tem, o potencial que tem, um projecto, a idoneidade, a independência.
Cabe a cada um de nós tornar esse caminho possível.
Abrir as possibilidades para que essa gente possa caminhar, mostrar-se, trabalhar.
É preciso colocar a mão na consciência, olhar em volta, ver em que mãos deixamos o clube.
Que tipo de gente temos a comandar, manipular e a afundar o nosso clube?
Vemos o enriquecimento pessoal de todos eles, como se fossem reis do petróleo no Dubai, o clube definha e morre.
O clube torna-se burguês quando as suas gentes passam fome.
E estes reis passeiam-se vestidos de ouro, com total nojo das suas gentes, apenas saqueando os cobres existentes.
É preciso reflexão dentro de cada um.
É preciso que quem sabe pensar e quer o bem do clube se una.
É preciso pensar, é preciso uma renovação, uma reformulação, um novo nascer sem esquecer quem somos nas bases importantes do passado e imprescindiveis para um futuro de sucessos. A todos os níveis.
Poderemos ser Porto.
Porto.
Que não é nada disto.