Para mim um dos melhores se sempre foi Enzo Francescoli.
O príncipe uruguaio Enzo Francescoli se salvou na geração perdida do futebol de seu país. De tão bom, virou ídolo dos argentinos. Jogando na Celeste, com a camisa 10 o maior ídolo de sua geração. Cada vez que ele entrava em campo, a torcida do River Plate cantava: \"U-ru-guayo!\". Vindo de argentinos, não podia haver homenagem maior. Ao deixar o futebol, no início de 1998 (recusando uma proposta de 1 milhão de dólares para continuar), Francescoli já estava consagrado como o maior jogador do Uruguai até então.
O retrospecto de Francescoli chama a atenção em meio à decadência do futebol uruguaio: de quatro Copas América que ele disputou, conquistou três, perdendo apenas a de 1989, na final contra o Brasil. Em 1983, fez o primeiro golo na vitória por 2 x 0 sobre o Brasil, no jogo de ida da decisão (então em duas partidas).
Em 1987, brilhou na semifinal contra a Argentina, em pleno Monumental de Núñez. Em 1995, já aos 33 anos, ergueu pela última vez a Copa América. Os uruguaios lhe deram o apelido de \"El Príncipe\", emprestado de outro grande ídolo do país, Anibal Ciocca, craque dos anos 30 e 40. Quando Enzo parou de jogar, o seu rosto já estava estampado numa bandeira da torcida do River, ao lado de Di Stefano e Labruna, entre outros. Nos sete anos passados no Monumental, em dois períodos diferentes, ganhou tudo que poderia sonhar: cinco títulos argentinos, uma Supercopa e uma Libertadores a primeira da história do River. Depois que ele parou, o River deixou de ser temido como antes.
Enzo Francescoli é o maior ídolo do francês Zinedine Zidane. Tanto assim o é que o mestre francês homenageou-o colocando o nome Enzo em seu primeiro filho.
Diz a lenda que Zidane, nos idos em que jogava no Olympique de Marseille, usava uma camisa do River Plate (que havia pertencido a Enzo) por baixo do seu uniforme.