O que é que o faz acreditar que o Hali não recuperou de um estiramento de grau 1 em 4 meses? Se vamos falar de estiramentos de grau 1 podemos também começar a falar de nódoas negras e não tarda não há um atleta no mundo sem justificativa para os falhanços.
Alterações nas percentagens. Assumo que te refiras a percentagens no lançamento exterior porque era o que estava a ser discutido relativamente ao Luka. Quanto a isso o próprio Haliburton já se pronunciou, e o que disse foi que acha que não tem explicação, as bolas não estão a cair como estavam. Provavelmente referes-te aos 32% de 3 nos 35 jogos pós-lesão vs 40% nos 33 jogos pré-lesão. Em primeiro lugar, o mais importante a sublinhar é que 30 ou 40 jogos continua a ser uma amostra muito fraca e variância é com alto grau de probabilidade o fator mais preponderante. Existem outliers (positivos e negativos) de temporadas inteiras dentro das próprias carreiras dos atletas (03 McGrady, 96 Terrell Brandon, 95 Dana Barros etc). Não foi por culpa de um estiramento que passou a lançar pior. Ademais, analisando os dados, o que se verifica é que a queda começa a acontecer pré-lesão.
Split 1 (16 jogos, Outubro e Novembro): 45% (8.8 3PA)
Split 2 (17 jogos, Dezembro e início de Janeiro): 35.8% (8.1 3PA)
Isto foi o pré-estiramento. A queda (que seria de esperar, embora não tão abrupta) começa antes da lesão. O pós-lesão é de 35 jogos, 32.4% (7.1 3PA), sendo que o imediatamente pós lesão (10 jogos pós), com restrição de minutos faz 38.7%, 2pp acima do Split 2 pré-lesão, apenas 1.3 pp abaixo de todo o período Outubro-Janeiro.
No caso do Hali, tal como com o Luka, a quantidade de lançamentos abertos também não sugere problemas em criar separação do defensor (no caso do americano, até aumenta pós-lesão). Mas quem sabe. Esta, pelo menos, é a minha forma de ver a questão.