William Gomes teve intervenção direta (golo ou assistência) em cinco dos oito jogos em que participou pelo FC Porto, mostrando leitura de jogo e técnica decisivas em momentos complexos – como frente ao Celoricense, que até aos 62 minutos só vencia por 1-0, acabando por sofrer uma derrota por 4-0, com William a assistir um dos três golos de Samu.
Os adeptos lembram-lhe os golos frente ao Sporting, no triunfo por 2-1 em Alvalade, e o tento em período de compensação contra o Salzburgo, que garantiu a vitória por 1-0 na primeira jornada da fase de grupos da Liga Europa. A sua influência é ainda mais notória tendo em conta a concorrência do compatriota Pepê, cuja experiência e qualidade são apreciadas por Francesco Farioli.
Nas estatísticas de ações decisivas esta época, Samu lidera, com uma intervenção a cada 64 minutos (apenas golos, sem assistências), seguido por William Gomes, que regista uma ação decisiva a cada 69 minutos. Gabri Veiga aparece com média de 110 minutos, Alberto Costa com 116 minutos (soma cinco assistências) e Pepê fecha a lista com 128 minutos por golo ou assistência – dois golos e três passes para golo.
Na Liga Europa, William, que foi suplente frente ao Salzburgo e titular contra o Estrela Vermelha, é o segundo melhor marcador da competição com dois golos, atrás de Anass Zaroury, do Panathinaikos, com três. É também o sexto jogador com mais remates enquadrados (três).
Contratado ao São Paulo em janeiro por nove milhões de euros, William tem evoluído desde a chegada: superou a adaptação ao clube e à cidade, destacou-se no Mundial de Clubes com boas exibições e um golo ao Al-Ahly, e consolidou-se na pré-época, confirmando com Farioli os sinais positivos do final da época anterior. Aos 19 anos, o investimento do FC Porto parece justificável, dado o potencial e a trajectória ascendente do jogador.