FC Porto

“Só podemos avaliar os resultados e aí Farioli merece um voto de confiança”

Francesco Farioli chegou este verão ao FC Porto com a responsabilidade de restaurar os títulos nacionais, depois de uma temporada 2024/25 desapontante que terminou com o 3.º lugar na classificação.

O percurso do treinador italiano traz consigo memórias de frustração: em 2024/25 o Ajax deixou escapar o campeonato neerlandês nas últimas jornadas, sendo ultrapassado pelo bicampeão PSV.

A passagem pelo Dragão despertou grandes expectativas entre os adeptos, já que a equipa lidera presentemente a I Liga com 25 pontos, três a mais que o bicampeão Sporting e quatro acima do Benfica.

A invencibilidade em Portugal foi posta à prova na passada segunda-feira, em Moreira de Cónegos, onde a equipa virou um resultado adverso para triunfar por 1-2. No jogo anterior, o colectivo portista havia perdido por 0-2 frente ao Nottingham Forest, na Liga Europa.

Em declarações ao Portal dos Dragões, Rui Quinta avaliou o momento da equipa e reforçou que não está em queda de rendimento.

“Para um plantel jovem, a tendencia é desligar um pouco após os jogos europeus. O mesmo se passa no regresso dos jogadores das seleções. Os jogos seguintes são sempre de difícil concentração. Em Inglaterra [com o Nottingham], o FC Porto não foi competente ofensivamente. Em Moreira de Cónegos, a equipa foi lenta, previsível, mas mudou a atitude na segunda parte. O ritmo e as dinâmicas foram diferentes e foi notória a crença do colectivo no que queria: a vitória. Não acho que o FC Porto tem um problema, nem que os jogos menos conseguidos sejam uma fatalidade“, começou por dizer o técnico, ex-adjunto de Vítor Pereira, nome incontornável na história recente do emblema da Invicta.

O facto de Farioli ainda não ter conquistado o seu primeiro título não é, para o treinador português, motivo para “desconfiança”.

As pessoas olham para o que aconteceu no Ajax, mas o facto de ter acontecido antes, não quer dizer que vá acontecer agora. Tomamos isso como verdade, mas os contextos e os clubes são diferentes. Isso não poderá servir de ponto de partida caso o FC Porto passe por um momento de menor fulgor. Até ao momento, o seu trabalho fala por si, são 11 vitórias, uma derrota e um empate. Mais importante, são os princípios que são transversais, quer em momento defensivo, quer defensivo”, sustentou.

Vem aí o Sporting de Braga

A 10.ª jornada da I Liga traz a recepção do FC Porto ao Sporting de Braga. Rui Quinta antecipou o encontro, mostrando confiança na equipa azul e branca.

Esta reviravolta diante do Moreirense, deu uma grande injeção aos jogadores, que sabem que não podem vacilar em casa. Será um jogo entre duas equipas de qualidade, com um Sporting de Braga a demonstrar que tem capacidade de resposta nos jogos de maior dimensão, com vitória sobre o Celtic (2-0) e empate (1-1) com o Sporting, em Alvalade. No entanto, o FC Porto é diferente dessas equipas”, alertou.

“Não acredito em mudanças no onze que tem vindo a ser utilizado. O Farioli tem um padrão de escolha. Pode-se dizer que o Borja Sainz está com uma quebra de rendimento, mas isso associa-se aos números, em termos de golos ou assistências. Ele não manteria a titularidade se estivesse a prejudicar as dinâmicas do colectivo. No banco, está o Deniz Gul ou até o Rodrigo Mora, que é diferenciado, traz imprevisibilidade ao jogo da equipa, cria incerteza e desconforto ao adversário, mas a gestão dessas situações pertence à equipa técnica. Nós só podemos avaliar os resultados e o treinador merece um voto de confiança“, completou Rui Quinta.