FC Porto

“Adjunto” de Farioli no banco: Eustáquio mostra o que é ser Dragão

Stephen Eustáquio atravessa o período mais complicado desde a sua chegada ao FC Porto em termos de utilização. Um cenário que o médio, de certo modo, já antevia e até reconheceu recentemente, mas que não impede o internacional canadiano de ter um papel relevante no balneário e no banco. “O Eustáquio foi como meu adjunto, a falar e a apoiar … É difícil descrever a minha gratidão por ter estes jogadores, também pelos que jogam um pouco menos, pela forma como se comportam e ajudam a equipa a crescer e a ficar melhor todos os dias”, vincou Francesco Farioli, após o desafio diante do Braga.

Em setembro, o médio admitira que “o mercado do FC Porto fez com que baixasse as expectativas pessoais e aumentasse as da equipa”, assumindo a necessidade de “puxar a cassete atrás”. “Quando vim para cá, jogava dois, cinco ou dez minutos, com o Sérgio Conceição, e dava o máximo”, recordou. E, de facto, apenas aquele período, na segunda metade de 2021/22, se aproxima do momento atual. Eustáquio soma apenas 258 minutos repartidos por sete jogos, com apenas uma titularidade e, nessa ocasião, também teve azar.

Contra o Estrela Vermelha cumpriu os 90 minutos ainda algo condicionado pela virose que o impediu de figurar na ficha de jogo com o Arouca dias antes. O médio arrancou bem a época, sendo um dos primeiros a sair do banco até à terceira jornada, mas a chegada de Pablo Rosario reduziu o seu espaço. Situação bem distinta das épocas anteriores, em que nunca desceu das 40 partidas e, por duas vezes, aproximou‑se dos 3 000 minutos.

Enquanto um dos elementos mais antigos do plantel, ao lado de Diogo Costa, Cláudio Ramos e Zaidu, a camisola 6 assume responsabilidades de liderança e de apoio aos mais jovens, demonstrando uma entrega nos treinos muito valorizada por Farioli. O médio esforça‑se para que esse trabalho se traduza em mais minutos, sobretudo por ser ano de Mundial e por ser um dos responsáveis pela organização do jogo. O estatuto que detém na seleção não põe em risco a sua presença, mas o tempo de jogo continua a ser um desafio.