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As experiências de Sérgio Conceição na pré-época do FC Porto

O treinador já tem uma base, tática e individual, e procurou no México testas soluções para o improviso. A maioria dos testes trouxe resultados prometedores

Felipe e Marcano consolidados e dois esquerdinos como centrais: Felipe e Marcano têm sido a dupla preferencial e Indi entra, sobretudo, para jogar com Felipe. Anteontem foi parceiro de Marcano, para uma dupla completamente esquerdina, que Lopetegui já tinha experimentado, mas que raramente se vê. Correu bem: um golo sofrido, mas sem responsabilidade de nenhum.

Layún e Ricardo Pereira: um lateral direito a jogar como ala: O 4x4x2 do treinador é muito exigente em termos defensivos para aquilo que são as características fundamentais de Corona e Brahimi, os dois que têm mais moral. Por isso, o técnico experimentou Layún e Ricardo como médios alas, à frente de Maxi. E a verdade é que o FC Porto esteve bem nas duas situações.

João Carlos Teixeira: sem nada, pode ser tudo nesta equipa: O jovem português foi ostracizado por Nuno Espírito Santo e tenta mostrar-se a Sérgio Conceição para evitar o empréstimo ou mais um ano perdido. O treinador prefere-o como médio-ala esquerdo, mas Brahimi ou Otávio serão intocáveis. Por isso deu-lhe a oportunidade também de jogar no meio. E os bons pormenores continuam a pedir mais tempo e continuidade.

Dupla de ataque com dois verdadeiros 9 contra o Chivas: A época começou com Otávio ao lado de Soares, Galeno também por lá passou, mas contra o Chivas foi Aboubakar a começar ao lado de Tiquinho. Esta foi claramente a dupla que mais rendeu, pese embora os compêndios reclamem um segundo avançado no apoio ao verdadeiro 9. O FC Porto jogou com dois. Deu-se bem, especialmente pelo camaronês. Soares até se mostrou mais a jogar de costas.

André André aprovado como alternativa a Danilo: Óliver Torres, parece seguro, será médio centro com liberdade para fazer um espaço de 40 metros, enquanto Danilo vai continuar mais fixo às tarefas defensivas. Sem o Comendador, lesionado, Mikel mostrou-se com o Cruz Azul, mas foi André André que aí elevou o nível e, contra o Chivas, o subiu mais ainda. É, claro, muito diferente dos verdadeiros 6, mas acrescenta soluções muito interessantes.