O caso remonta ao final de 2009 (20/12/2009) em que Hulk, Sapunaru, Helton, Fucile e Cristian Rodríguez se viram envolvidos num conflito com dois stewards no tunel do Estádio da Luz no final do jogo contra o Benfica.
Os jogadores foram posteriormente acusados pelo Ministério Público do crime de ofensa à integridadade simples resultante dos incidentes, mas no entanto, dos cinco jogadores, “apenas” Hulk e Sapunaru são suspensos preventivamente pela Comissão Disciplinar da Liga de Clubes. Além do processo civil que foi aberto pelos stewards, (que se diziam agredidos pelos dois jogadores) o caso foi também averiguado a nível desportivo.
Resultante de toda a situação, os dois jogadores foram preventivamente suspensos de todas as competições nacionais, sendo ambos punidos posteriormente com 4 meses (Hulk) e 6 meses (Sapunaru) de suspensão de todas as competições nacionais.
Se até aqui o caso era um caso único em toda a história do futebol português, tudo se tornou ainda mais “incrível” (qual Incrível Hulk), quando quase 4 meses depois de se verem impedidos de competir, o recurso do clube azul e branco é aceite e os jogadores Hulk e Sapunaru vêm as suas penas serem reduzidas para três e quatro jogos respectivamente.
Se até à data, a desconfiança de que o caso não seria nada mais nada menos que um lobby bem montado em prejuízo dos Dragões, a decisão anedótica de redução de pena, torna tudo claro aos olhos de todos.
Mas afinal de contas, quem não conhece toda a história? Quem não acompanhou de forma incrédula todo o desenrolar da “trama” inventada por Ricardo Costa? Quem não se sentiu injustiçado e complacente com a “revolta” dos dois jogadores, plantel e toda a estrutura portista? Cremos que ninguém em seu perfeito juízo, teve quaisquer duvidas do que se passou naqueles 3 meses desde o jogo da Luz.
Vamos até mais longe… todos sabemos que a partir daí houve um belo clique a Sul e que as arbitragens a cada jogo do nosso clube tiveram as suas actuações bem repensadas e premeditadas.
Mas o que nos traz aqui são as velhas memórias trazidas pelo recente incidente que envolveu Bruno de Carvalho e o Presidente do Arouca Carlos Pinho aquando da recepção do Sporting ao Arouca no Estádio de Alvalade. Depois do jogo e de terem chegado a publico relatos de incidentes entre os dois presidentes e de ambas as partes virem expressar as suas versões dos incidentes, eis que surgem imagens do conflito propriamente dito. As imagens nada mais que corroboram a versão dos dirigentes do Arouca em que Bruno de Carvalho dá inicio ao conflito.
Na altura os responsáveis do clube arouquense não se alongam no que às agressões diz respeito, mas as imagens são inequívocas e é perfeitamente perceptível que o presidente leonino (qual cobra cuspideira) cospe no seu homólogo, tendo esse acto levado a todo um desenrolar de empurrões, agressões e visíveis trocas de palavras em tom exaltado.
Curiosa também a diferença de tratamento dada pela imprensa afecta à bafienta nação benfiquista. Quando Bruno de Carvalho teve uma altercação com Adelino Caldeira num famoso jogo de andebol no Algarve, toda a gente considerou o presidente do Sporting um herói após as suas palavras indecorosas sobre um processo que foi arquivado em tribunal e derrotado em toda a linha. Nessa altura todos tomaram partido de Bruno de Carvalho. Hoje parece que as coisas mudaram ligeiramente. Pobre Bruno, já caíste nas más graças do nacional benfiquismo.
Assim sendo, continuamos à espera que o caso faça jus às memórias que o mesmo nos traz, e que as pessoas envolvidas neste imbróglio sejam igualmente punidas tais como os nossos jogadores o foram. Que possam incorrer numa pena prolongada e que esperem pela sua “sentença” sentados no sofá de casa a ver a bola aos fins de semana, de cerveja na mão e a cuspir cascas de tremoços.