Equipa deixou fugir vantagem de dois golos na segunda parte (2-2), mas as ideias de Sérgio Conceição estão no terreno
O FC Porto empatou na madrugada desta quinta-feira (ainda noite de quarta no México) no terreno do Chivas, o atual campeão nacional do país, por 2-2, isto após ter terminado a primeira parte a vencer por 2-0, graças a golos de Aboubakar (dois minutos) e Otávio (38). Mesmo tendo permitido a recuperação do adversário, o que mais se destacou nesta exibição dos Dragões foi o empenho em absorver as ideias do novo treinador e, especialmente na primeira parte, as mesmas tiveram resultados práticos. O cansaço e as muitas trocas nos segundos 45 minutos permitiram a recuperação do Chivas, que concretizou as duas únicas situações de perigo criadas, mas o resultado era menos importante do que a evolução exibicional no capítulo final desta digressão asteca.
Sérgio Conceição manteve oito dos titulares do jogo de há dois dias com o Cruz Azul, com destaque para a consolidação do quarteto defensivo. E aquilo a que se assistiu foi precisamente a um reforço dos princípios mostrados na partida disputada na Cidade do México: mobilidade e pressão, laterais projetados no terreno e objetividade no último terço. A três dias da estreia no Torneio Abertura da Liga mexicana, o Chivas não alinhou com grande parte dos habituais titulares e teve de recorrer a jogadores oriundos da formação, identificáveis pelos três números na camisola. Porém, foi o alto nível portista que provocou dificuldades intransponíveis aos visitados.
Os Dragões chegaram à vantagem logo ao segundo minuto: o lance parecia perdido, mas a pressão e um mau corte de um defesa permitiram a Aboubakar isolar-se e finalizar. O golo madrugador deu confiança aos portistas e transmitiu intranquilidade à formação de Guadalajara: o resultado ao intervalo poderia ter sido bem gordo, já que não faltaram situações para aumentar a vantagem, nomeadamente por Otávio (rematou ao lado em posição frontal, aos 31 minutos) e Aboubakar (acertou no poste, aos 32, após cruzamento de Ricardo). Já com três substituições realizadas, o FC Porto fez o 2-0 aos 38 minutos, com o pequeno Otávio a corresponder de cabeça, no coração da área, a um cruzamento de Herrera, um dos jogadores que tinha entrado pouco antes.
O Chivas trocou todo o onze ao intervalo, colocando no terreno alguns dos seus protagonistas, mas o FC Porto continuou a dominar até ao momento do primeiro golo dos locais, apontado por José Juan Macías, aos 57 minutos, na sequência de um livre marcado rapidamente, de forma quase sub-reptícia e de legalidade mais do que discutível. Esse balão de oxigénio permitiu aos mexicanos pressionar durante os minutos seguintes, mas foi sol de pouca dura, porque os azuis e brancos, se bem que muito menos exuberantes, voltaram a equilibrar o encontro e até poderiam ter feito o 3-1, num lance individual de Sérgio Oliveira. O jogo parecia escoar-se para o fim sem grandes motivos de suspense, mas o Chivas fez o 2-2 na segunda ocasião de perigo criada, por intermédio de Carlos Fierro, após um lance bem construído. Nesse momento, já Vaná estava na baliza, numa estreia absoluta de azul e branco. As grandes penalidades não foram marcadas, como estava previsto no regulamento, face à intransigência do árbitro em ordenar a saída do campo de Sérgio Conceição, algo que não foi aceite pelo seu congénere do Chivas e velho amigo Matías Almeyda.
O teste foi assim positivo para o FC Porto, não tendo sido utilizados apenas Reyes e Danilo, que têm estado fisicamente condicionados, e o guarda-redes João Costa. Os Dragões iniciam logo após a partida a viagem de regresso a Portugal, com chegada prevista para as 16h30 desta quinta-feira, e o próximo adversário é o Vitória de Guimarães, num jogo particular agendado para as 20h30 de domingo. Há bilhetes à venda a cinco euros para a partida, que será transmitida em direto pela Sport TV 1.
Fonte: fcporto.pt