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Bruno Varela: “Não posso ser hipócrita, Taremi fez o trabalho dele, abordei mal o lance, por isso é penálti”

Muito se falou, e criticou, as grandes penalidades conquistadas por Mehdi Taremi ao longo da época.

O iraniano foi muito criticado, rotulado e até ofendido por rivais e comentadores televisivos, que diziam que a única intenção do avançado era enganar os árbitros.

Taremi conquistou em Guimarães, frente ao Vitória, duas grandes penalidades, tendo convertido apenas uma, na vitória por 1-0 frente aos minhotos.

Ontem, no “Canal 11”, Bruno Varela, guardião do Vitória que cometeu os dois penáltis, esclareceu o primeiro lance.

“No primeiro lance, eu não estava bem posicionado. Estava na esperança de o Taremi não conseguir dominar a bola. Depois tive tempo de voltar para a baliza, mas fiquei a meio do caminho e esse meio do caminho é que me faz decidir e pensar que podia chegar à bola”, começou por dizer.

“Pensei que ia chegar primeiro [à bola] e a meio do caminho arrependi-me. Tanto que quando eu vou à bola já vou com os braços [levantados]. Arrependi-me. Isto foi muito discutido. Eu, sinceramente, sendo honesto, se fosse o meu avançado a sofrer esta falta, para mim, era penálti. Ele fez o trabalho dele, eu é que não devia ter abordado o lance dessa maneira, por isso é um pénalti”, assumiu Bruno Varela.

Sobre a segunda grande penalidade conseguida pelo iraniano: “É outro lance em que não posso ser hipócrita. Se fosse o meu avançado, o Óscar, o Bruno, eu aceitaria penálti e ia dizer que era penálti. O Taremi foi muito rato, como nós dizemos. A verdade é que ele é, ele faz isto com uma facilidade impressionante. Eu próprio fiquei muito frustrado porque tinha isto mais que estudado, já tinha visto ene lances do Taremi”.

“Senti que estava numa boa posição. Quando o Taremi quando domina a bola, eu acabo por fixar à frente dele, o meu joelho estava um pouco à frente. Quando ele toca na bola, eu já estava a levantar os braços, porque já sabia que ele vinha contra o meu joelho, porque o meu joelho estava mesmo a pedir. Até pensei que, como foi um contacto muito forçado, podiam marcar ou não. A meu ver, ele procurou em demasiada. Aceito o penálti, ele procurou em demasia, mas o meu joelho estava lá”, disse Bruno Varela, com uma sinceridade assinalável.

O guarda-redes confirma o que muitos iluminados insistem em criticar sem nunca terem jogado futebol.