Cláudio Ramos tem 10 jogos sem sofrer golo em 14 jogos no FC Porto

Contrariando o que fez enquanto treinador no Ajax e no Nice, Francesco Farioli adotou uma política de rotatividade na baliza do FC Porto, entregando a titularidade a Cláudio Ramos na estreia diante do Celoricense, em Barcelos. Na altura destacou o número dois dos guardiões azuis e brancos e mostrou total confiança naquele que é visto como a sombra de Diogo Costa.

«Nos meus clubes anteriores é verdade que não mudei de guarda-redes na Taça de Portugal. O Cláudio Ramos é um guarda-redes que merece muito. Tem muita experiência e desempenha um papel importante com a personalidade que tem, além das qualidades que possui em campo. Será ele o guarda-redes», revelou na antevisão do jogo com o Celoricense, uma situação que se vai repetir novamente com o Sintrense, adversário que o guarda-redes defrontou na época passada na curta caminhada dos dragões na Taça de Portugal, já que caíram com estrondo na quarta eliminatória em Moreira de Cónegos.

Após a imagem positiva deixada no Mundial de Clubes, quando substituiu em cima da hora o titular Diogo Costa por lesão, Cláudio Ramos volta a ganhar espaço no FC Porto numa competição onde tem sido mais utilizado, acumulando mais minutos ao longo das seis temporadas ao serviço dos dragões.

O guarda-redes, de 34 anos, contabiliza 14 encontros pelos dragões em seis épocas, com um registo notável de 13 vitórias e apenas uma derrota, ocorrida em 2024/2025 no Estádio Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos.

Outro dado revelador da qualidade de Cláudio Ramos é que, em 14 partidas, apenas em quatro sofreu golos, ou seja, manteve a baliza imaculada em 10 ocasiões.

Considerado uma voz ativa no balneário e integrante da hierarquia de capitães liderada por Diogo Costa, Cláudio Ramos funciona também como prolongamento do treinador dentro do plantel, graças à experiência adquirida em anos no Tondela e agora no emblema portista.

Apesar do palmarés interessante ao serviço do FC Porto – um campeonato, três Taças de Portugal, duas Supertaças Cândido de Oliveira e uma Taça da Liga -, há um momento determinante na carreira de Cláudio Ramos: a titularidade na final da Taça de Portugal, a 4 de junho de 2023, quando o então treinador Sérgio Conceição decidiu recompensar o trabalho do guarda-redes e entregou-lhe a baliza num encontro de elevada exigência, com Diogo Costa a assistir à sua atuação segura.

Foi um dos pontos altos da sua carreira, mas Cláudio Ramos ambiciona mais. Frente ao Sintrense regressa à titularidade e procura ser em campo o líder que já é dentro do balneário…