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Como jogou, afinal, o primeiro FC Porto de Sérgio Conceição

O FC Porto jogou em 4x4x2 ao longo dos 90 minutos. Quando chegarem os jogadores em falta, perceber-se-á se é o modelo principal ou a opção foi circunstancial.

Sérgio Conceição dirá que o resultado é o menos importante nesta fase da época – e tem razão – mas para quem não viu o jogo (foi à porta fechada), o 2-2 com a Académica é o primeiro barómetro de avaliação da primeira semana de trabalho do novo FC Porto.

Os dragões apresentaram-se muito condicionados e as opções do treinador terão, forçosamente, que ver com isso. Mas não deixa de ser curioso que, no primeiro ensaio para a nova época, o dragão se tenha vestido com o modelo de jogo que Nuno Espírito Santo mais vezes utilizou: o 4x4x2. Surpreendente também o posicionamento de Otávio. O brasileiro jogou no meio, como Conceição o vê, mas praticamente ao lado de Soares, ainda que com ordem para deambular a toda a largura do campo, apoiando, à vez, Corona e João Carlos Teixeira, os dois extremos de serviço. No meio outra novidade: um duplo-pivô sem nenhum trinco de raiz. Mikel jogou só na segunda parte, mas lado a lado com Óliver. De início, foram Sérgio Oliveira e André André a assumir as despesas.

A primeira versão do FC Porto não esteve particularmente inspirada. Especialmente a defesa, que vacilou em duas ocasiões e permitiu dois golos de cabeça à Briosa. O primeiro foi de Traquina após cruzamento de Marinho. O 2-0 pelo coreano Ki, após assistência de Empis. Foi já na segunda parte, e com um onze muito alterado, que os dragões chegaram ao empate. Primeiro pelo goleador do costume, que não perdeu o faro de 2016/17. Soares começa a época a marcar e posiciona-se, pelo menos enquanto não há alternativa. O negativo é que, à imagem de problemas antigos, o brasileiro desperdiçou uma grande penalidade. Galeno, que é o mais próximo que os dragões têm de outro avançado, fez o empate, desperdiçou o segundo no 1×1 com o guarda-redes Verdade e mostrou, também ele, credenciais na luta por um lugar.

No domínio claro dos dragões, destaque ainda para duas bolas ao ferro. A primeira de Sérgio Oliveira, na cobrança de um livre direito. Outra por Ricardo Pereira, de bola corrida.

(Fonte ojogo.pt)