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“Em que país vive esta gente?”

Os Super Dragões emitiram hoje um comunicado sobre o processo de venda de bilhetes para o clássico do próximo Sábado em Alvalade.

Importa lembrar que o Sporting somente viabilizou bilhetes para detentores de cartão de adepto, cuja venda decorre apenas através de plataformas online dos leões. Tal facto levou a mais numerosa claque portista a reagir de forma mais dura. Transcrevemos na íntegra o comunicado:


“Perante o processo de venda de bilhetes para o Sporting CP vs FC Porto do próximo sábado, vem a Direção dos Super Dragões esclarecer o seguinte:

1 – Com a implementação do cartão do adepto, os grupos Ultra em Portugal passaram a viver num clima de discriminação e marginalização face aos restantes adeptos de futebol. Ainda assim, mesmo discordando desde a primeira hora desta medida, decidimos avançar para a adesão ao mesmo, por ser a única forma de mantermos vivo o nosso apoio ao FC Porto e podermos manter a nossa presença nos estádios. Mas quando alguém cumpre a lei, o mínimo que exige, é que os outros também o façam!

2 – O organizador do evento tem que definir uma zona para portadores de cartão do adepto e disponibilizar os respetivos bilhetes para venda através de uma plataforma para o efeito. Essa plataforma nunca foi criada! Ao mesmo tempo, os regulamentos da Liga indicam que o clube visitante é responsável pela venda dos 5% de bilhetes a que tem direito (onde se inclui a zona do cartão do adepto), logo, há procedimentos contraditórios. Desde 11 de Setembro de 2019 que a Liga não adequa os regulamentos á nova realidade, o que permite que semana após semana, os clubes decidam a seu bel-prazer o que fazer. 

3 – Perante este vazio, já não bastava fixar o custo dos bilhetes nuns megalómanos 31€ (em que país vive esta gente?), o Sporting de Varandas e de mais alguns peões de brega, refugiaram-se numa plataforma privada que cobrou uma comissão de 6%+IVA, o que levou a que o preço se transformasse nuns monstruosos 33,29€. Ainda por cima, uma plataforma com erros permanentes e com uma linha de apoio que se limitou a descartar qualquer responsabilidade. A quem interessa promover este negócio paralelo que é suportado por quem vai ao futebol?

4 – Ao mesmo tempo, como o cartão do adepto permite indicação de 3 clubes distintos, e tendo em conta que a venda fugiu da esfera do FC Porto, não temos qualquer controlo ou conhecimento de quem serão os elementos que estarão presentes na ZCEAP (Zonas de Condições Especiais de Acesso e Permanência de Adeptos), pelo que não poderemos ser responsabilizados por quaisquer ocorrências que nela ocorram. Não nos responsabilizamos pela eventual presença de pessoas mal intencionadas que, fazendo o uso do seu cartão, apenas pretendam causar distúrbios e perturbações. Foi isto que a Liga permitiu, foi isto que o Sporting promoveu, é isto que a APVCD ignora.

5 – Perante este silêncio cúmplice daqueles que deveriam ser os primeiros a criar condições para o escrupuloso cumprimento das regras implementadas e promoverem o tal combate á violência no desporto, urge saber qual a posição oficial das autoridades deste país. Onde está o Dr. João Paulo Rebelo, Secretário de Estado do Desporto, defensor desde a primeira hora da implementação do cartão do adepto, mas que continua a ignorar todas estas questões? Rodrigo Cavaleiro, presidente da APVDC, continua a liderar uma entidade que serve apenas para punir e nunca para prevenir e defender os frequentadores de recintos desportivos? E o Dr. Pedro Proença, continua a fazer de conta que o assunto não é consigo quando está em causa a presença de público nas competições por si organizadas?

6 – O objetivo do Sporting é claro: tentar dificultar, e até impedir, a nossa presença no estádio de Alvalade. Mas desenganem-se! Mesmo com todas as barreiras que nos foram colocadas, nós estaremos presentes em massa. Serão mais de mil os elementos que faremos deslocar a Lisboa, na sua maioria com bilhete via cartão do adepto. Mas muitos outros portistas anónimos e também Ultras em número que não conseguimos definir se vão juntar a nós, com bilhetes adquiridos para outros setores do estádio, seja por não terem o referido cartão, seja por terem procurado alternativas em função do impasse gerado na venda. 

7 – Aquilo que dizem querer impedir é precisamente o que estão a potenciar! É que aqui ninguém Verga, ninguém Recua, ninguém Desiste. Por isso mesmo, sábado lá estaremos como sempre a gritar bem alto o nome do nosso amado clube. Contra Tudo, Contra Todos, Contra os Tolos e também Contra alguns Parolos…..sempre, e apenas, em defesa dos superiores interesses do Futebol Clube do Porto”.