FC Porto

Farioli e o polémico Arouca-FC Porto: “O meu papel não é queixar-me”

Francesco Farioli admitiu, esta quinta-feira, em conferência de imprensa, que o FC Porto enfrentou, frente ao Salzburgo, “um dos mais difíceis” jogos desta época, que terminou com um triunfo sofrido por 0-1, graças a um (grande) golo de William Gomes, já aos 90+3 minutos.

Após o apito final da partida da ronda de abertura da fase de grupos da Liga Europa, na Red Bull Arena, na Áustria, o treinador italiano destacou várias contrariedades, entre as quais o estado do relvado: “Foi difícil, mas não só para nós. Vimos quão difícil era mantermo-nos de pé”.

“Não foi fácil vir cá. Foi uma equipa com muita fisicalidade, a ganhar segundas bolas… Foi competitivo. Honestamente, hoje, podia ter acontecido qualquer resultado, foi um jogo aberto. Tivemos a primeira grande chance, depois também tivemos o nosso momento, tentámos tudo para ganhar o jogo e estou feliz por o William ter rematado, apesar de eu pedir um cruzamento. Ainda bem que não me ouviu”, afirmou, entre risos.

“Sou severo com a análise, e houve coisas que podíamos ter feito melhor. Vi jogadores a correrem, a lutarem e a irem aos duelos. A fazerem tudo o que é possível. Depois, é preciso dizer que jogámos contra um adversário de alto nível. Por duas ou três vezes, apanharam-nos em campo aberto e com vários jogadores que correm acima de 35 km/h”, acrescentou.

Sobre se o resultado dos dragões superou a qualidade exibicional, o ex-técnico do Ajax realçou a importância dos pontos: “É muito importante, especialmente na fase de liga da Liga Europa. Todos os resultados, todos os pontos, todos os golos contam. Tenho de dar os parabéns ao Salzburgo e ao treinador pelo jogo que fizeram. Desejo-lhes o melhor”.

Polémica visita ao Arouca não ‘belisca’

Francesco Farioli procurou também minimizar a polémica gerada pelo reagendamento do próximo encontro, com o Arouca, da 7.ª jornada da I Liga para as 20h00 (hora de Portugal Continental) da segunda-feira seguinte, o que vai obrigar a equipa a disputar três jogos em apenas uma semana.

“Falámos sobre este jogo, quando jogá-lo ou não… Já me expressei sobre isso. Pensar no ranking da UEFA… O cenário não é o ideal, mas o meu papel não é queixar-me, é mais encontrar soluções. Hoje, provámos o valor da equipa, viram a importância dos jogadores que entraram, como mudaram o jogo. Quando falo da família portista, a celebração de toda a gente, com os adeptos. Com o espírito certo, temos de superar estes desafios”, referiu.

“Quando olhei para a esquerda, não encontrei ninguém. Jogadores, staff, estava toda a gente lá. Trabalhamos para este tipo de emoções. Seguimos em frente. Amanhã, começamos a preparar o Arouca, gosto da forma de jogar deles e teremos isso em atenção. Muita surpresa com o que fazem com e sem bola, temos de estar cientes do que podemos ou não fazer”, rematou.