FC Porto juntou-se ao rol de críticas em torno de André Ventura, candidato à Câmara Municipal de Loures.
O FC Porto juntou-se à onda de críticas em torno de André Ventura, candidato à Câmara Municipal de Loures. Entre outras referências, André Ventura afirmou numa entrevista publicada na segunda-feira pelo jornal i que há pessoas que “vivem quase exclusivamente de subsídios do Estado” e que acham “que estão acima das regras do Estado de direito”, considerando que tal acontece particularmente com a comunidade cigana. As afirmações já lhe custaram o apoio do CDS-PP.
André Ventura, que há dois anos dizia que a única terra que verdadeiramente o apaixonava era Sintra, é hoje em dia candidato à presidência da Câmara Municipal de Loures. Ao longo das últimas semanas, o caráter populista da maior parte das suas propostas já lhe valeu o epíteto de ‘Donald Trump de Loures’. A entrevista que concedeu há poucos dias ao jornal I, em que abundavam as declarações de teor racista que tinham os ciganos como alvo, suscitou reações em todos os quadrantes políticos, destacando-se duas. Por um lado, o PNR, partido de extrema-direita, aproveitou para defendê-lo e para definir André Ventura como ‘um dos seus’. Por outro, o CDS deixou cair o seu apoio a este candidato, que vê assim esfumar-se o sonho de encabeçar uma AD que pudesse derrotar “o muro do comunismo em Loures”. Uma leitura cruzada destas duas reações remete-nos para uma conclusão inevitável: André Ventura não tem lugar naquilo a que, em sentido lato, se pode chamar o arco constitucional português. Contudo, isso não o impediu, há alguns meses, de ser diretor de campanha de Luís Filipe Vieira. É caso para dizer: diz-me com quem andas…
(fonte: ojogo.pt / fcporto.pt)
