Logo após o confronto com o Sintrense, o FC Porto passou a concentrar-se exclusivamente na Liga Europa, num encontro que terá um significado especial para Francesco Farioli, que volta a defrontar o Nice, clube que orientou com êxito em 2023/24 e que devolveu às competições europeias. O conhecimento que o treinador italiano tem de grande parte do plantel pode revelar-se uma vantagem para o jogo de quinta-feira, em que os dragões procuram retomar as vitórias na prova, depois da derrota em Nottingham e do empate em Utrecht.
“Temos de melhorar na Liga Europa, a diferença de golos é negativa. Temos de fazer melhor. Claro que encontramos adversários mais físicos e sabemos que vai ser um jogo desafiante. Temos de estar preparados”, referiu Farioli após o triunfo na Taça de Portugal. Do outro lado, como dissemos, vai estar uma equipa com poucos ou nenhum segredo para o italiano e que atravessa um momento muito complicado. Não só na época – quatro derrotas seguidas -, mas sobretudo nas competições europeias, em que vai numa série negativa de 16 jogos seguidos sem ganhar, somando apenas três empates, nenhum deles na atual edição. “Vamos jogar contra uma equipa que é realmente boa, que tem muitas individualidades, em todas as posições. Temos de estar prontos, porque é muito importante para a nossa campanha na Liga Europa conseguirmos um bom resultado”, assumiu.
Farioli assumiu o comando do Nice em junho de 2023 e deixou o clube em maio de 2024, numa etapa que culminou com o 5.º lugar no campeonato francês (à porta da Champions), resultado baseado, sobretudo, numa forte organização defensiva. “Demos-lhe um objetivo: devolver o clube à Europa e isso foi alcançado. Ele é um grande profissional e uma pessoa de grandes valores”. Foi desta forma que Jean-Pierre Rivère, na altura presidente do Nice, se despediu de Farioli, que seguiu para o Ajax, onde voltou a reforçar a solidez defensiva. O título na Holanda acabou por escapar, mas, tal como em França, Farioli deixou boas memórias. Na quinta-feira, o encontro terá, por isso, um cariz especial, mas o propósito mantém-se: vencer e dar um passo decisivo rumo ao apuramento.
Pablo Rosario era um dos pilares
Pablo Rosario integra o lote de quatro jogadores que já representaram ambos os emblemas. O médio, contratação pedida diretamente por Farioli, trabalhou com o técnico no Nice e foi o quinto mais utilizado sob o seu comando. O internacional dominicano disputou 149 encontros pela formação do sul de França antes de se transferir para o Dragão – quase o triplo das partidas que Ricardo Pereira soma no Nice, onde esteve duas épocas por empréstimo do FC Porto. A relação completa-se com Malang Sarr, central formado no clube francês e que passou pelo Dragão emprestado pelo Chelsea, e com o brasileiro Carlos Eduardo.
