O último dia de julho do ano terminou com o FC Porto a erguer o Troféu Cidade de Guimarães no Estádio D. Afonso Henriques, depois de um triunfo por 2-0 sobre o Vitória, que neste domingo se mostrou pela primeira vez aos seus sócios e adeptos na nova temporada. André Silva foi o autor dos dois golos durante a primeira parte e foi, por isso, eleito o homem do jogo, o penúltimo dos azuis e brancos nesta pré-época, antes da estreia no Estádio do Dragão, frente ao Villarreal, no sábado, no dia da apresentação oficial do plantel.
Nuno Espírito Santo apresentou um onze muito próximo daquele que entrou em campo na partida diante do Bayer Leverkusen, com apenas três alterações: duas na defesa – com José Sá de regresso à baliza e Alex Telles ao lado esquerdo – e uma no meio-campo, com a inclusão de Danilo, que se juntou ao grupo na passada sexta-feira. Na frente mantiveram-se Otávio, Corona e André Silva, o homem mais adiantado de uma equipa que atacava num 4-2-3-1, apostando nos movimentos interiores dos extremos Otávio e Corona, e que defendia num 4-4-2, com André Silva e André André com a primeira missão de condicionar o início de construção do jogo do adversário.
E foi precisamente o médio que teve nos pés o primeiro golo do FC Porto, ainda antes de se completarem os primeiros 60 segundos de jogo – Douglas negou-o, com uma defesa para canto. Era o prenúncio para o que viria a acontecer ao minuto oito, quando André Silva inaugurou o marcador na recarga a um remate com que Corona concluiu uma excelente jogada individual. Os Dragões entravam autoritários, instalados no meio-campo adversário, exercendo uma pressão alta, à procura de roubar a bola ao adversário, de forma a chegar mais rapidamente às zonas de finalização. Foi assim, aliás, que nasceu o segundo golo: Otávio recuperou a bola e, com um passe soberbo, colocou-a no pé esquerdo André Silva, que não deu hipóteses ao guarda-redes do Vitória. O jovem avançado está com a pontaria afinada: nas três oportunidades de que dispôs na primeira parte, aproveitou duas e já conta cinco golos no mesmo número de jogos particulares realizados nesta pré-temporada.
O FC Porto vencia com justiça um Vitória que encontrava sobretudo nos lances de bola parada o único caminho para criar algum perigo junto da defensiva azul e branca. Ao intervalo, Nuno Espírito Santo deixou Danilo e Otávio no balneário, lançou Layún e Adrián López para testar a equipa num 4-4-2. O sistema mudou, mas os princípios de jogo não – nesta nova versão do Dragão é evidente a procura de atacar a baliza adversária com base em processos simples e rápidos e foi através deles que André Silva ameaçou o “hattrick” (49m), depois de ter sido servido de forma magistral pelo lateral mexicano.
Desde aí até ao árbitro Maicon Rocha apitar pela última vez, o jogo foi baixando gradual e naturalmente de ritmo e de intensidade, não só por culpa das substituições que foram sendo feitas, mas também porque os mais de 30 dias de preparação ainda pesam nas pernas. Na parte final do encontro, já depois de Adrián López ter obrigado Douglas a mais uma boa defesa (68m), os Dragões estiveram perto do 3-0 em dois lances quase consecutivos: primeiro foi o guarda-redes do Vitória a impedir o golo a Varela, logo a seguir foi João Aurélio que não permitiu que o cabeceamento de Felipe tivesse êxito.
(fonte: fcporto.pt)