Covid-19

ixnay

Tribuna
22 Julho 2006
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A Suécia tem cerca de 10 milhões de habitantes e tem neste momento (números oficiais) 3871 mortos.
A Bélgica tem cerca de 11 milhões de habitantes e tem neste momento 9186 mortos.
E a Suécia é o País com maior taxa de mortalidade por covid-19 per capita?
Eu não devo saber fazer contas seguramente.
Os números são relativos à última semana! (O JN equivocou-se na elaboração da notícia):


A Bélgica tem esses números totais porque foi "apanhada na curva". Depois reajustou, fez confinamento e as coisas melhoraram. O sentido da notícia é fazer essa comparação, ou seja, numa fase em que as estratégias entre os dois países são diferenciadas. Na Bélgica a economia também já está a re-abrir.
 
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Reações: Kandinsky

katatonia10

Tribuna Presidencial
1 Setembro 2013
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  • Kostadinov
  • Rui Filipe
pelo que fui vendo, do pouco que acompanho as notícias, aqui e acolá vão havendo manifestações a favor da liberdade e democracia.

por ora parecem-me parvas e funestas - pelo simples facto de permitir o perpetuar do que se está a viver - mas quando isto passar acredito que farão sentido.

é - será sempre - absolutamente inadmissível qualquer coisa parecida com o sistema de crédito social chinês, mas atenção que outros países do mundo - europeus e potências mundiais - já deram passos rumo ao cercear e controlo de algumas liberdades e direitos.
 

Kandinsky

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11 Abril 2016
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  • Jorge Costa
Chama-se narrativa. Há muitas relacionadas com isto.
Até podes qualificar notícias como fazendo parte de uma narrativa, mas esta seria uma mentira patente. Naturalmente é um erro de omissão.

Também é interessante ver que mesmo não tendo adoptado medidas severas de confinamento, a economia sueca vai encolher 6%.
 

tripeiro_de_gema

Pinto da Costa vai-te embora
26 Maio 2014
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Olhando para o caso sueco. A Suécia por exemplo a maior parte das mortes por Covid-19 são oriundos de lares, tal como acontece em Portugal, só que na Suécia são mais de 300 mil pessoas a frequentar lares, enquanto que em Portugal não passam os 90 mil. E mesmo comparando o número de infectados a Suécia tem mais de 30 mil infectados e Portugal tem 29 mil, a diferença é assim tão significativa? E o mesmo aconteceu com a Bélgica em que maior parte dos mortos são oriundos de lares.
Conclusão: as mortes nada tem a ver com soluções políticas, mas sim com a gestão de lares, que são locais limitados a 4 paredes.
 

Branco

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2 Julho 2007
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  • Junho/18
Olhando para o caso sueco. A Suécia por exemplo a maior parte das mortes por Covid-19 são oriundos de lares, tal como acontece em Portugal, só que na Suécia são mais de 300 mil pessoas a frequentar lares, enquanto que em Portugal não passam os 90 mil. E mesmo comparando o número de infectados a Suécia tem mais de 30 mil infectados e Portugal tem 29 mil, a diferença é assim tão significativa? E o mesmo aconteceu com a Bélgica em que maior parte dos mortos são oriundos de lares.
Conclusão: as mortes nada tem a ver com soluções políticas, mas sim com a gestão de lares, que são locais limitados a 4 paredes.
O problema da Suécia (e isso já foi assumido pelo governo sueco) foi que na estratégia de contágio controlado (ou de quarentena parcial se preferirem) que tinham, inexplicavelmente ignoraram durante várias semanas a questão dos lares, não existiram quaisquer salvaguardas e isso é que motivou a maior parte da diferença de óbitos para os seus vizinhos.

Mas mesmo com isso a Suécia nem sequer foi dos piores paises, e se provavelmente não tivesse tido esse erro absurdo se calhar teriam tido uma mortalidade relativamente baixa.
 

Branco

Tribuna Presidencial
2 Julho 2007
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  • Junho/18
Também é interessante ver que mesmo não tendo adoptado medidas severas de confinamento, a economia sueca vai encolher 6%.
Aquilo que uma economia encolhe dentro do contexto da pandemia não está só relacionado com o facto de terem mais ou menos quarentena, um pais que por exemplo dependa mais do mercado externo será sempre mais castigado porque os outros paises fecharam a sua economia, o perfil sectorial também conta porque certas industrias foram mais atingidas que outras, e depois ainda há a questão do longo prazo influenciada pela imunidade de grupo entretanto adquirida.

Portanto não é tão simples como comparar o que contraiu país A em relação a país B, se calhar a Suécia teria contraido ainda mais se tivesse fechado totalmente.
 

Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
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Lisboa
Até podes qualificar notícias como fazendo parte de uma narrativa, mas esta seria uma mentira patente. Naturalmente é um erro de omissão.

Também é interessante ver que mesmo não tendo adoptado medidas severas de confinamento, a economia sueca vai encolher 6%.
Já vi alguns dados de contact tracing que indicam que na Suécia, apesar de não haver restrições impostas pelo estado, o distanciamento social também aconteceu e foi efectivo (um pouco menos do que nos países com maiores restrições).
 

Mary Antas

Tribuna
20 Abril 2018
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Dizer que a Suécia não fez nada é um erro. Tomaram algumas medidas sim, mas não numa estratégia tão contundente como outros países.

Apostaram acima de tudo no bom senso das pessoas e estas, numa ideia que para nós parece completamente absurda, têm um grau de confiança e respeito muito elevado nos seus governantes. Se pedem, eles cumprem.

O teletrabalho já é uma opção muito usada e não uma novidade para a maioria, o distanciamento social também é comum, a densidade populacional fora de Estocolmo é baixa e o serviço nacional de saúde é bastante robusto.

Portanto, por tudo isto, a estratégia tinha o seu sentido. Os países não são todos iguais, é normal que haja táticas diferentes.

Teria corrido tudo "muito bem" se não tivessem falhado completamente na proteção dos mais frágeis. E isto são palavras do governo sueco. "Falhanço".

Têm o triplo dos mortos em comparação connosco (mesma população), metade das mortes foram em lares e muitas delas teriam sido perfeitamente evitáveis, esse é que é o problema.

Porque até fecharam os lares relativamente cedo - lá está, foi uma das primeiras medidas de restrição - mas "esqueceram-se" dos funcionários: falta de EPI, falta de qualificações e falta de condições laborais - contratos precários, a termo, pagos à hora, salários baixos, etc, num cocktail que não permitia a muitos o "luxo" de não irem trabalhar por estarem doentes.

Na realidade também devem ter muitos mais infectados do que os registados, porque não testam tanto quanto nós, que temos sensivelmente o mesmo número.

Entretanto, o primeiro estudo aponta para 7,3% da população de Estocolmo com anticorpos. Estavam à espera de um valor superior.
 

John Wick

Tribuna
31 Outubro 2019
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  • Novembro/19
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Continuo a dizer que não me parece que faça qualquer sentido estabelecer comparações entre a Suécia e a grande maioria dos outros países europeus. Se quisermos estabelecer comparações, só pode ser com a Finlândia e Noruega, que são países com uma densidade populacional e economia semelhantes. Já a densidade populacional da Dinamarca é bastante superior. A Bélgica tem quase 12M de habitantes e uma das maiores densidades populacionais da Europa. A Suécia tem uma população semelhante, mas um território tremendamente mais vasto e uma das densidades populacionais mais baixas da Europa, mesmo a capital Estocolmo tem uma densidade populacional inferior à cidade do Porto, por exemplo.
A Finlândia fez lockdown, a Suécia não. O PIB finlandês aumentou 0,1 % no primeiro trimestre, o PIB sueco diminuiu 0,3%. O número de mortes per capita na Suécia é incomparavelmente superior ao número de mortes per capita na Finlândia. Os Suecos previam atingir a tão famosa "imunidade de grupo" a meio de Maio. Vamos a meio de Maio e falharam redondamente, não estão sequer perto.
 

8down

Tribuna
9 Agosto 2006
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O Pr.Raoult explicou isso muito bem. O medicamento serve a diminuir a carga viral. Em casos graves é pouco eficaz porque a carga viral em grande parte dos doentes é minima. Se houver uma eventual segunda vaga é obvio que ter um medicamento que permita recuperar mais rapidamente e diminuir a contagiosidade é fundamental sobretudo quando falamos de pessoas de uma certa idade ou com outros problemas de saude.
Sem querer tirar partido pelo Raoult, se ha uma coisa interessante é o pouco destaque que teve fora de Franca. ( e mesmo em Franca era ja conhecidissimo nas redes sociais antes da tv pegar no assunto. Porque?)
Mesmo neste forum quando em inicios de marco postava videos dele completamente opostos ao medo que se instalava a nivel mundial, poucas reacoes haviam.
Agradeco portanto que insistas para que o debatepossa existir.

Acrescento apenas que o Raoult diz DESDE FEVEREIRO que o tratamento tem de ser feito no inicio e que envolve
hydroxychloroquine + azithromycine .

Deixo para os entendidos o debate, mas se querem falar da eficacia do tratamento do Raoult nao penso ser correcto basearam-se apenas numa parte doe protocolo.
 

Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
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Lisboa
Sem querer tirar partido pelo Raoult, se ha uma coisa interessante é o pouco destaque que teve fora de Franca. ( e mesmo em Franca era ja conhecidissimo nas redes sociais antes da tv pegar no assunto. Porque?)
Mesmo neste forum quando em inicios de marco postava videos dele completamente opostos ao medo que se instalava a nivel mundial, poucas reacoes haviam.
Agradeco portanto que insistas para que o debatepossa existir.

Acrescento apenas que o Raoult diz DESDE FEVEREIRO que o tratamento tem de ser feito no inicio e que envolve
hydroxychloroquine + azithromycine .

Deixo para os entendidos o debate, mas se querem falar da eficacia do tratamento do Raoult nao penso ser correcto basearam-se apenas numa parte doe protocolo.
Entendidos em quê? Em farmacologia, em ensaios clínicos e com conhecimento de causa sobre os resultados desse medicamento específico publicados em revistas científicas da especialidade? Boa sorte.
Isto não é uma questão de opinião, nem de vontades, nem de política, é uma questão de ciência. Muito menos é uma questão andarmos a seguir profetas da medicina. Para o bem de todos a ciência já se distanciou há muito deles.

Descansem que se o medicamento for eficaz há-de ser aprovado primeiro pelos pares (que são aos milhões por todo o mundo e felizmente a esmagadora maioria não faz o seu trabalho com o objectivo de se promover publicamente) e depois pelas agências responsáveis pela regulação dos medicamentos. Até agora nenhuma das duas está bem encaminhada.
 
Última edição:

Devenish

Tribuna Presidencial
11 Outubro 2006
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  • Reinaldo Teles
  • Março/19
o aumento de hoje do número de infetados aponta para um fator de 0,95 (já esteve em 0,8), não é preocupante mas não é otimista. mais que falar de confinamento ou desconfinamento interessa que cada pessoa tenha uma atuação no dia a dia cautelosa. e falar de cada pessoa é muito complicado porque não há um "polícia" em cada esquina a controlar um possível infrator. Temo é que a abertura das fronteiras, terrestres e aéreas, a emigrantes e possíveis turistas possa descambar se não for acompanhada de controle das autoridades - aqui a responsabilidade é do Governo.
 

Yggyfcp

Bancada central
25 Maio 2019
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A estratégia da Suecia não esta a funcionar como eles queriam...neste momento são eles que estao a ter mais mortes por M de habitantes por dia. E em relação aos seus vizinhos entao estao bem pior que os 3 juntos. A estrategia que eles queriam era terem a imunidade de grupo....ora...no fnal de Abril em Estocolmo...só tinham atingido...7%...Alias os seus vizinhos nao querem abrir as fronteiras com a Suecia uma vez que a Suecia não tem o surto controlado enquanto que eles sim...
A economia nuna saberemos se ao terem fechado ou não seria pior para eles...uma vez...que temos a globalização...se POrtugal não fechasse aposto que a economia estaria igualmente afectada uma vez vez que Espanha fechou.
 

Jules Winnfield

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11 Abril 2016
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o aumento de hoje do número de infetados aponta para um fator de 0,95 (já esteve em 0,8), não é preocupante mas não é otimista. mais que falar de confinamento ou desconfinamento interessa que cada pessoa tenha uma atuação no dia a dia cautelosa. e falar de cada pessoa é muito complicado porque não há um "polícia" em cada esquina a controlar um possível infrator. Temo é que a abertura das fronteiras, terrestres e aéreas, a emigrantes e possíveis turistas possa descambar se não for acompanhada de controle das autoridades - aqui a responsabilidade é do Governo.
Infelizmente, tirando as entidades que registam como obrigatório o uso de máscara e o distanciamento a nível de local de trabalho, tudo o resto pensa que a situação voltou ao normal.

É incrível a quantidade de pessoas em restaurantes, quiosques, em espaços comerciais, que faz tábua rasa das medidas de prevenção.

tenho a convicção que a situação não vai melhorar, penso que se pode agravar rapidamente e levar a medidas contrárias, o voltar ao confinamento.
 

grandeporto

Tribuna Presidencial
25 Agosto 2006
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Gaia
Dados de ontem estão a prever uma queda de 6% do PIB na Suécia, um valor que não era o esperado e não tao distante dos Países da Quarentena.
 
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