Covid-19

tsilva12

Tribuna Presidencial
10 Julho 2017
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  • Campeão Nacional 19/20
  • Taça de Portugal 19/20
  • Supertaça 19/20
No meio disto tudo, eu ainda posso falar com base na minha experiência. Estive infetado, e não tive mais sintomas do que uma simples constipação.
Eu tenho 23 anos, faço ginásio 5 vezes por semana e estou nos melhores anos da minha forma física. Se apanhar isto provavelmente nem dou conta. O problema é que todos nós temos pais, avós que se apanharem isto podem não ter a mesma sorte que eu e o resto das pessoas mais jovens, já para não falar na sobrecarga de trabalho que isto causa a todos os profissionais de saúde, a trabalhar com condições precárias, muitos deles durante 12 ou 14h e que têm sido uns verdadeiros heróis desde o início da pandemia.

Isto é muito maior do que "eu tou bem, sa foda o resto".
 

MiguelDeco

Tribuna Presidencial
2 Setembro 2013
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  • Hulk
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PS. particularizaste no exemplo, perguntas-me a mim diretamente e eu respondo: nas atuais circunstancias não ha condições para eu, voluntariamente ou não, preferir não trabalhar para evitar o contágio porque nunca fui tão preciso no meu trabalho como hoje em dia. MAs isso estende-se a todos os trabalhadores, com os quais todos teremos de ser solidários. Nem todos temos o privilégio de poder escolher "ficar em casa" - daí termos de exigir a quem manda de criar condições para maximizar essa liberdade. Mas a desgraça já chegou, a crise já está ai. A economia já está a queimar. Negar isso é mau planeamento, ponto. Cabe aos decisores políticos ter coragem e sensatez de decidir, dentro do equilíbrio possível, as medidas que permitam as pessoas protegerem-se umas as outras com o mínimo de consequências possíveis.
Vou focar-me aqui neste ponto porque no restante julgo que o nosso ponto de vista já ficou devidamente esclarecido, independentemente de quem tenha razão.
Destacaria aqui a palavra solidário que tu utilizaste. Eu por exemplo, fiquei em casa durante a quarentena nos meus 2 empregos. Nos 2 recebi exactamente o mesmo valor do que a trabalhar. Até aqui perfeito. Até que entra de facto a solidariedade em questão. Se num dos empregos todos recebemos a mesma coisa, no outro emprego, e pese embora eu tenha recebido na totalidade, existiram outros que receberam quase metade do salário. Tenta adivinhar qual era a posição deles sobre voltar ao emprego? Mesmo sendo um dos empregos, e falando meramente em termos de covid, onde estamos mais expostos ao perigo do contágio. Como é óbvio as pessoas que viram um corte de quase 50/40 por cento do seu rendimento a primeira coisa que fizeram foi querer voltar rapidamente a trabalhar. Agora quer-me parecer que certas classes em portugal não querem é trabalhar. Porque de facto é muito mais fácil ficar em casa, receber quase o mesmo, agora, e não ter chatice nenhuma. O problema é que o tecido das pequenas e médias empresas que sustenta tudo isto encontra-se num nível de fragilidade (auto infligida) nunca antes vista. E eu não vejo solidariedade nenhuma com as pessoas que estão na iminência de ficarem sem trabalho. O que vejo é uma sociedade que tenta transmitir uma espécie de mensagem que é "não terás emprego nem condições para uma vida digna mas não te preocupes, pelo menos não serás vítima do covid". Juntando a isto, acreditar-se que, e falando em termos económicos;
1 - Isto que aconteceu foi normal
2 - Isto que aconteceu era inevitável
3 - isto que aconteceu pode voltar a acontecer
parece-me de uma loucura absoluta. Ao ponto de, e valha-nos-se isso, as mesmas pessoas que tomaram uma medida de loucos, agora, e perante um cenário pior, vão colocando para já (não quero acreditar que volte a ser possível a loucura de um confinamento) esse cenário como last case scenario.
Tendo dito isto, e para que fique claro, eu não sou contra qualquer medida que possa evitar o alargamento do contágio da pandemia. Desde que não afecte o normal funcionamento das empresas. A partir do momento em que se limita uma determinada área então tem que existir a coragem de aplicar o mesmo princípio a lobbies de poder que saem sempre impunes deste tipo de crise. Seguradoras, Saúde Privada e afins. Mas já sabemos que neste país será sempre mais fácil espezinhar o pobre desgraçado que tem uma padaria com 4/5 funcionários do que taxar ou trazer para o esforço coletivo que todos fazemos este tipo de lobbies. E isto não é solidariedade.
Mesmo medidas como o uso obrigatório de máscara ou a limitação de sair do concelho, que já ficou mais que provado que em casos de países que não tenham esse método de prevenção como algo de cultural não surte efeito quase nenhum. E em Portugal muito menos.
Agora o que eu defendo é, e tendo sido aberto este precedente de intervenção com laivos ditatoriais com o fundamento de cada vida conta, então vamos criar jurisprudência de forma a que de facto cada vida humana conte e como tal agir subsequentemente naquilo que são as doenças que varrem mais vidas humanas em Portugal e que podem ser mais facilmente controladas, com melhores resultados (desde que se faça como sugeriu a M.F.L e se suspenda a democracia por uns tempos) do que um vírus.
 
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Mr.Ribeiro 46

Tribuna Presidencial
26 Julho 2016
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A mortalidade mundial face aos casos de covid até agora existentes esteve nos 4% durante vários meses, o mês passado passou para 3% e está agora no patamar entre os 3% a caminho dos 2%. Isto talvez tenha uma explicação do aumento substancial de casos que têm acontecido em quase todos os Países (com as exceções de todos conhecidas) e está a atingir todas as idades. É animador e não é animador porque se refere essa percentagem a cerca de 33 milhões de casos covid fechados. Se chegarmos a 70 milhões e houver 2% mortos significa que mesmo tenha baixado a mortalidade haverá um número muito mais significativo de mortos. Uns dirão que é "a lei da vida" porque não atingiu a mim ou alguém querido próximo mas se atingir já pensam de maneira diferente (isto alguém próximo porque se formos nós não estaremos cá para refletir.
Os números que escreví são os oficiais, haverá mais certamente mas numa pandemia nunca não há números exatos.
A tendência é para a mortalidade ser muito mais baixa. Sobretudo na 1ª vaga, há um porradão de casos que nunca foram identificados porque a maioria demorou a começar a testar e há outros que, por falta de recursos ou por estratégia, não tentaram identificar o máximo de casos possíveis.
Depois há o número de mortes em si que não tem um critério uniforme entre os países. Uns contam só quem morre de Covid, outros até suspeita não confirmada serve para considerar.
 

domribeiro

Tribuna
8 Março 2012
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A tendência é para a mortalidade ser muito mais baixa. Sobretudo na 1ª vaga, há um porradão de casos que nunca foram identificados porque a maioria demorou a começar a testar e há outros que, por falta de recursos ou por estratégia, não tentaram identificar o máximo de casos possíveis.
Depois há o número de mortes em si que não tem um critério uniforme entre os países. Uns contam só quem morre de Covid, outros até suspeita não confirmada serve para considerar.
Esqueceste a causa mais importante de todas, agora já conseguem lidar melhor com a doença.

E daqui a 6 meses ainda vão saber melhor.

E mais 6 meses melhor ainda....
 

Dragaostki

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10 Março 2012
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  • Artur Jorge
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Não sei se é conhecedor da obra de Sam The Kid. Para a próxima poupe no frasco da indulgência e aposte mais na clarividência.
Já agora, e não é desconfiar de si, mas gostava de ver onde foi buscar os dados da década de 70. Já agora, e sem ponta de ironia, gostaria que me arranjasse os outros dados das outras décadas.
Ainda assim, deixe-me que lhe diga que é preciso coragem (tendo em conta que certamente é uma pessoa que leva o lema de cada vida conta à letra de lei) para dizer que morreram 4300 pessoas da forma audaciosa como o fez. Pode completar dizendo que na última década terão morrido 40 mil pessoas de diabetes. E tudo isto sem comoção generalizada da população, sem direito a contabilização de mortes em direto no telejornal ou o completo desligar da economia.

Ps: Já agora, peço desculpa ás pessoas que tenham entendido que a expressão "imensas décadas" se poderia reportar à Idade Média. Leia-se "várias".
(desculpe, tinha aqui um pouco de sarcasmo num frasco e optei por gastá-lo já agora.)
Caro nao sei se conhece a expressa a ignorância é atrevida... Mas deixe-me elucida-lo do meu próprio processo mental...

Este @MiguelDeco para escrever isto só pode saber o que está a falar, mas espera todo o texto dele está enviesado, até parece os comentários do Rola aos lances do carnide, vou confirmar...

E escrevi assim no Google (não terá sido esta expressão mas cheguei lá à mesma) Óbitos de residentes em Portugal por algumas causas de morte e voila...

Depois de confirmar qual a definição de morte (cessação irreversível das funções do tronco cerebral) qual a fonte INE (instituto nacional de estatística), decidi... De modo audicioso, é certo, confronta-lo com a sua falsa, mentirosa, capciosa afirmação....

Neste momento escusa de agradecer, não precisa mais de achismos e opiniões não fundamentadas e atirar com informaçoes que ouviu no café como se fossem verdade, bem sei que estaria a ler a obra de Sam the Kid, para mim é mais Samuel o Cachopo, mas eu gosto mesmo é do keidje "super homem super-homem? Tu que andas aí a navegar á toa, desprevenido e desprotegido".

Ja tem aqui os dados


Está a ver não é preciso coragem... Só seriedade...é claro uma certa dose de paciência para ter de lidar com pessoas que preferem espalhar ignorância do que autocultivar-se...
 
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Devenish

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  • Reinaldo Teles
  • Março/19
Nunca tinha consultado a Pordata, parece incrível mas não há tempo para tudo mas para este devia haver, e estive cerca de 5m a ver alguns dados e vou lá voltar porque tem muita coisa que me interessa. Grato @Dragaostki
 
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Dragaostki

Bancada lateral
10 Março 2012
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  • Artur Jorge
Nunca tinha consultado a Pordata, parece incrível mas não há tempo para tudo mas para este devia haver, e estive cerca de 5m a ver alguns dados e vou lá voltar porque tem muita coisa que me interessa. Grato @Dragaostki
Estes desafios que o pessoal coloca são úteis, mesmo com altivez desmedida e pés de barro.

Felizmente que para mim que sei que sei que o meu conhecimento é uma pequeníssima ilha cercada de um oceano de imensa ignorância, só gosto de afirmar o que posso afirmar... Para mais neste casos em que respondo a uma pessoa mas sou lido por outras.

E confesso, à primeira análise pensei.. Olha cá está um bom argumento, depois parei e reflecti... . Mas espera os diabetes não se pegam... Os doentes são crónicos e vão morrendo ao longo do ano, normalmente e naturalmente, não há um mês que o fluxo de mortes e estado crítico obrigue ao internamento massivo do pessoal..

Pois, cá está, comparar as mortes por cancro, diabetes, é outra doenças "silenciosas", com uma doença viral que pode apanhar qualquer pessoa não será um bom argumento, já agora deixa ver se é verdade... O resto já sabes.. Foste ver os dados..

Abraço.
 
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semilhas

Arquibancada
3 Agosto 2015
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Desonestidade e demagogia? Citar fontes oficiais e falar de factos? Sabes há quanto tempo estou há espera de uma operação? 7 meses! E já fui avisado que vai ser superior a 10 meses. Tendo em conta que me tem impedido de trabalhar, há 19 meses, podes achar que não é "urgente". Já mencionei aqui o caso de uma familiar com cancro e que continua em lista de espera para operação, mas isso não conta para nada.

Se não sabes lidar com isto, ignora, tal como eu faço com muita desonestidade que aqui vou lendo. Simples.
Paga. Não podes pagar? Espera. Se não foste chamado é porque há outras prioridades para o SNS.
 

MiguelDeco

Tribuna Presidencial
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  • Hulk
  • Alfredo Quintana
Meu

Caro nao sei se conhece a expressa a ignorância é atrevida... Mas deixe-me elucida-lo do meu próprio processo mental...

Este @MiguelDeco para escrever isto só pode saber o que está a falar, mas espera todo o texto dele está enviesado, até parece os comentários do Rola aos lances do carnide, vou confirmar...

E escrevi assim no Google (não terá sido esta expressão mas cheguei lá à mesma) Óbitos de residentes em Portugal por algumas causas de morte e voila...

Depois de confirmar qual a definição de morte (cessação irreversível das funções do tronco cerebral) qual a fonte INE (instituto nacional de estatística), decidi... De modo audicioso, é certo, confronta-lo com a sua falsa, mentirosa, capciosa afirmação....

Neste momento escusa de agradecer, não precisa mais de achismos e opiniões não fundamentadas e atirar com informaçoes que ouviu no café como se fossem verdade, bem sei que estaria a ler a obra de Sam the Kid, para mim é mais Samuel o Cachopo, mas eu gosto mesmo é do keidje "super homem super-homem? Tu que andas aí a navegar á toa, desprevenido e desprotegido".

Ja tem aqui os dados


Está a ver não é preciso coragem... Só seriedade...é claro uma certa dose de paciência para ter de lidar com pessoas que preferem espalhar ignorância do que autocultivar-se...
Primeiro ponto, e para que fique aqui a ressalva. Não fui eu que parti para o insulto gratuito.
Segundo ponto, volto a questionar onde é que aquilo que eu afirmei constitui uma mentira. E onde é que a informação que foi prestada desmente aquilo que foi por mim mencionado. E das duas uma, ou demonstra onde é que eu menti ou então terei que reportar a quem de direito os insultos que me foram dirigidos.
Pensei, quando solicitei os dados, que me fosse fornecer um estudo intensivo sobre a diabetes na década de 70. Não o fez, aliás eu já sabia que não o faria, porque ele pura e simplesmente não existe. Apontou no entanto, e presumo que numa base de desespero, para o site do Ine. INE este que tem por exemplo outros dados totalmente fidedignos como por exemplo a taxa de desemprego, onde permite que existam coisas como estas:


Apontou para uma tabela de dados onde por exemplo ficamos a saber que na década de 60 ninguém morreu em Portugal de diabetes. Recordava-lhe igualmente que na década de 70, e até 25 abril 1974 vivemos num regime ditatorial onde é possível que os dados não fossem totalmente fidedignos. Relembro igualmente que o SNS que veio mitigar e criar as bases para que
1 - As pessoas do povo realmente tivessem acesso a cuidados médicos e não morressem em casa de "morte natural"
2 - Tivessem uma correta avaliação da sua doença e o devido tratamento
ocorre em 15 de setembro de 1979. Portanto desculpe-me se duvido deste tipo de dados que foram apresentados, mesmo que não contradigam o que eu disse anteriormente. Há imensas décadas que em Portugal morrem mais pessoas do que algumas vez morrerão de covid 19. Ignorou, por desonestidade intelectual, aliada a um desprezo de tudo o que não são mortes covid, que em Portugal, e acreditando que aqueles números representam toda a totalidade de pessoas que morreram de diabetes, que morreram em Portugal. Cerca de 50/60 mil pessoas. E este número é infinitamente curto por causa de um motivo que é explicado mais abaixo.
Mas isto não é o mais grave, o mais grave é ignorou coisas como estas:

" Em 2013 a Diabetes matou 5,1 milhões de pessoas. Estima-se que em 2035 o número de pessoas com Diabetes no mundo atinja os 592 milhões, o que representa um aumento de 55% da população atingida pela doença. "

" Não obstante, em 2014 a Diabetes representou cerca de oito anos e meio de vida perdida por cada óbito por Diabetes na população com idade inferior a 70 anos. . "

" A letalidade intra-hospitalar no SNS (49 334 óbitos) representa 47,6% do universo de óbitos ocorridos em Portugal Continental (103 614 óbitos) em 2015. A População com Diabetes representou, em 2015, 25,9% da letalidade intra-hospitalar no SNS (correspondendo a 12 799 indivíduos), ou seja, mais de ¼ das pessoas que morrem nos hospitais têm Diabetes. "

" Embora a evidência dessas lesões possa ser encontrada em diversos órgãos, é nos rins, olhos, nervos periféricos e sistema vascular, que se manifestam as mais importantes, e frequentemente fatais, complicações da Diabetes. Em praticamente todos os países desenvolvidos, a Diabetes é a principal causa de cegueira, insuficiência renal e amputação de membros inferiores. A Diabetes constitui, atualmente, uma das principais causas de morte, principalmente por implicar um risco significativamente aumentado de doença coronária e de acidente vascular cerebral. "

Pode ler aqui, para se instruir.


E foi usado o exemplo de diabetes porque infelizmente já me retirou o vida de alguns familiares meus. Mas podias utilizar muito bem outras doenças que infelizmente varrem Portugal e nunca tiveram a atenção que a covid agora tem. E mesmo sendo imensamente mais graves, não dão direito a bloquear toda uma economia. Mesmo sendo infinitamente mais onerosas para o SNS também não importam para as contas da sustentabilidade do mesmo. Mas lá está, e sendo você até a personificação desse mesmo sentimento que se vive nesta sociedade que na minha opinião está doente, todas estas mortes são mortes de 2.ª categoria que não merecem a comoção geral da população. Para estes caso o valor da vida individual perde-se na imensidão do n.º pessoas que vão morrendo, silenciosamente. E isto tem um nome. Hipocrisia.
 
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MiguelDeco

Tribuna Presidencial
2 Setembro 2013
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  • Hulk
  • Alfredo Quintana
Os doentes são crónicos e vão morrendo ao longo do ano, normalmente e naturalmente, não há um mês que o fluxo de mortes e estado crítico obrigue ao internamento massivo do pessoal..
Bem, vamos ao dicionário. Confesso que tentei encontrar "morte normal" mas não consegui. Já morte natural consegui.

"morte natural

morte que ocorre na sequência de um processo natural (de envelhecimento ou doença)"

Portanto meu caro, as pessoas que morrem de covid também morrem de morte natural. Pare de ser malabarista com as palavras.

Já agora um outro reparo.

Mas espera os diabetes não se pegam...
A diabetes é hereditária: Verdadeiro

Embora não se nasça diabético, a carga genética é uma das principais condicionantes para o desenvolvimento da doença. «Na diabetes de tipo 2 são necessários os tais factores desencadeantes. Se adoptar hábitos de vida saudáveis, a pessoa nunca chega a ter diabetes, mesmo com historial genético.»


«No caso da 1, é um fenómeno de autoimunidade. Se temos uma infecção, existem anticorpos que nos protegem dos agentes agressores. Estas pessoas herdam um erro genético e as armas que deveriam ser de protecção viram-se contra elas. Acontece com os doentes renais crónicos, doenças do estômago, etc. Há vários factores que desencadeiam esta deficiência imunulógica, como é o caso dos vírus», refere Luís Gardete Correia.

" Tem uma forte componente de hereditariedade, mas os seus principais genes predisponentes ainda não foram identificados. Há vários fatores possíveis para o desenvolvimento da Diabetes tipo 2, entre os quais "

Portanto não desvalorize aquilo que não conhece.Ou então para a próxima reformule bem aquilo que quer dizer. Não vá correr o risco de ser chamado de mentiroso e ignorante.
 
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semilhas

Arquibancada
3 Agosto 2015
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A ignorância é de facto atrevida.
A diabetes (e outras doenças associadas aos comportamentos e à idade) têm um componente transmissível associado à genética. Isso é apenas uma das causas etiologicas da doença, daí designarem-se por multifatoriais. Tentar confundir multifactorial com comorbilidades, ou seja, a presença de outras patologias que agravam a doença aguda, é puro desconhecimento ou enviesamento intencional. Confundir "transmissível" geneticamente com transmissão indivíduo-a-indivíduo por contaminantes (aerossóis, produtos orgânicos) que são veículos de transmissão de microorganismos é, mais uma vez, enviesamento intencional, para além de transformar uma discussão séria num debate de semântica. Comparar morbimortalidade de doenças crónicas com aquela que é associada a uma patologia infecciosa aguda, comparar as atitudes preventivas/terapêuticas e a pressão sobre sistemas de saúde de umas e outras e opinar levianamente sobre o mesmo é de uma arrogância atroz. Finalmente, o argumento da economia é simplesmente infantil se se considerar o seguinte: 85% dos doentes com COVID não carecem de cuidados hospitalares. Só com os outros 15% o sistema está tão sobrecarregado neste momento que não consegue manter cuidados às patologias usuais e ao volume normal (extra-COVID) atual. O passo seguinte é a mortalidade e morbilidade geral aumentar por falta de recursos. Isto com as medidas em efeito, porque sem elas já teríamos uma falência do SNS e estaríamos a fazer medicina de catástrofe, em que deixamos de tratar todos os doentes possíveis e passamos a tratar só os doentes com maior possibilidade de sobreviver e que aloquem menos recursos. Aí, quando começarem a morrer ou a ficar seriamente incapacitadas as pessoas que tenham apendicites, obstruções intestinais, enfartes e uma panóplia de doenças que acorrem às urgências deste país e que são resolvidas em tempo óptimo, como vão ficar as PME e outras onde essas pessoas trabalham? Quem vai substituir as vidas perdidas, juntamente com a experiência e desempenho profissional das mesmas? Quem vai assegurar os cuidados quando as equipas de saúde estiverem desfalcadas porque os profissionais estão infectados, alguns internados e outros mortos?

Liberdade de opinião não implica o direito à desinformação prejudicial.