Actualidade internacional

SUPERMLY

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Cabe a cada um questionar-se sobre se é legítimo bombardear campos de refugiados densamente povoados, unidades de saúde, edifícios onde funcionam serviços de média... matar indiscriminadamente, da mesma forma cega que os rockets ceifam vidas. Já quanto aos números, a assimetria é clara.

Convém não desumanizar o outro nem caricaturá-lo. O cidadão palestiniano terá a sua família, o seu emprego, a sua rotina quotidiana... tal como o cidadão israelita. Talvez se julgue que os palestinianos são por natureza terroristas, ou que após largarem as suas ocupações, os trabalhos, ... desatem a atirar bombas para o lado de lá, que todos pertencem às fileiras terroristas do Hamas... Mas é pouco provável que a realidade seja essa. Talvez formem um povo com anseios sociais, políticos, determinadas concepções do mundo... como muitos outros.

Algumas práticas não serão consentâneas com as nossas instituições, desrespeitarão os princípios das sociedades em que vivemos, haverá intolerância... como acontece noutros países e entre outros povos que gozam de autonomia política. Não consta, por exemplo, que os atropelos aos direitos humanos na Arábia Saudita ou no Qatar constituam motivo suficiente para negar a autodeterminação às respectivas comunidades. Pelo contrário, alguns sectores do mundo dito ocidental nutrem-lhes até uma certa reverência. Eventualmente, o primeiro passo para uma paz duradoura será precisamente a formação de um estado palestiniano. É possível que a tensões tenham em grande parte que ver justamente com o actual estado das coisas.
Se formos por ai( sentimento individual de cada pessoa) se calhar temos de ilibar quer judeus quer palestinianos de qualquer responsabilidade.
Foram ludibriados e promteram lhes a ambos que seria criado um estado independente para cada 1.
Isto na altura da administração britanica, que não só prometeu aos palestinianos auto determinação como tambem promoveu a emigração judaica para a zona e um futuro estado judeu.
Depois não conseguiram garantir isso de facto e despejaram o fardo para a UN que ao ter criado uma solução equitativa ainda que motivada por interesses ocultos (não sabia que a Russia tinha votado a favor daPlano de Partição 1948) mas no meu entender equilibrada para todos.

A partir daí a responsabilidade é essencialmente palestiniana porque recusou sempre.

A diferença de "outcome" para ambos os povos esteve nos aliados de cada 1
Os Judeus tiveram do seu lado os vencedores da II Guerra balançados por altos desenvolvimentos tecnologicos decorrentes daí, alguns paises para se verem livre das comunidades Judaicas dos seus proprios paises, outros por simpatia.

Os Palestinos tiveram do seu lado a comunidade arabe movida esencialmente pela religião mas como todos sabemos tambem associada a falta de avanço civilizacional, a uma restrição de liberdades e uma sociedade assente num tribalismo medieval.

Obviamente que hoje analisando em 2021 a diferença de potencial entre ambos, haja muita simpatia internacional pelo mais fraco mas esquecem se que a diferença de capacidade prende se por decisões tomadas pelos intervenientes à mais de 70 anos atrás
 
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Se formos por ai( sentimento individual de cada pessoa) se calhar temos de ilibar quer judeus quer palestinianos de qualquer responsabilidade.
Foram ludibriados e promteram lhes a ambos que seria criado um estado independente para cada 1.
Isto na altura da administração britanica, que não só prometeu aos palestinianos auto determinação como tambem promoveu a emigração judaica para a zona e um futuro estado judeu.
Depois não conseguiram garantir isso de facto e despejaram o fardo para a UN que ao ter criado uma solução equitativa ainda que motivada por interesses ocultos (não sabia que a Russia tinha votado a favor daPlano de Partição 1948) mas no meu entender equilibrada para todos.

A partir daí a responsabilidade é essencialmente palestiniana porque recusou sempre.

A diferença de "outcome" para ambos os povos esteve nos aliados de cada 1
Os Judeus tiveram do seu lado os vencedores da II Guerra balançados por altos desenvolvimentos tecnologicos decorrentes daí, alguns paises para se verem livre das comunidades Judaicas dos seus proprios paises, outros por simpatia.

Os Palestinos tiveram do seu lado a comunidade arabe movida esencialmente pela religião mas como todos sabemos tambem associada a falta de avanço civilizacional, a uma restrição de liberdades e uma sociedade assente num tribalismo medieval.

Obviamente que hoje analisando em 2021 a diferença de potencial entre ambos, haja muita simpatia internacional pelo mais fraco mas esquecem se que a diferença de capacidade prende se por decisões tomadas pelos intervenientes à mais de 70 anos atrás

Abstenho-me de largas considerações acerca do estado evolutivo de cada civilização, uma vez que considero a natureza das estruturas sociais e os hábitos de cada comunidade pouco relevantes em matéria de direito político e igualdade de facto. E até porque poderá uma consideração puramente subjectiva em muitos aspectos.

Urge ir para além da discussão do passado histórico. Tal como a discussão do quem chegou primeiro acaba por ser pouco proveitosa, o repisar de enquadramentos passados, por interessante que possa ser, pouco fará pela resolução do problema. Serve sobretudo para que ambos os lados se desentendam. Do lado palestiniano houve momentos de abertura ao diálogo e a participação activa em esforços de resolução do conflito, tendo por base uma solução de dois estados. A proposta terá de ser aceitável, naturalmente, e equilibrada, partindo do plano inicial de repartição. Se a área dos territórios é cada vez menor e a presença de colonatos maior, mais difícil será a negociação. Não é realista esperar boa vontade nesse contexto, pois não se pode pretender paz e um acordo e, simultânea e gradualmente, colonizar e retirar terra. Convenhamos que Israel já teve outros líderes mais diplomáticos e menos extremados do que Natanyahu, a quem neste momento lhe é sobremaneira favorável a perpetuação do conflito, atendendo à perda de maioria governativa do seu partido e aos casos de corrupção em que se acha envolvido, pelo que a menor ou maior intensidade dos esforços para a paz tem necessariamente de ser imputada a ambos os lados.

Mas para lá das antipatias, dos ódios, das diferenças, do historial de violência e brutalidade... é necessário sim um compromisso político e uma solução concreta.
 
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SUPERMLY

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Abstenho-me de largas considerações acerca do estado evolutivo de cada civilização, uma vez que considero a natureza das estruturas sociais e os hábitos de cada comunidade pouco relevantes em matéria de direito político e igualdade de facto.
Eu estava apenas a justificar o diferencial de potencial tecnologico e como tal diferencial de capacidade de se defender.

Urge ir para além da discussão do passado histórico. Tal como a discussão do quem chegou primeiro acaba por ser pouco proveitosa, o repisar de enquadramentos passados, por interessante que possa ser, pouco fará pela resolução do problema. Do lado palestiniano houve momentos de abertura ao diálogo e a participação activa em esforços de resolução do conflito, tendo por base uma solução de dois estados. A proposta terá de ser aceitável, naturalmente, e equilibrada, partindo do plano inicial de repartição. Se a área dos territórios é cada vez menor e a presença de colonatos maior, mais difícil será a negociação. Convenhamos que Israel já teve outros líderes mais diplomáticos e menos extremados do que Natanyahu, a quem neste momento lhe é sobremaneira favorável a perpetuação do conflito, atendendo à perda de maioria governativa do seu partido e aos casos de corrupção em que se acha envolvido, pelo que a menor ou maior intensidade dos esforços para a paz tem necessariamente de ser imputada a ambos os lados.
Não falei nem falarei da quem chegou primeiro porque isso vale zero.
Em relação dos enquandramentos passados não tenho a mesma opinião, foram estes(especialmente nos ultimos 70 e poucos anos) que moldaram o conflito e a intrasigencia de ambos no momento actual.

Do lado palestiniano houve abertura para o dialogo depois de 4 guerras depois e quando perceberam que pela força poderiam perder tudo.
Até lá a abertura para dialogo foi ZERO!
Obviamente que hoje qualquer solução nunca partirá do plano de 1948.Aliás nem faz sentido...então em 1948 não servia e preferiram uma guerra, agora como viram que nunca conseguirão pela força voltam à mesa das negociações nos mesmos pressupostos de 1948 como se nada tivese acontecido?

Israel devolveu os terrenos do Sinai ao Egipto em relativamente pouco tempo em troca do reconhecimento do seu Estado pelo Egipto.
A devolução dos Golam Heights á Síria também esteve nos termos acima mas parece me que os termos eram limitados(a Síria ainda não reconheceu o Estado de Israel e breve os Golam Heights estarão 50anos sobre dominio Israelita)

A Partição de 1948 já não está em cima da mesa.
Israel já não é um grupo de pessoas assustadas pelo que lhes tinham feito pelos nazis que dependiam da UN para ter um país.
Israel assinou o reconhecimento internacional exigido pela UN.Foi o que lhes foi exigido.
O mesmo foi exigido aos palestinianos.

Sobre os Acordos de Oslo em 1993 toda gente sabia que não eram exequiveis porque a Palestina não teria condições de sobreviver pelos proprios meios.
Os Acordos de Oslo foi desenhar que unica forma dos proprios palestinianos terem uma vida com todas as condições seriam serem cidadãos do Estado de Israel.

Infelizmente para os palestinianos objectivamente a possibilidade do país Palestina desaparece em 1967... neste momento os palestinianos começam a perceber isso mesmo e clamam pela intervenção internacional para os ajudar.

A mesma intervenção internacional na qual cagaram na boca em 1948...

O que temos de desconstruir é que os Palestinianos se não são hoje um país autonomo e independendente, não é por causa de Israel mas sim por causa deles mesmos.
 
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Tenho que dizer aqui uma coisa, sem querer defender Israel. Vou falar de algo que percebo um pouco. Ora bem, Israel tem um exercito, Força aerea, por ai adiante. Os palestinianos não. Portanto está fora de cenário uma guerra convencional certo ? Não vai haver combate entre exércitos... Como combate então um exercito, um País, inimigos que são milícias, grupos armados, sem quartel, que se misturam quase sempre entre a população, em edifícios ??? Atenção, estes ataques destes grupos são reais e mortais também. A questão que eu deixo, é, como se combate algo assim e estou a referir-me ao conflito armado em si, não a questão de politicas daqui e dali ... A questão é para os que advogam genocídio e por ai fora
 
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Eu estava apenas a justificar o diferencial de potencial tecnologico e como tal diferencial de capacidade de se defender.


Não falei nem falarei da quem chegou primeiro porque isso vale zero.
Em relação dos enquandramentos passados não tenho a mesma opinião, foram estes(especialmente nos ultimos 70 e poucos anos) que moldaram o conflito e a intrasigencia de ambos no momento actual.

Do lado palestiniano houve abertura para o dialogo depois de 4 guerras depois e quando perceberam que pela força poderiam perder tudo.
Até lá a abertura para dialogo foi ZERO!
Obviamente que hoje qualquer solução nunca partirá do plano de 1948.Aliás nem faz sentido...então em 1948 não servia e preferiram uma guerra, agora como viram que nunca conseguirão pela força voltam à mesa das negociações nos mesmos pressupostos de 1948 como se nada tivese acontecido?

Israel devolveu os terrenos do Sinai ao Egipto em relativamente pouco tempo em troca do reconhecimento do seu Estado pelo Egipto.
A devolução dos Golam Heights á Síria também esteve nos termos acima mas parece me que os termos eram limitados(a Síria ainda não reconheceu o Estado de Israel e breve os Golam Heights estarão 50anos sobre dominio Israelita)

A Partição de 1948 já não está em cima da mesa.
Israel já não é um grupo de pessoas assustadas pelo que lhes tinham feito pelos nazis que dependiam da UN para ter um país.
Israel assinou o reconhecimento internacional exigido pela UN.Foi o que lhes foi exigido.
O mesmo foi exigido aos palestinianos.

Sobre os Acordos de Oslo em 1993 toda gente sabia que não eram exequiveis porque a Palestina não teria condições de sobreviver pelos proprios meios.
Os Acordos de Oslo foi desenhar que unica forma dos proprios palestinianos terem uma vida com todas as condições seriam serem cidadãos do Estado de Israel.

Infelizmente para os palestinianos objectivamente a possibilidade do país Palestina desaparece em 1967... neste momento os palestinianos começam a perceber isso mesmo e clamam pela intervenção internacional para os ajudar.

A mesma intervenção internacional na qual cagaram na boca em 1948...

O que temos de desconstruir é que os Palestinianos se não são hoje um país autonomo e independendente, não é por causa de Israel mas sim por causa deles mesmos.

O processo histórico é significativo para compreender o que nos conduziu até aqui, mas é imperativo ir para além dele e perspectivar um futuro, e é nesse sentido o meu comentário. As diferenças manter-se-ão, os ressentimentos também, os ódios mútuos idem, não haverá mudanças basilares a nível de crenças religiosas, hábitos culturais, práticas sociais... mas isso não significa que não seja possível alcançar uma solução política, havendo vontade de ambas as partes e auxílio de terceiros. E neste momento isso claramente não se verifica, inclusive do lado israelita. Como não se verificou noutros períodos.

A solução não pode passar pela assimilação do povo palestiniano e dos seus territórios, como vemos noutras partes do globo. Tão pouco a guerra árabe e os falhanços diplomáticos justificam a intensificação da ocupação dos territórios palestinianos e a redução contínua da sua área. Chegaremos a um ponto em que, simplesmente, pela prevalência de colonatos, pouco ou nada haverá para devolver. As bases de negociação terão de ser justas, e essa é uma das ideias que continuam a ser defendidas pela grande maioria da comunidade internacional. ... ou teremos um cenário em que Isreal, mantendo a tendência colonizadora que subsiste ao momento inicial da guerra e a todos os outros, argumentará sempre que tem direito legítimo sobre uma área cada vez maior e as condições de negociação serão cada vez mais penalizadoras para os palestinianos. Para além dos actores políticos, das facções radicais, dos governos extremados, das operações militares e de guerrilha... existe um povo.
 
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Tenho que dizer aqui uma coisa, sem querer defender Israel. Vou falar de algo que percebo um pouco. Ora bem, Israel tem um exercito, Força aerea, por ai adiante. Os palestinianos não. Portanto está fora de cenário uma guerra convencional certo ? Não vai haver combate entre exércitos... Como combate então um exercito, um País, inimigos que são milícias, grupos armados, sem quartel, que se misturam quase sempre entre a população, em edifícios ??? Atenção, estes ataques destes grupos são reais e mortais também. A questão que eu deixo, é, como se combate algo assim e estou a referir-me ao conflito armado em si, não a questão de politicas daqui e dali ... A questão é para os que advogam genocídio e por ai fora
Procura-se uma solução política para ultrapassar o conflito, um compromisso que diminua as tensões naquela região. Ou melhor, que limite o uso efectivo da violência. Porque a existência do conflito prende-se precisamente às circunstâncias actuais. A questão não deverá ser como combater uma guerra assimétrica, se será legítimo bombardear campos de refugiados ou instalações de saúde (e recordo que até mesmo a guerra tem regras e leis), mas sim como conseguir a paz. Pois a primeira questão é de âmbito estritamente militar e estratégico, não implica qualquer alteração estrutural na região nem resolve o problema de ambos os povos. São coisas indissociáveis, o confronto, o tipo de confronto e as suas causas.

Também se poderá colocar essa questão... como resposta a uma acção de guerrilha que provoca a morte a um civil, a um número restrito de civis... é aceitável largar umas bombas em contexto urbano, em campos de refugiados, causando um número de baixas civis 10, 15, 20 vezes superior e centenas de feridos, com centenas ou milhares de desalojados? Mesmo que nesses meios se possam encontrar guerrilheiros extremistas... Ficará à consciência de cada um. Uns dirão que é a vida, é a guerra, é mesmo assim... que é legítimo, que estas acções configuram actos de defesa, outros dirão outras coisas. Pessoalmente diria que é a barbárie, de ambos os lados, daqueles matam e ordenam matar, e claramente desproporcional. Mas isto acontece porque não se consegue uma solução.
 
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Procura-se uma solução política para ultrapassar o conflito, um compromisso que diminua as tensões naquela região. Ou melhor, que limite o uso efectivo da violência. Porque a existência do conflito prende-se precisamente às circunstâncias actuais. A questão não deverá ser como combater uma guerra assimétrica, se será legítimo bombardear campos de refugiados ou instalações de saúde (e recordo que até mesmo a guerra tem regras e leis), mas sim como conseguir a paz. Pois a primeira questão é de âmbito estritamente militar e estratégico, não implica qualquer alteração estrutural na região nem resolve o problema de ambos os povos. São coisas indissociáveis, o tipo de confronto e as suas causas.

Também se poderá colocar essa questão... como resposta a uma acção de guerrilha que provoca a morte a um civil, a um número restrito de civis... é aceitável largar umas bombas em contexto urbano, em campos de refugiados, causando um número de baixas civis 10, 15, 20 vezes superior e centenas de feridos, com centenas ou milhares de desalojados? Mesmo que nesses meios se possam encontrar guerrilheiros extremistas... Ficará à consciência de cada um. Uns dirão que é a vida, é a guerra, é mesmo assim... que é legítimo, que estas acções configuram actos de defesa, outros dirão outras coisas. Pessoalmente diria que é a barbárie, de ambos os lados, daqueles matam e ordenam matar, e claramente desproporcional.
Nunca havera uma solução para sanar o conflito. Enquanto os arabes (especialmenten a OLP) não retirarem no seu pensamento que terão que acabar com israel. Aliás quando israel se declarou independente 6 paises arabes se uniram para acabarem com israel perante a passividade da comunidade internacional pensava-se que os arabes iriam acabar com os judeus mas para surpresa mundial israel ganhou (a terra prometida por deus aos judeus).
 

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Nunca havera uma solução para sanar o conflito. Enquanto os arabes (especialmenten a OLP) não retirarem no seu pensamento que terão que acabar com israel. Aliás quando israel se declarou independente 6 paises arabes se uniram para acabarem com israel perante a passividade da comunidade internacional pensava-se que os arabes iriam acabar com os judeus mas para surpresa mundial israel ganhou (a terra prometida por deus aos judeus).
Israel não enfrenta hoje qualquer ameaça real à sua existência. A sua capacidade militar e tecnológica é vastamente superior às dos países vizinhos e as suas relações com os EUA e restante comunidade internacional asseguram a viabilidade e independência do estado judaico. Até mesmo pelo que aconteceu no passado, com a derrota clara das forças árabes, a superioridade é hoje incontestada e nenhum estado se atreveria a arriscar a guerra contra Israel, tendo de imediato resposta de todos os aliados israelitas. Isso não existe, por maior que seja o ódio. E o ódio não é remediável no curto prazo.

Não faltam casos de países e comunidades que se odeiam visceralmente, com passados sangrentos e diferenças de fundo, que partilham fronteiras. E nem por isso deixam inclusive de realizar trocas económicas, ou de outro tipo, ou de manter relações políticas.
 
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O processo histórico é significativo para compreender o que nos conduziu até aqui, mas é imperativo ir para lá dele, e é nesse sentido o meu comentário. As diferenças manter-se-ão, os ressentimentos também, os ódios mútuos idem, não haverá mudanças basilares a nível de crenças religiosas, hábitos culturais, práticas sociais... mas isso não significa que não seja possível alcançar uma solução política, havendo vontade de ambas as partes e auxílio de terceiros. E neste momento isso claramente não se verifica, inclusive do lado israelita. Como não se verificou noutros períodos.

A solução não pode passar pela assimilação do povo palestiniano e dos seus territórios, como vemos noutras partes do globo. Tão pouco a guerra árabe e os falhanços diplomáticos justificam a intensificação da ocupação dos territórios palestinianos e a redução contínua da sua área. Chegaremos a um ponto em que, simplesmente, pela prevalência de colonatos, pouco ou nada haverá para devolver. As bases de negociação terão de ser justas, e essa é uma das ideias que continuam a ser defendidas pela grande maioria da comunidade internacional. ... ou teremos um cenário em que Isreal, mantendo a tendência colonizadora que subsiste ao momento inicial da guerra e a todos os outros, argumentará sempre que tem direito legítimo sobre uma área cada vez maior e as condições de negociação serão cada vez mais penalizadora para os palestinianos. Para além dos actores políticos, das facções radicais, dos governos extremados, das operações militares e de guerrilha... existe um povo.
A partir do momento em que não se aceita os termos iniciais e se avança para a guerra as condições mudam, especialmente para quem perde.
Isto foi o que aconteceu em toda Historia.
Não faz sentido criar guerras, com todo o flagelo que dai adviu para todos os interveninentes(palestinianos, judeus, jordanos, syrios e egipcios) e depois as condições serem iguais antes da guerra.

Os palestinianos serão sempre penalizados por terem perdido guerras e por não terem assinado o plano.Não só pelo terreno mas porque o não ter assinado invalidou a sua criação como Estado naquele momento.

A criação como Estado foi ratificada em Oslo 45 anos depois mas como todos percebemos sem qualquer viabilidade pratica.

Em suma rejeitas a via diplomatica porque achas que com a força consegues os teus intentos, a via da força acaba por te ser desfavoravel em todos os aspectos e perdes mais do que iriam te garantir e depois clamas pela diplomacia nos termos que te foram oferecidos primeiramente.

Isto não existe
 

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A partir do momento em que não se aceita os termos iniciais e se avança para a guerra as condições mudam, especialmente para quem perde.
Isto foi o que aconteceu em toda Historia.
Não faz sentido criar guerras, com todo o flagelo que dai adviu para todos os interveninentes(palestinianos, judeus, jordanos, syrios e egipcios) e depois as condições serem iguais antes da guerra.

Os palestinianos serão sempre penalizados por terem perdido guerras e por não terem assinado o plano.Não só pelo terreno mas porque o não ter assinado invalidou a sua criação como Estado naquele momento.

A criação como Estado foi ratificada em Oslo 45 anos depois mas como todos percebemos sem qualquer viabilidade pratica
Tão pouco se poderá legitimar indefinidamente o curso de acção seguido por Israel tendo por base esse momento histórico e justificar assim a sistemática ocupação de território, aceitando agressões actuais com base em agressão passadas, numa lógica em tudo semelhante ao quem chegou primeiro. O quem bateu primeiro. Recordo que a própria criação do estado israelita implicou perdas significativas para as populações então estabelecidas. Não se tratou de um processo indolor, neutro ou pacífico; não falamos propriamente de terrenos baldios reconvertidos num estado. A vitória não confere especial justiça, moralidade ou correcção às acções do vencedor, somente expressa o seu superior poder. Nem a guerra terá sido espoleta pelas centenas de pessoas que hoje perdem as suas vidas, casas e terras, mas sim por actores com poder de decisão, subsistindo o problema do povo palestiniano. Pessoalmente não simpatizo com a ideia de que essas pessoas devem aceitar as suas condições actuais de vida pelo aconteceu em 48 ou por um qualquer fio condutor que os leve à assimilação.
 
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Israel não enfrenta hoje qualquer ameaça real à sua existência. A sua capacidade militar e tecnológica é vastamente superior às dos países vizinhos e as suas relações com os EUA e restante comunidade internacional asseguram a viabilidade e independência do estado judaico. Até mesmo pelo que aconteceu no passado, com a derrota clara das forças árabes, a superioridade é hoje incontestada e nenhum estado se atreveria a arriscar a guerra contra Israel, tendo de imediato resposta de todos os aliados israelitas. Isso não existe, por maior que seja o ódio. E o ódio não é remediável no curto prazo.

Não faltam casos de países e comunidades que se odeiam visceralmente, com passados sangrentos e diferenças de fundo, que partilham fronteiras. E nem por isso deixam inclusive de realizar trocas económicas, ou de outro tipo, ou de manter relações políticas.
No entanto não deixa de ser surpreendente que um território sem nada (nem petroleo, solo arido ) com cerca de 9 milhões eles desenvolveram-se incrivelmente
 

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No entanto não deixa de ser surpreendente que um território sem nada (nem petroleo, solo arido ) com cerca de 9 milhões eles desenvolveram-se incrivelmente
Que todos os povos possam gozar de condições de vida dignas e dos seus próprios modos de vida.
 

socrates

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Que todos os povos possam gozar de condições de vida dignas e dos seus próprios modos de vida.
haverá sempre pobres entre nos infelizmente pq os politicos assim o querem e pq tb há pessoas que por mais dinheiro que tenha ficará sempre pobre pq têm espirito pobre
 

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O silêncio mediático acerca do apoio constante dos USA a Israel é tão sintomático.
Os media são a maior merda que há.
 
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  • José Maria Pedroto
haverá sempre pobres entre nos infelizmente pq os politicos assim o querem e pq tb há pessoas que por mais dinheiro que tenha ficará sempre pobre pq têm espirito pobre
"Porque os políticos assim o querem"...Isso é um bocado pueril, até pq o poder político hoje apita pouco.

O sistema vive de desníveis. A vida da monocelular à nossa é uma plataforma de hierarquias.
Desde quando fecundas até morreres estás numa corrida.

Agora podes lutar e exigir um sistema mais justo, mais digno, com menos discrepâncias, isso podes e deves.
 

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Tão pouco se poderá legitimar indefinidamente o curso de acção seguido por Israel tendo por base esse momento histórico e justificar assim a sistemática ocupação de território, aceitando agressões actuais com base em agressão passadas, numa lógica em tudo semelhante ao quem chegou primeiro. O quem bateu primeiro. Recordo que a própria criação do estado israelita implicou perdas significativas para as populações então estabelecidas. Não se tratou de um processo indolor, neutro ou pacífico; não falamos propriamente de terrenos baldios reconvertidos num estado. A vitória não confere especial justiça, moralidade ou correcção às acções do vencedor, somente expressa o seu superior poder. Nem a guerra terá sido espoleta pelas centenas de pessoas que hoje perdem as suas vidas, casas e terras, mas sim por actores com poder de decisão, subsistindo o problema do povo palestiniano. Pessoalmente não simpatizo com a ideia de que essas pessoas devem aceitar as suas condições actuais de vida pelo aconteceu em 48 ou por um qualquer fio condutor que os leve à assimilação.
O territorio não era legalmente(entidade interrnacional) deles portanto eles não iam perder nada.Não se pode perder o que não se tem.
Obviamente para fazer face à recolocação de populações e para o desenvolvimento esses problemas iam ser amplamente ressarcidos quer em ajuda monetaria direta quer em investimento.
Ou seja ia ser dada aos palestinianos todas as condições como foi dada aos judeus para florescerem como civilização e país.
Aliás isso tava contemplado no plano de partição.


Agora se me disseres que os judeus foram oportunistas porque conseguiram capitalizar quer nas guerras(que não começaram) quer nos buracos legais decorrentes da não assinatura do Plano pelos palestinianos para conseguir conquistar terreno para lá do seu plano, eu concordo plenamente!
Ainda hoje conseguem ao comprarem terrenos de palestinianos , legitimizar a sua presença e com isso dificultar a implantação de um Estado Palestiniano
 

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O territorio não era legalmente(entidade interrnacional) deles portanto eles não iam perder nada.Não se pode perder o que não se tem.
Obviamente para fazer face à recolocação de populações e para o desenvolvimento esses problemas iam ser amplamente ressarcidos quer em ajuda monetaria direta quer em investimento.
Ou seja ia ser dada aos palestinianos todas as condições como foi dada aos judeus para florescerem como civilização e país.
Aliás isso tava contemplado no plano de partição.


Agora se me disseres que os judeus foram oportunistas porque conseguiram capitalizar quer nas guerras(que não começaram) quer nos buracos legais decorrentes da não assinatura do Plano pelos palestinianos para conseguir conquistar terreno para lá do seu plano, eu concordo plenamente!
Ainda hoje conseguem ao comprarem terrenos de palestinianos , legitimizar a sua presença e com isso dificultar a implantação de um Estado Palestiniano
As populações que lá se encontravam estabelecidas há gerações haviam naturalmente desenvolvido ligações profundas ao território, à margem do enquadramento legal e político que então vigorava. As potências coloniais europeias e os vencedores de guerras sempre demostraram um especial cuidado em traçar linhas nos mapas, administrar e dividir territórios, descolonizar, zelar pelas populações locais... enfim. Não acompanho a ligeireza do processo, da sua descrição.... uma recolocação de populações, de milhares de pessoas, financeiramente ressarcidas... . Deixem os terrenos que vos servem de pátria há longos longos anos, que vos são de grande importância cultural, social, religiosa, ... e tomem lá este dinheiro... Imaginemo-nos na posição dessas pessoas. É um processo extremamente violento, por maior que fosse a reparação monetária. ...

E, afinal de contas, e isso é o mais importante, nem terra e autodeterminação nem boas condições de vida. E o facto é que milhares de pessoas foram desalojadas e criou-se um estado, ficando o outro por criar.

Não me merece simpatia esse oportunismo que mina a paz na região e desvirtua quaisquer negociações. Eventualmente chegar-se-á a um ponto em que não se falará de Palestina, como já não se fala do Tibete. Mal, a meu ver.
 
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