O que o PdC fez ou disse de Sócrates, LFV ou Madureira causa-me mais admiração do que desprezo.
E isto independentemente do meu pensamento sobre cada um dos sujeitos.
O normal deste país é toda a gente saber e toda a gente fingir.
No sábado, a Isabel dos Santos é uma grande empresária e uma amiga da economia, no domingo sai uma reportagem e na 2a feira "Aí que nojo, nunca julguei que a fortuna dela tivesse essas origens, que bandida."
O meu chefe de gabinete é apanhado com 80000 euros aqui onde trabalha e "aí que sacana, o que me fizeste seu bandido"
O país normalmente é isto. Gente que patrocina, se junta ou é conivente com praticas e pessoas duvidosas até ao momento em que todo o mundo consegue fingir que não se passa nada.
Deslealdade e oportunismo como padrão de comportamento social que deve ser replicado.
No segundo em que o mundo cai em cima de alguém, toda a gente se acotovela para hipócritamente dizer-se surpreendido, que nunca julgou e para atirar pedras ao sujeito no chão.
Quando alguém foge a este padrão oportunista tem a minha admiração.
Quanto ao Madureira há uma diferença entre usar a Operação Pretoriano no discurso de candidatura ou responder a uma pergunta.
Depois de tudo o que disse sobre o Madureira no passado, eu ficava era desiludido se ele agora tivesse a típica atitude tuga quando lhe pedem para comentar.
"Foi preso, nunca imaginei, que grande bandido que tenho aqui. "