Sérgio Conceição afirmou, peremptoriamente, que o seu futuro não dependia de qualquer conversa com o actual Presidente e que quem decidia o mesmo era ele, "ponto".
No dia a seguir assumiu que a sua decisão já estava tomada e que iria anuncia-la esta semana.
Daqui decorre, de forma absolutamente cristalina, que o sentido da sua decisão corresponde a sair do FCP pois a permanência ao serviço do clube dependeria sempre do Presidente do FCP.
Na tarde de ontem, a fonte mais próxima e bem informada acerca da equipa técnica do FCP, dá conta que SC iria sair, o que não constituiu surpresa para ninguém.
À noite, de forma absolutamente caricata e sem que o clube tenha sido previamente informado dessa intervenção pública, o que é revelador da forma como o mesmo encara a hierarquia (ou falta dela), o assessor de SC aparece, inopinadamente, a vender uma realidade alternativa, apregoando que SC ainda não tinha tomado uma decisão (desmentindo o que o próprio havia dito um dia antes), isto enquanto o JN, coincidentemente à mesma hora, aparece com um "exclusivo" a dar conta que SC não descartava continuar.
Ora, não me agrada a falta de coerência e a ausência de verticalidade na postura.
A determinação e a altivez do fim de semana deu lugar à hipocrisia.
E com que objectivo?
Dito isto, ainda que nos dois últimos anos tenhamos apresentado uma qualidade de jogo muito sofrível e não tenhamos alcançado, por isso, o principal objectivo da época, SC é um excelente treinador, tendo desenvolvido um trabalho muito bom no FCP, recuperando, de forma notável, o nosso ADN, os valores à Porto e a nossa mística.
Estarei sempre grato e reconhecido mas este é mais um ciclo que se fecha.
Já noutros tempos perdemos nomes bem mais grandiosos na nossa história e nem por isso o FCP deixou de continuar ganhar.
O FCP é o único que será eterno.