Não é o wokismo a que se refere a extrema-direita, é o wokismo das elites, que de facto não querem saber de causas algumas, é tudo virtue signaling por parte dos realizadores, produtores e atores, aliado ao whitewashing das empresas como a Disney.
A questão sobre o Star Wars é que, mesmo sendo uma saga de ficção científica, tinha uma premissa básica que foi completamente rompida só para demonstrar a força de uma personagem feminina. Se fores pesquisar acerca das declarações dos produtores desta nova trilogia e da própria atriz, vês que isto foi deliberado e não uma mera conspiração.
O problema não é que uma personagem feminina seja mais forte. O problema é que a personagem feminina foi declarada a mais forte sem a história levar a esse ponto, apesar de todo o enredo para trás, apesar de toda a coerência do universo.
Por exemplo, um 007 negro, um 007 gay ou uma 007 mulher. Achas que me importaria? Não, desde que fosse bem feito. Metam lá o Idris Elba, o exigível é que haja coerência, ainda que contrarie a ideia original do autor.
O problema é meter lá um 007 diferente e passar o filme todo a insistir nisso, como se fosse a coisa mais importante do filme.
A diferença entre progressismo e wokismo é o método, não a qualidade. Quer isto dizer que um faz as coisas por crença própria, por ser esse o melhor rumo a seguir, de uma forma natural e ponderada. As elites wokes (tal como existem elites ultraconservadoras) fazem-no por uma questão de lavagem de imagem, de sinalização de virtude, de uma forma forçada e sem qualquer simpatia por uma qualquer coerência.
