Queres mesmo comparar a sociedade ocidental no seu global com a sociedade muçulmana no que diz respeito a forma como as mulheres são tratadas?
Violação é crime aqui e em todos os países ocidentais.
Já noutras paragens...
Nada tem a ver se há ou não agressores sexuais em posições de poder no mundo ocidental, que obviamente há.
O Trump apesar de ser eleito foi condenado por agressão e assédio ( e ainda responde por outros que estão on hold até ele sair da Casa Branca).
Comparar isso com culturas dessiminadas apoiadas por lei em que a mulher é apenas um objecto de uso, nem é discussão.
É uma imbecilidade
Querer comparar a forma como as mulheres são tratadas em diferentes partes do mundo não implica ignorar as diferenças culturais, legais e sociais, mas também não justifica cair em generalizações simplistas ou numa postura de superioridade moral automática do “Ocidente”.
Sim, em muitos países ocidentais a violação é crime, há leis que protegem as mulheres e avanços importantes foram feitos. No entanto, a existência da lei não significa a ausência de violência, discriminação ou impunidade. Basta olhar para as estatísticas de violência doméstica, assédio no trabalho, ou os milhares de casos em que vítimas não são levadas a sério. Ter leis não é o mesmo que garantir justiça.
Citar o caso do Trump não é irrelevante — é sintomático: um homem com várias acusações e uma condenação por abuso sexual conseguiu o cargo mais poderoso do planeta. Isso diz muito sobre as falhas do sistema, e não apenas sobre indivíduos.
Quanto às sociedades muçulmanas, convém lembrar que o mundo islâmico não é monolítico: comparar o Afeganistão com Marrocos, a Arábia Saudita com a Indonésia ou o Irão com a Tunísia é tão redutor como comparar Portugal com a Polónia ou os EUA com a Suécia. Há mulheres muçulmanas líderes, juízas, médicas, ativistas e académicas que combatem desigualdades tanto ou mais do que muitas no Ocidente — e fazê-las desaparecer numa narrativa de “submissão legalizada” é, no mínimo, injusto.