Esta análise parece-me ser sem dúvida alguma um dos cenários possíveis.Opá, eu acho mesmo que se não fossem os empréstimos desta malta, o clube tinha falhado, por exemplo, a inscrição nas provas europeias e tinha entrado numa espiral em que bastavam dois ou três credores, para entrar num buraco sem fundo.
Os sinais estavam todos lá e o argumento deste ser o modelo de gestão desde o tempo da revigrés não ajuda muito - o modelo de gestão dos anos anteriores sempre vendeu jogadores no topo da sua valorização e não os deixava sair a custo zero.
Acho que nos últimos anos sacrificamos o futuro económico em troca de manter algum tipo de competitividade ilusória mas que a médio prazo estava condenada a desaparecer - as duas últimas épocas do SC são um exemplo disso, a culminar na época em que acabamos a 18 pontos do primeiro.
manter o modelo de gestão anterior ia agudizar os problemas, cada vez mais fracos economicamente, dependentes de vendas apressadas muito abaixo do valor do mercado - nem vou falar nas comissões - , com uma equipa envelhecida , possivelmente neste verão vendíamos o Mora para pagar a época, e íamos buscar o Taremi e o Otávio para garantir uma equipa competitiva, renovávamos mais uma época com o Pepe e o Marcano, porque era esse o modelo anterior, até ao ponto em que não sobrasse nada.
De resto não tenho uma bola de cristal para saber se o clube ia ou não desaparecer.
Apenas acho que a última época foi mais uma exceção do que um culminar. Se vires sempre tivemos equipas a competir. Sempre. Nunca me senti envergonhado.
Mas claro que isso só não resolve os problemas e algo precisava de mudar na parte financeira e como dizes na parte de gestão de ativos ( que andava horrorosa) as duas coisas estão relacionadas claro.