Um breve resumo deste último fim de semana na comunicação social.
Muitos erros de arbitragem devido ao clima de pressão terrível sobre os árbitros provocado pelo FC Porto.
O Porto de Schrödinger.
Após a terrível pressão a que, alegadamente, o Porto sujeitou Fábio Veríssimo, mostrando-lhe imagens em loop do momento da sua concepção, retiradas do National Geographic, a arbitragem uniu-se.
Encheram o bico dos papagaios de serviço, que vieram vomitar a voz do dono para as TV's, rádios, jornais e outros meios de comunicação.
"A multa deve ser exemplar!"
"Uma multa não basta, há que retirar pontos!"
"Retirar pontos? É extinguir o FC Porto", dizia uma arara, visivelmente alcoolizada, mas ainda assim com tempo de antena recorrente.
No "meu tempo", os bêbados, carregados de ódio e de insensatez, eram gozados nos cafés e por vezes tinham direito a umas bolachadas de borla, quando pisavam o risco. Agora são estrelas de TV. Alegadamente.
A malfadada TV que teimava em não desligar provocou um tsunami: protestos dos senhores do apito, que passaram a entrar sozinhos.
A inaceitável e insustentável pressão que o Porto fez já deixa a sua marca: beneficia um rival, alegadamente, e prejudica outro rival, também alegadamente.
Porque o Porto é assim, maquiavélico. Não alegada, mas confirmadamente.
Prejudicar ambos os rivais, ainda mais num momento em que ambos estão a jogar mais do que o Bayern de Mogofores, era dar muito nas vistas. É preciso fazer as coisas de forma matreira: ajudamos uns, prejudicamos outros; amanhã o contrário. Para ninguém suspeitar.
Ninguém sabe como está a arbitragem portuguesa, a caixa não deixa ver.
Mas deixa passar o cheiro.