Um desabafo

apostador87

Tribuna Presidencial
26 Novembro 2013
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Lagos
  • Jorge Costa
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Muita força @jpgm97 , neste momento só me ocorre dizer , autoriza-te a chorar baba e ranho , a sofrer , e dia a dia as coisas vão melhorar , pouco , mas vão .

Alguém disse e bem o que não te mata , torna-te mais forte , por isso tenta só aguentar estes primeiros tempos , pode levar anos mas de certeza que vai ficar melhor.

Entretanto concentra-te em ti próprio e cuida-te.
Abraço.
 

JRSB

Lugar Anual
7 Maio 2016
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  • André Villas-Boas
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Nem sei por onde começar.

Ultimamente já não ando ativo pelo fórum, pois a minha vida mudou drasticamente para melhor e este ano tinha tudo para ser um excelente ano, só que isso não aconteceu. Neste momento sinto-me no fundo do poço, embora saiba que há situações muito piores que as minhas.

Para quem não se lembra de mim, era o tipo que passava a vida enfiado nos tópicos de ciclismo, isto até ao escândalo da W52, que me afastou um bocado dessa modalidade que tanto acompanhava. Por acaso, o final da nossa equipa coincidiu com uma altura em que estava numa má fase da minha vida pessoal, só que entretanto conheci uma mulher maravilhosa com quem comecei a trocar cartas através de uma app em pleno século XXI. Essa mulher de certa forma salvou-me a vida e as nossas cartas foram adquirindo proporções tão grandes que nem um nem outro tinha forma de responder, daí termos começado a falar por outros meios com maior regularidade, até eventualmente nos conhecermos pessoalmente e nunca mais nos conseguirmos largar.

Quase um ano depois, começámos a viver juntos em casa dos meus pais, pois estávamos a juntar condições para arranjar a nossa própria casa. Importa dizer que essa mudança dela ocorreu bem mais cedo do que esperava, porque ela vinha de uma família abusiva e em breve as circunstâncias da vida dela iriam mudar, ao ponto de não mais ser possível estarmos juntos. Por isso, priorizámos o amor um pelo outro. Desde aí cortou todas as relações com a família e tinha noção de que, se voltasse lá, a coisa poderia terminar muito mal. Sim, era grave a esse ponto.

Desde aí tivemos quase 3 anos maravilhosos. Não vou dizer que não existiram conflitos, como acontece com todos os casais. Ambos temos falhas e amávamos um ao outro independentemente disso. Tínhamos uma conexão especial que, em quase 30 anos de vida, nunca me pareceu ser possível com ninguém, tanto que evitei relacionamentos ao máximo, sejam de curto ou de longo prazo. Nunca me fizeram sentido até aquele momento.

Só que tudo, de um momento para o outro, desapareceu. Incluindo ela, no passado dia 26 de novembro. Levou alguns produtos de higiene, alguns pertences pessoais e 2/3 peças de roupa e pouco mais. Deixou duas cartas, uma para os meus pais e outra para mim, apagou tudo o que era rede social e bloqueou-me, tanto a mim como à minha família. Esperava encontrar respostas, mas eram cartas genéricas que em nada clarificavam o que aconteceu.

Podia interpretar como um simples término da relação por parte dela. Só que, infelizmente, é bem pior do que isso. Ela não tinha trabalho há um ano, logo não tinha rendimentos, e a conta bancária dela estava literalmente a zeros. Também não tinha propriamente um círculo de amigos, pois ela abdicou de muita coisa quando veio para cá. Tinha apenas um ou outro colega mais próximo na faculdade, onde ingressou com 23 anos, pois os pais não a deixaram fazê-lo mais cedo. Ou seja, todas as despesas dela eram suportadas por mim e pela minha família, o que torna o desaparecimento dela mais preocupante. Por outro lado, ela deveria ter para onde ir, porque senão não levaria o que levou, mesmo não tendo tocado no nosso fundo de emergência.

Mais tarde descobri que ela deixou de frequentar as aulas, mesmo que não saiba se será ou não uma questão temporária, e que andava a ser seguida pela psicóloga da universidade, algo que ela nunca me contou. Eu sei que ela tinha os traumas dela e as suas inseguranças, só que ultimamente parecia muito melhor. Só que, nos últimos três meses, não conseguia passar tanto tempo com ela como queria. Apesar de dividirmos casa, trabalho de segunda a sábado e chegava sempre tarde e ela saía sempre cedo. Praticamente só tínhamos o sábado ao final da tarde para fazermos algo para nós e o domingo inteiro, mas eu tentava sempre arranjar uma forma de lhe fazer um gostinho e saía com ela sempre que possível.

No próprio dia em que ela desapareceu, fomos à polícia. No entanto, disseram-nos que não podiam fazer nada, uma vez que ela é maior de idade. Ainda assim, tentaram contactá-la, mas constataram que o número de telemóvel já não se encontrava ativo.

Neste momento não sei o que fazer, até porque não tenho assim tanta gente para me apoiar. Sonho todos os dias que ela volta e que se resolve toda a situação. Sinto-me vazio e sem motivação, como se não tivesse alegria para viver. Dizem-me que tenho de seguir em frente, só que não me tem sido possível, porque nem a trabalhar horas extra de segunda a sábado me consigo distrair da situação, até porque nem sei se ela consegue sobreviver, dadas as nenhumas condições que tinha para fazer a vida dela. Sinto que tenho de lidar com isto como se ela tivesse morrido, mas pior...
Olha, se ela saiu e deixou cartas, ela já tinha tudo pensado. Provavelmente está bem e tomou essa decisão bem tomada e não vinha de agora.

Imagino que doa muito principalmente por não entendermos o que levou a isso nem termos uma conversa final mas nós só podemos controlar as nossas ações e não as dos outros.

Em breve terás de tentar seguir em frente mas por agora é normal estares assim. Aprende a gostar mais de ti do que dos outros e não passaras por essa dor novamente.
 

Cherife

Fã de Geracionalo Borges, o pianista pedalante
8 Março 2012
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Em primeiro lugar força aí, a vida continua sempre.

Dizer também que pelo que escreves diria que ela não vai voltar para ti e não deves nutrir esperança alguma que isso possa acontecer. As probabilidades devem estar quase a bater no zero. Esta decisão que para ti pareceu repentina e surpreendente, para ela foi muito provavelmente remoída durante muito tempo enquanto vivias feliz na tua ignorância. A não ser que se trate de alguém com patologia mental diagnosticada/histórico familiar disto, é pouco provável que tenha tido uma crise psicótica e o mais certo é estar 100% consciente do que fez e se o fez foi porque quis.
Pode e vai custar interiorizar isto para ti mas é o que tem que ser. Quanto mais cedo te libertares do laço emocional que criaste, mais rápido vais voltar a viver. Até lá só podes sobreviver, como dizes ser o caso. A não ser que ela retorne (e repito, não deves alimentar nunca essa esperança) para te dar uma última conversa, o que também duvido dada a gravidade de toda a sequência de ações de cariz definitivo e terminal que tomou, vais ter que aprender a viver com a incógnita do que realmente despoletou tudo isto.
Será que se desenamorou de ti e tendo já largado tudo previamente fez aquilo que a vida a habituou a fazer e tratou tudo como arrancar um penso emocional? Há quanto tempo estava infeliz sem que reparasses (outra coisa da qual também não tens culpa embora seja fácil cair no pressuposto do contrário)? Terá encontrado alguém? Tudo isto são respostas que tens que estar preparado para não ver respondidas, nem hoje nem nunca. "Tratá-la" como morta é a única coisa que te vai salvar de entrares na loucura.

Se ela calhar de voltar, meu amigo, avalia bem a tua vida. A coisa mais difícil de alcançar na vida é equilíbrio.

És um rapaz novo, tens a vida pela frente. Não te podes permitir carregar um fardo que não é teu. Tudo passa e isto vai passar também, não tenhas dúvidas. E só tu sabes como.

Um abraço.
 
Última edição:

Roma

Tribuna Presidencial
17 Dezembro 2013
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Não posso dar nenhum conselho certo porque apesar de resumires a história e termos percebido muito bem, certamente que haverá outros detalhes e seria uma conversa com opiniões durante muitas horas.

Apenas só te posso dizer que tudo acontece por algum motivo. E que apesar de não percebemos ao inicio , sentirmos uma revolta e tristeza, de certeza que algo de bom virá na tua vida que vai permitir que ultrapasses o que estás a sentir agora. E isto será apenas uma barreira que tiveste que ultrapassar e será o mínimo para a felicidade que vais ter a oportunidade de encontrar e desfrutar.

Parabéns pela tua coragem de partilhar esta história. E nunca te esqueças que se achares que deves pedir ajuda mais profissional para ultrapassar isto não hesites em fazer.

Um abraço forte e força! La Famiglia Portista está aqui.
 

liebe_fcp

Bancada central
16 Junho 2017
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Em primeiro lugar, muita força e coragem para os próximos tempos, vais precisar de certeza. O tempo não apaga, mas é o único tratamento capaz de te aliviar a dor e deixar uma cicatriz bem funda.
A situação vai-te tornar numa pessoa mais fria, calculista, tenta ter controlo sobre isso ou irás magoar muitas vezes quem te quer bem no futuro, e se tu não terás culpa, as outras pessoas muito menos terão.

Tendo a concordar com o que o @Cherife escreveu... existem algumas red flags relacionadas com as vivências passadas dela que podem levar a tirar outro tipo de conclusões, mas pelo que contas acredito mais em algo muito ponderado e planeado. O fato de não tocar no dinheiro que tinham em comum e deixar as duas cartas, só demonstra que existe carinho e respeito. Não terá tido a coragem de dizer "não te amo mais", se numa relação dita normal é extremamente difícil fazê-lo, no vosso caso ainda mais seria, vindo de alguém que deverá sentir uma eterna gratidão por ti e pela tua família por toda a ajuda dada durante este período.
E sinceramente, eu preferia pensar assim. Tudo o que não seja algo semelhante deverá ser do foro criminal, mas com esses detalhes da roupa, cartas, o não levar dinheiro, ... já teriam de ter mentes muito doentes e macabras por trás, não acredito minimamente num cenário desses!

Forte abraço!
 

Rafa

Tribuna
31 Agosto 2012
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  • Lucho González
Pensa mais em ti e menos em quem não quis ficar a teu lado. Imagina a linha de raciocínio (desiquilibrio psicológico) de alguém, depois de tudo o que passou e do apoio que teve de ti e da tua família, tomar uma resolução destas, provavelmente os traumas sofridos terão tido peso nesta atitude...

Se calhar foi um mal que veio por bem, arrastar a situação poderia ter consequências bem piores.
 
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Moreira

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12 Julho 2016
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  • Reinaldo Teles
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Nem sei por onde começar.

Ultimamente já não ando ativo pelo fórum, pois a minha vida mudou drasticamente para melhor e este ano tinha tudo para ser um excelente ano, só que isso não aconteceu. Neste momento sinto-me no fundo do poço, embora saiba que há situações muito piores que as minhas.

Para quem não se lembra de mim, era o tipo que passava a vida enfiado nos tópicos de ciclismo, isto até ao escândalo da W52, que me afastou um bocado dessa modalidade que tanto acompanhava. Por acaso, o final da nossa equipa coincidiu com uma altura em que estava numa má fase da minha vida pessoal, só que entretanto conheci uma mulher maravilhosa com quem comecei a trocar cartas através de uma app em pleno século XXI. Essa mulher de certa forma salvou-me a vida e as nossas cartas foram adquirindo proporções tão grandes que nem um nem outro tinha forma de responder, daí termos começado a falar por outros meios com maior regularidade, até eventualmente nos conhecermos pessoalmente e nunca mais nos conseguirmos largar.

Quase um ano depois, começámos a viver juntos em casa dos meus pais, pois estávamos a juntar condições para arranjar a nossa própria casa. Importa dizer que essa mudança dela ocorreu bem mais cedo do que esperava, porque ela vinha de uma família abusiva e em breve as circunstâncias da vida dela iriam mudar, ao ponto de não mais ser possível estarmos juntos. Por isso, priorizámos o amor um pelo outro. Desde aí cortou todas as relações com a família e tinha noção de que, se voltasse lá, a coisa poderia terminar muito mal. Sim, era grave a esse ponto.

Desde aí tivemos quase 3 anos maravilhosos. Não vou dizer que não existiram conflitos, como acontece com todos os casais. Ambos temos falhas e amávamos um ao outro independentemente disso. Tínhamos uma conexão especial que, em quase 30 anos de vida, nunca me pareceu ser possível com ninguém, tanto que evitei relacionamentos ao máximo, sejam de curto ou de longo prazo. Nunca me fizeram sentido até aquele momento.

Só que tudo, de um momento para o outro, desapareceu. Incluindo ela, no passado dia 26 de novembro. Levou alguns produtos de higiene, alguns pertences pessoais e 2/3 peças de roupa e pouco mais. Deixou duas cartas, uma para os meus pais e outra para mim, apagou tudo o que era rede social e bloqueou-me, tanto a mim como à minha família. Esperava encontrar respostas, mas eram cartas genéricas que em nada clarificavam o que aconteceu.

Podia interpretar como um simples término da relação por parte dela. Só que, infelizmente, é bem pior do que isso. Ela não tinha trabalho há um ano, logo não tinha rendimentos, e a conta bancária dela estava literalmente a zeros. Também não tinha propriamente um círculo de amigos, pois ela abdicou de muita coisa quando veio para cá. Tinha apenas um ou outro colega mais próximo na faculdade, onde ingressou com 23 anos, pois os pais não a deixaram fazê-lo mais cedo. Ou seja, todas as despesas dela eram suportadas por mim e pela minha família, o que torna o desaparecimento dela mais preocupante. Por outro lado, ela deveria ter para onde ir, porque senão não levaria o que levou, mesmo não tendo tocado no nosso fundo de emergência.

Mais tarde descobri que ela deixou de frequentar as aulas, mesmo que não saiba se será ou não uma questão temporária, e que andava a ser seguida pela psicóloga da universidade, algo que ela nunca me contou. Eu sei que ela tinha os traumas dela e as suas inseguranças, só que ultimamente parecia muito melhor. Só que, nos últimos três meses, não conseguia passar tanto tempo com ela como queria. Apesar de dividirmos casa, trabalho de segunda a sábado e chegava sempre tarde e ela saía sempre cedo. Praticamente só tínhamos o sábado ao final da tarde para fazermos algo para nós e o domingo inteiro, mas eu tentava sempre arranjar uma forma de lhe fazer um gostinho e saía com ela sempre que possível.

No próprio dia em que ela desapareceu, fomos à polícia. No entanto, disseram-nos que não podiam fazer nada, uma vez que ela é maior de idade. Ainda assim, tentaram contactá-la, mas constataram que o número de telemóvel já não se encontrava ativo.

Neste momento não sei o que fazer, até porque não tenho assim tanta gente para me apoiar. Sonho todos os dias que ela volta e que se resolve toda a situação. Sinto-me vazio e sem motivação, como se não tivesse alegria para viver. Dizem-me que tenho de seguir em frente, só que não me tem sido possível, porque nem a trabalhar horas extra de segunda a sábado me consigo distrair da situação, até porque nem sei se ela consegue sobreviver, dadas as nenhumas condições que tinha para fazer a vida dela. Sinto que tenho de lidar com isto como se ela tivesse morrido, mas pior...
Muito Força, Amigo Portista.
Só o tempo te poderá ajudar a curar... Pode demorar, mas essa altura vai chegar.
Quem teve a coragem de falar disto, desta maneira, diz que já deste o primeiro passo nessa caminhada!
Um Grande Abraço e Votos de Boas Festas.

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AFBT

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19 Março 2012
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Antes de mais um abraço! Força na verga e vida que segue...
Ao ler a tua história, muito das perguntas e interrogações que possas ter na cabeça, as respostas estão dadas aí no meio da história.
Também já passei por uma separação depois de 15anos juntos e no início nunca é fácil, tens de fazer o teu luto, não te isolares e sair com amigos e família, ocupar a cabeça mais que possas é um bom remédio, o outro talvez seja físico, não sei se fazes exercício regularmente mas acredita que ajuda a aliviar o stress acumulado e também a manter uma cabeça mais distante dos problemas.

Pah são os únicos conselhos que te posso dar de um gajo que já passou alguma coisa na vida. O importante é falares e não te isolares.

Um abraço, força na verga amigo...
 

DeZ

Tribuna Presidencial
9 Março 2012
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  • Artur Jorge
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  • Fernando "Bibota" Gomes
  • Alfredo Quintana
O impacto inicial de uma separação é sempre muito forte, sobretudo quando é a primeira e ainda para mais nas circunstâncias que descreves. Não há como fugir ao "luto", só formas diferentes de lidar com ele. Por isso mesmo e para evitar entrares numa espiral negativa, por muito que falte vontade neste momento, é importante tentares fazer as coisas de que gostas, passar tempo com a família e amigos, enfim arranjar formas de te distraíres.

Fora isso, tenta ter presente que é preferível ela ter feito isto agora que daqui a uns anos, quando tivesses investido ainda mais na relação. E que se o fez, é porque não era a pessoa certa para ti.

Um abraço e força, que as coisas vão melhorar.
 
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Emanuel85

Tribuna Presidencial
16 Junho 2015
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Fizeste bem em abrir o coração e partilhar o que sentes connosco!
Acredito que isso te faça sentir um pouquinho melhor!

Da minha parte desejo que ultrapasses esta fase menos postiva. O caminho, ás vezes, difícil, é seguir em frente!

Grande abraço
 
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jpgm97

Tribuna Presidencial
1 Julho 2016
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  • Pinto da Costa
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  • Lucho González
É muito pior que uma separação. Tenho a certeza que preferias saber que ela te deixou e não quer mais estar contigo do que viver nessa incerteza de não saber o que se passou. Até porque isso te dá esperanças de que ela possa voltar.

Desejo-te a maior das forças e se quiseres desabafar mais estamos aqui para ti.
Obviamente preferia que ela tivesse conversado comigo e acabado comigo. Ou então que comunicasse os problemas de forma a vermos se davam para resolver ou não.

Agora ela ter desaparecido e eu nem saber se ela está bem ou em segurança...

No dia que ela desapareceu tive que ir a uma consulta de medicina do trabalho e ela estava toda preocupada a falar comigo antes e depois da consulta.

Passado um bocado desapareceu de casa.

É complicado.
 

Diogo Oliveira 98

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12 Agosto 2015
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Obviamente preferia que ela tivesse conversado comigo e acabado comigo. Ou então que comunicasse os problemas de forma a vermos se davam para resolver ou não.

Agora ela ter desaparecido e eu nem saber se ela está bem ou em segurança...

No dia que ela desapareceu tive que ir a uma consulta de medicina do trabalho e ela estava toda preocupada a falar comigo antes e depois da consulta.

Passado um bocado desapareceu de casa.

É complicado.
Pode não ter tido coragem por tudo o que tu e a tua família fizeram por ela, os motivos e as razões para o desaparecimento dela podem ser todos e mais alguns e não vale a pena estares a matutar nisso.
Neste momento, tens de te focar em ti e no teu equilibrio emocional
 

Mihaly Siska

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
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Certo dia ouvi: 'o casamento é uma carta fechada'. Qualquer relação o é. Não se sabe o que vem lá dentro. E, por isso, temos que estar preparados para tudo. Se quiseres investigar, fá-lo pelas vias oficiais, como falou o Devenish, mas não invistas muito, pode ser perigoso, porque os contornos indiciam isso. Tenta seguir em frente com a maior normalidade possível. Isolar-te e remoer, não.
 
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Maressi

Tribuna Presidencial
20 Novembro 2017
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Obviamente preferia que ela tivesse conversado comigo e acabado comigo. Ou então que comunicasse os problemas de forma a vermos se davam para resolver ou não.

Agora ela ter desaparecido e eu nem saber se ela está bem ou em segurança...

No dia que ela desapareceu tive que ir a uma consulta de medicina do trabalho e ela estava toda preocupada a falar comigo antes e depois da consulta.

Passado um bocado desapareceu de casa.

É complicado.
Ha uma coisa que separa as águas, o facto de ter deixado duas cartas mostra que não foi algo que lhe foi imposto ou fortuito, e quando assim é isso tem de te levar logo para a premissa de que foi uma escolha dela. Outro ponto, levou peças de roupa, acredito que essa parte possa ser importante também porque sabes que teria para onde ir

Como estás perto do início da escolha a tua dependência emocional não deixa que a razão "fale" então vais querer saber o porquê da escolha dela a todo o custo. Essa resposta se pensarmos de forma mais descolada não faz sentido porque se ela escolheu não estar contigo deixa de fazer sentido saberes a razão pela qual ela foi. Nota-se como te preocupas com ela e até uma esperança que ela volte que é natural , é recente não tens de te forçar a nao sentir nada até porque és humano e seria impossível, o tempo é que te vai deixar seguir, não te massacres e permite-te sentir seja o que for sabendo que com o tempo vais sentir-te melhor.

Podíamos estar aqui a supor dezenas de coisas que a levaram a ir mas não ia adiantar nada, umas talvez te deixassem sentir melhor e seguir mais facilmente, outras o oposto.

Ela escolheu para o final de tudo a simbologia do início, isto pode demonstrar duas coisas, um carinho/reconhecimento que ela conseguiu ter ao ir embora e em que ao mesmo tempo ela sabia que seria impeditivo de dizer a razão por saber que possivelmente te desiludiria (este carinho reconhecimento apesar de poder parecer proximidade eu diria que indica mais o oposto, com isto quero dizer que numa situação dessas para se ter esse tipo de acto tem de existir distância para ter lucidez para o fazer, o que pode mostrar que ela já não estava comprometida com o relacionamento, a outra razão para ter deixado as cartas pode ser por ser difícil para ela ir embora sabendo tudo o que tu e os teus pais fizeram por ela e não querer contacto por isso o último contacto, daí a sucesso de blocks etc etc em ambos os casos parece que ela já não estava comma cabeça aí
Não ignoraria o facto de andar a ser seguida pela psicóloga e pode ter partilhado a vontade de ir embora e não saber como fazer e que lhe tenha sido sugerido essa forma uma vez que ela não tinha coragem de o fazer.

Como disse antes tudo são suposições e serão a não ser que ela o diga um dia, agora caso ela volte há coisas importantes a se pensar, faz sentido ter uma relação com alguém que desaparece dessa forma? Faz sentido hipotecar a vida à espera de alguém que escolheu ir? Aproveita isto e tira algo de positivo, procura tu também um psicólogo, vais ganhar ferramentas para lidar com problemas da tua vida e crescer

O mais importante de tudo, antes dela existir na tua vida tu já existias, depois dela vais continuar a existir e a única coisa comum a todo este espaço temporal é a tua família, são neles que tens de te refugiar. Se precisares de alguma coisa estarei aqui
 
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Edgar Siska

Grande Capitão JC2#
9 Julho 2016
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Ao pé da praia
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  • Maio/21
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Amigo, muita força, não é nada fácil lidar com uma separação a frio, daquelas em que nada se percebe, não se lê nada no ar, e surge ou num silêncio ou numa comunicação indireta.

Principalmente tendo em cona tudo aquilo que referiste.
Lembra-te que tudo tem o seu propósito, e provavelmente esta relação teve o seu, em que tenha sido levantar-te naquela altura.
Se não foi agora que foi a valer, provavelmente já não teria de ser.
A tua família continua aí para te ajudar e certamente que o vão fazer.
Uma coisa que pode ampliar a dor é estar à procura de respostas, por vezes as mesmas não existem, e quem as devia dar não deu, não tens de as procurar, lembra-te disso.

Um grande abraço, alguma coisa dispões.
 
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