Se percebo o teu ponto o argumento é que as contas só "parecem" boas porque (i) há a mais valia do Otavio e (ii) porque o aumento do passivo remunerado ocorreu já no segundo semestre.
O meu contra-argumento é: retira as mais valias de todas as contas apresentadas pelas 3 maiores SADs portuguesas desde que foram criadas e 100% das contas passam a ser negativas baseados nesse critério. Nessa perspectiva concordo contigo. Todos sonhamos que um dia... quiçá o AVB e a sua equipa... vai-se descobrir um modelo que vai criar resultados operacionais antes de venda de jogadores que vai ser tão bom que a dívida vai desaparecendo. fingers crossed.
E também concordo contigo que se a Sagasta tivesse sido fechada em Dezembro teríamos em vez de uma redução de passivo financeiro de 85 milhões teria sido apenas de 30 milhões (assumindo, dou isso de barato, que com esse valor da sagasta não saldas outras dividas remuneradas). Mesmo assim seria uma boa redução de passivo remunerado.
Portanto acho que em geral ainda não encontraste nada de negativo nas contas. Mas lá está contas semestrais interessam para quê? Não é?
Estás a abordar a questão de forma errada.
Eu não questiono a necessidade de MV para os clubes portugueses, incluindo o nosso, terem resultados positivos.
Agora, não podemos é considerar que as contas são boas no período em que entram as MV e que são más no período que não entram, quando elas, em substância, são idênticas nos dois períodos...
Nada mudou, exceto a venda do Otávio ter sido feita em julho (à custa de um mega prejuízo em 22/23) enquanto no ano anterior essas vendas entraram em junho.
O problema continua lá. Igualzinho.
Quanto à redução do passivo remunerado, se tiveres em conta a operação com a Sagasta, foi inferior ao lucro do exercício. Não vejo, também, o que haverá a celebrar.