Actualidade Nacional

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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A velhinha da aldeia que vai à missa todos os domingos é o equivalente ao muçulmano que reza 5 vezes por dia e não chateia ninguém, mas tudo bem.
Verdade, mas a velhinha fala português, sabe quem foi o dr salazar e o bochechas, é capaz de cantar uma canção tradicional que ouviu da sua avó, sabe fazer um cabrito no forno de estalo, gosta de buber um copito de vinho e acha muita graça ao herman e ao quim barreiros. Em suma, é portuguesa. Coisa que o muçulmano só será depois de completamente assimilado, ou seja, quando os seus netos ou bisnetos forem a Fátima a pé, adorarem cozinhar entrecosto na brasa e chorarem com as derrotas da selecção.
 

LoscarDragão

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Verdade, mas a velhinha fala português, sabe quem foi o dr salazar e o bochechas, é capaz de cantar uma canção tradicional que ouviu da sua avó, sabe fazer um cabrito no forno de estalo, gosta de buber um copito de vinho e acha muita graça ao herman e ao quim barreiros. Em suma, é portuguesa. Coisa que o muçulmano só será depois de completamente assimilado, ou seja, quando os seus netos ou bisnetos forem a Fátima a pé, adorarem cozinhar entrecosto na brasa e chorarem com as derrotas da selecção.
Estás a esquecer dos portugueses que nunca foram a Fátima a pé, que se foram nem querem voltar nem que lhe paguem, dos vegans ou dos que não gostam de entrecosto na brasa, eu adoro, e os que não gostam da seleção ou que só gostam quando é final do Euro ou Mundial.
Tiras a nacionalidade a esses?
Para ti um bom muçulmano é alguém que se assimila, tanto mas tão bem, que vira católico devoto, começa a comer porco e deixa de apoiar a seleção do país de origem, e vira tão fã da seleção portuguesa que até chora quando perde?:rolleyes:
 
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Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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Estás a esquecer dos portugueses que nunca foram a Fátima a pé, que se foram nem querem voltar nem que lhe paguem, dos vegans ou dos que não gostam de entrecosto na brasa, eu adoro, e os que não gostam da seleção ou que só gostam quando é final do Euro ou Mundial.
Tiras a nacionalidade a esses?
Para ti um bom muçulmano é alguém que se assimila, tanto mas tão bem, que vira católico devoto, começa a comer porco e deixa de apoiar a seleção do país de origem, e vira tão fã da seleção portuguesa que até chora quando perde?:rolleyes:
Exactamente. Claro que é possível ser-se português e ateu e não gostar de carne, nem de fado, nem da selecção nem de cozido à portuguesa.
Mas ninguém pode ser português se não nascer a falar a língua e se achar que o lugar mais importante do planeta é Meca, na Arábia Saudita. Esses podem ser tipos porreiros, bons vizinhos, gente honesta e trabalhadora, mas portugueses não são. A não ser que ser portugueês não queira dizer nada, coisa em que não acredito.
Eu sou ateu, não gosto de fado nem me interessa a selecção, mas a Arábia Saudita e o islamismo ainda me dizem menos. Mas conheço e gosto da história de Portugal, admiro a arquitectura tradicional portuguesa do Minho ao Algarve, gosto de Camões e de Pessoa, de azulejos e de caldo verde e era capaz de pegar numa fisga se algum cabrão estrangeiro nos quisesse ocupar. Sinto-me português e não gostava de ser outra coisa. Quando o muçulmano sentir o mesmo que eu, passa a ser da minha tribo. Até lá, é um estrangeiro.
 
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LoscarDragão

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Exactamente. Claro que é possível ser-se português e ateu e não gostar de carne, nem de fado, nem da selecção nem de cozido à portuguesa.
Mas ninguém pode ser português se não nascer a falar a língua e se achar que o lugar mais importante do planeta é Meca, na Arábia Saudita. Esses podem ser tipos porreiros, bons vizinhos, gente honesta e trabalhadora, mas portugueses não são. A não ser que ser portugueês não queira dizer nada, coisa em que não acredito.
Claro que ser Português quer dizer tudo, e percebo o teu ponto.
Mas, para adquirir a nacionalidade, aceito o facto de terem de saber falar português e conhecer a cultura e um minimo de história de Portugal.
Mas porque têm de abandonar a cultura e crença deles e dos antepassados?
Como disseste há portugueses ateu, como eu, mas também há portugueses muçulmanos, mesmo que poucos.
Por exemplo, um Moçambicano que vive em Portugal e trabalha e não cometeu crimes, mas é muçulmano. Não pode adquirir a nacionalidade portuguesa ?
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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Claro que ser Português quer dizer tudo, e percebo o teu ponto.
Mas, para adquirir a nacionalidade, aceito o facto de terem de saber falar português e conhecer a cultura e um minimo de história de Portugal.
Mas porque têm de abandonar a cultura e crença deles e dos antepassados?
Como disseste há portugueses ateu, como eu, mas também há portugueses muçulmanos, mesmo que poucos.
Por exemplo, um Moçambicano que vive em Portugal e trabalha e não cometeu crimes, mas é muçulmano. Não pode adquirir a nacionalidade portuguesa ?
Tu és de uma nação quando, numa situação limite, és capaz de lutar pela independência dessa nação contra um invasor. Se um português muçulmano fosse capaz de lutar por Portugal no caso de uma hipotética invasão por parte de qualquer país muçulmano, para mim essa pessoa seria portuguesa. Se ela ficasse na dúvida, seria estrangeira. É fácil de perceber. Tudo se resume a: onde é que está a tua lealdade? Se te identificas mais com Meca do que com a merda do parlamento português, não és português, a tua tribo é outra.
 

Mustaine

Tribuna Presidencial
18 Junho 2007
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Porto
Eu não sei bem o que consideras “antigamente”, mas já viste bem as merdas das casas que se construíam neste país há 50 anos? Um frio do caralho no inverno, um calor insuportável no verão, chuva a cair dentro de casa, humidade por todo o lado, isolamento era um conceito desconhecido. Não admira que as casas fossem baratas, eram pouco mais do que um barraco.
Tão bom, aquelas milhentas casinhas de ilhas, no Porto, com a casa de banho fora da habitação e comum a outras 10 familias...

No Inverno devia ser um mimo.
 

Costinha

Bancada central
29 Agosto 2016
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Claro que ser Português quer dizer tudo, e percebo o teu ponto.
Mas, para adquirir a nacionalidade, aceito o facto de terem de saber falar português e conhecer a cultura e um minimo de história de Portugal.
Mas porque têm de abandonar a cultura e crença deles e dos antepassados?
Como disseste há portugueses ateu, como eu, mas também há portugueses muçulmanos, mesmo que poucos.
Por exemplo, um Moçambicano que vive em Portugal e trabalha e não cometeu crimes, mas é muçulmano. Não pode adquirir a nacionalidade portuguesa ?
Não. Porque é moçambicano. Os passaportes não são cromos para se colecionar.

Os meus filhos nasceram no estrangeiro mas não pedi a nacionalidade dos países onde eles nasceram - são portugueses e mais nada.

A estupidez de dar passaporte a toda gente é uma das coisas que está a dar cabo do ocidente.
Assim como dar benefícios a estrangeiros - se não se conseguem sustentar então adeus, é assim no resto do mundo.
 

inhocsigno

Arquibancada
2 Junho 2024
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Acho que há uma grande diferença entre manter a nação homogénea ( que é um conceito que só existe em ditaduras e no zoo) e ter o cuidado em integrar quem vem por bem e identificar rapidamente os que vêm para cá fazer merda, seja porque são criminosos, ou porque defendem ideias perigosas para a nossa democracia.
Não, não existe só em ditaduras e no zoo.
 

Cheue

12 Maio 2016
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agora andamos a discutir a legitimidade da "substituição populacional"...

e se faz mal ou não ter portugueses castanhos
mas certamente que isto não tem nada a ver com racismo...
 
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Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Mesmo que pudesses roubar as casas aos donos, para as reabilitar tinhas que pagar a 1500-2000 euros/m2 para as reabilitar.. o que não faltam são casas no idealista ao preço da chuva para reabilitar e ninguém lhes pega. Sempre existiram casas desocupadas e casas devolutas e abandonadas.

Muitos AL são reabilitações que ainda seriam ruinas se não fossem para AL.

Quem quer casas tem que as pagar, o resto é demagogia barata, ninguem vai resolver o "problema" da habitação, não vão haver casas baratas como já houveram, há muito procura e pouca oferta, as pessoas não podem querer tudo...
Nem eu defendo isso.

A minha primeira casa em Lisboa, em 99, foi um T1 com uma renda de 50 contos. A inflação também funciona, como deve funcionar, na habitação.

As remunerações passaram ao lado da inflação. E se Portugal já partia de uma situação de desvantagem relativamente ao resto da Europa neste âmbito, ainda ficou pior. Desde logo, há algo que deveria ter sido implementado em Portugal há anos, que já existe em vários países europeus, que é a indexação automática dos salários à inflação. E, com visão política, essa indexação não deveria sequer ser de 1.00, mas de 1.50 ou 1.75, para garantir maior poder de compra e uma aproximação, pelo menos, a Espanha.

Voltando à questão da habitação, não se trata de retirá-las aos seus donos, mas sim de termos programas de estímulo para a sua reabilitação, de forma a voltarem ao mercado de habitação. Exatamente porque muitas famílias não têm capacidade de investimento para as reabilitar. O mercado, depois, ajusta-se. Os valores são sempre crescentes porque a procura é demasiada para a oferta. Com maior oferta, haverá equilíbrio e estabilização. Esta é uma crise generalizada na Europa, mas, neste momento, os preços em Lisboa estão ao nível dos de Berlim ou Amesterdão, onde os residentes têm uma taxa de esforço até três vezes inferior.
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Verdade, mas a velhinha fala português, sabe quem foi o dr salazar e o bochechas, é capaz de cantar uma canção tradicional que ouviu da sua avó, sabe fazer um cabrito no forno de estalo, gosta de buber um copito de vinho e acha muita graça ao herman e ao quim barreiros. Em suma, é portuguesa. Coisa que o muçulmano só será depois de completamente assimilado, ou seja, quando os seus netos ou bisnetos forem a Fátima a pé, adorarem cozinhar entrecosto na brasa e chorarem com as derrotas da selecção.

Eu não dou um tostão furado pela assimilação cultural. Mesmo. Não somos uma aldeia, há milhares de formas diferentes de sermos portugueses.

Para mim, o importante num imigrante que venha para cá, de uma cultura completamente diferente, é se cumpre as regras portuguesas. Depois, acompanhar se, por exemplo, trouxe a família consigo, se a mulher tem emprego e está inserida na sociedade, se os filhos estão na escola, se têm condições dignas para viver.

Devia haver uma espécie de Doge na função pública portuguesa — alguém com a missão clara de cortar gastos supérfluos, mas com a diferença do original de depois investir onde mais faz falta: assistentes sociais, auxiliares escolares, professores do pré-escolar, cuidados primários de saúde, etc, etc

Muitas destas pessoas chegam completamente desintegradas e acabam exploradas por quem as trouxe: têm de pagar parte do que ganham aos bosses que lhes arranjaram emprego, vivem em camaratas sobrelotadas, e se falham um pagamento, caem na ilegalidade. Nunca vejo o foco da discussão em acabar com quem os traz para cá, é sempre a culpabilizar quem chega.

É com isso que nos devíamos preocupar. Ajudá-los a não serem explorados, garantir que os filhos têm escola, comida e saúde. Interessa-me muito pouco saber se gostam de bacalhau ou do Herman José. Daqui a quatro ou cinco anos, muitos provavelmente já nem estarão cá.
 

inhocsigno

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Eu não dou um tostão furado pela assimilação cultural. Mesmo. Não somos uma aldeia, há milhares de formas diferentes de sermos portugueses.

Para mim, o importante num imigrante que venha para cá, de uma cultura completamente diferente, é se cumpre as regras portuguesas. Depois, acompanhar se, por exemplo, trouxe a família consigo, se a mulher tem emprego e está inserida na sociedade, se os filhos estão na escola, se têm condições dignas para viver.

Devia haver uma espécie de Doge na função pública portuguesa — alguém com a missão clara de cortar gastos supérfluos, mas com a diferença do original de depois investir onde mais faz falta: assistentes sociais, auxiliares escolares, professores do pré-escolar, cuidados primários de saúde, etc, etc

Muitas destas pessoas chegam completamente desintegradas e acabam exploradas por quem as trouxe: têm de pagar parte do que ganham aos bosses que lhes arranjaram emprego, vivem em camaratas sobrelotadas, e se falham um pagamento, caem na ilegalidade. Nunca vejo o foco da discussão em acabar com quem os traz para cá, é sempre a culpabilizar quem chega.

É com isso que nos devíamos preocupar. Ajudá-los a não serem explorados, garantir que os filhos têm escola, comida e saúde. Interessa-me muito pouco saber se gostam de bacalhau ou do Herman José. Daqui a quatro ou cinco anos, muitos provavelmente já nem estarão cá.
O que são regras portuguesas? E o que é estar inserido na sociedade?
 

inhocsigno

Arquibancada
2 Junho 2024
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167
Vamos dar-lhes as ferramentas de integração… daqui a 4 ou 5 anos muitos provavelmente já nem estarão cá.

Para lá de paródia.