Actualidade internacional

SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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Quando os Ingleses lá chegaram a população de Judeus era absolutamente minoritaria e cresceu exponencialmente até saírem. Mas a maior omissão é mesmo a de que em 2024 israel matou mais de 2% da população de uma região.
Efectivamente sim era minoritária.
Mas o processo começou quando da expulsão dos Otomanos.
Os árabes da região tinham falta de identidade( tinham sido colonizados durante 500 anos) e os Hachemitas proposeram aos ingleses que depois da guerra o território que continha a Síria, Iraque, Líbano, Transjordânia e Palestina seria uma Federação Árabe secular.
Ou seja a migração dos povos entre esse território seria feita de.forma.natural.
Os ingleses mentiram e disseram que sim.
A posteriori Weissman e o Faiçal( o príncipe Hachemita) acordaram que toda a diáspora judaica volta se a Palestina com a compensação que os judeus partilhassem toda a tecnologia e conhecimento com os árabes para que o desenvolvimento fosse uniforme.
Faiçal prometeu aos judeus que a Palestina seria um estado autonomo dentro da Federação Árabe.
Foi aí que começou a migraçao judaica mais intensa entre 1919 e 1921.
O fodido é que quando iam passar isso tudo para o papel, afinal o Médio Oriente ia ser partido aos bocados.A França ficaria com Síria, Líbano e Norte do Iraque e Inglaterra ficaria com a Transjordânia, Palestina e Sul Iraque /Kuwait.
Começaram os levantamentos populares árabes que a Inglaterra reprimiu e depois para controlar isso deu ao Faiçal o Iraque, ao Abdullah a Transjordânia e na Palestina havia 2 famílias poderosas que eram os Al Husseini e o Nashashibi.
Os Nashashibi eram mais tolerantes e os Al Husseini mais radicais.
Inglaterra para apaziguar os motins, nomeou o Haj Al Husseini como o Mufti de.Jerusalem.
A partir daí foi sempre a descer.
Inclusivé antes da guerra entre Palestina e Israel de 1948 ouve uma guerra civil palestiniana entre essas 2 familias.
Mesmo depois da Guerra 1948/1949 , Inglaterra pediu a Jordânia para invadir a Cisjordânia palestiniana para evitar que esse Mufti implanta.se um Estado Islâmico da Palestina.
Ninguém queria que os palestinianos fossem independentes.
Ninguém na sociedade ocidental quer um estado Palestiniano independente com o nível de radicalização que os Palestinianos têm.
No fundo grande parte do Ocidente é emocionalmente desprendido do que se.passa lá por causa da desumanização dos muçulmanos desde os ataques nos EUA e os problemas em França.
É o que é
 

wolfheart

Tribuna
30 Novembro 2015
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Bragança
Mais espetacular ainda é a China ter 1200 Mega Centrais de produção elétrica... a queimar Carvão 24/7.... mas para os climáximos o problema é o meu Golf de 2005...
 

Edgar Siska

Não há derrotas, quando é firme o passo
9 Julho 2016
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8
Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
  • Maio/21
  • Junho/22
  • Agosto/22
A discussão visa focar o comportamento masculino "tóxico" que se torna uma ameaça para a mulher. O extremo aqui é eliminar os bons exemplos, os homens que não têm esses comportamentos, que faz com que a discussão revolva à volta de um estereótipo, e o que já devíamos saber enquanto sociedade era fugir a estereótipos.

Vejo a discussão entre urso e homem como uma discussão, por exemplo, carro vs tubarão. A esmagadora maioria das pessoas diria que entrar num carro é mais seguro que nadar com tubarões, no entanto, o número de pessoas que morrem na estrada é muito superior aqueles que morrem por ataque de tubarões. Existem mais carros que tubarões, existem mais homens que ursos, especialmente ao pé de mulheres.

PS. não relevante para a discussão, meramente informativo: o comportamento do urso depende da espécie. Diria que com ursos negros em geral, não correrias grandes riscos, assumindo que não existem crias e que não demonstras agressividade. Com ursos pardos... Bem, pelo menos não serás violado.
Eu dei o exemplo do urso-pardo, o urso negro é mais pequeno e em geral foge dos seres humanos.
Principalmente se os apanhas a te vasculharem o lixo.
Tenho familiares no Canadá :LOL:

Felizmente nunca deram de caras com um urso-pardo senão eram familiares finados.
 

wolfheart

Tribuna
30 Novembro 2015
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Bragança


É engraçado ver que as recomendações do Governo anterior tiveram algum seguimento pela comunicação social.
No incidente do dia que está a causar apreensão em França, a imprensa Francesa e Europeia diz quem a pessoa é, põe fotos, etc.
A imprensa portuguesa, para dizer o apelido apenas põe um A. para preservar a privacidade do animal. Tempos estranhos.
 

Kloppeição

Tribuna Presidencial
8 Maio 2022
16,019
51,413
Já agora, também vou acrescentar algo à informação que foi dada sobre os ursos.

O comportamento dos ursos não depende só da espécie, depende de muitos outros factores. Um encontro com um urso-negro em determinadas circunstâncias pode até ser mais perigoso que um encontro com um urso pardo embora a probabilidade de isto acontecer seja bastante baixa. Existem, por exemplo, diferenças genéticas nos genes associados à agressividade entre os ursos-pardos da américa do norte e os ursos-pardos europeus e existem também diferenças entre populações, simplesmente por diferentes tipos de pressões seletivas a que estão sujeitas as diferentes populações.

No geral os ursos-negros são menos agressivos, mas há carradas de casos de pessoas que pensam que por serem menos agressivos podem adoptar comportamentos de risco e acabam em situações bastante perigosas e a sofrer lesões terríveis.

Um outro factor a ter em conta é a altura do ano em que se dá o encontro. Os ursos, principalmente os ursos-pardos, tornam-se bastante mais agressivos pouco tempo antes de entrarem em hibernação, altura em que vão procurar e constantemente por comida e comer tudo o que lhes aparecer à frente de forma a aguentarem os duros invernos. Nos meses de inverno podem sair esporadicamente para procurar comida, mas vão estar num estado metabólico de torpor em que a atividade metabólica é mais baixa e raramente ocorrem encontros e ataques. Portanto, se encontrarem um urso-pardo em Setembro/Outubro, a probabilidade de acabarem por ser comidos é bastante alta. Nas outras alturas do ano dependerá dos outros factores já mencionados e do tipo de interação. É provável que exista ataque em encontros em que os ursos sejam apanhados de surpresa e se sintam ameaçados, principalmente se for fêmea e estiver acompanhada pelas crias, como já mencionaram.

Só mais uma curiosidade, é bastante provável que dentro de algum tempo, talvez nos próximos anos, voltemos a ter ursos-pardos a habitar permanentemente em território português ali na zona do Parque Natural da Serra de Montesinho onde de vez em quando um ou outro urso espanhol nos vem fazer uma visita.
 

Edgar Siska

Não há derrotas, quando é firme o passo
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Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
  • Maio/21
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Já agora, também vou acrescentar algo à informação que foi dada sobre os ursos.

O comportamento dos ursos não depende só da espécie, depende de muitos outros factores. Um encontro com um urso-negro em determinadas circunstâncias pode até ser mais perigoso que um encontro com um urso pardo embora a probabilidade de isto acontecer seja bastante baixa. Existem, por exemplo, diferenças genéticas nos genes associados à agressividade entre os ursos-pardos da américa do norte e os ursos-pardos europeus e existem também diferenças entre populações, simplesmente por diferentes tipos de pressões seletivas a que estão sujeitas as diferentes populações.

No geral os ursos-negros são menos agressivos, mas há carradas de casos de pessoas que pensam que por serem menos agressivos podem adoptar comportamentos de risco e acabam em situações bastante perigosas e a sofrer lesões terríveis.

Um outro factor a ter em conta é a altura do ano em que se dá o encontro. Os ursos, principalmente os ursos-pardos, tornam-se bastante mais agressivos pouco tempo antes de entrarem em hibernação, altura em que vão procurar e constantemente por comida e comer tudo o que lhes aparecer à frente de forma a aguentarem os duros invernos. Nos meses de inverno podem sair esporadicamente para procurar comida, mas vão estar num estado metabólico de torpor em que a atividade metabólica é mais baixa e raramente ocorrem encontros e ataques. Portanto, se encontrarem um urso-pardo em Setembro/Outubro, a probabilidade de acabarem por ser comidos é bastante alta. Nas outras alturas do ano dependerá dos outros factores já mencionados e do tipo de interação. É provável que exista ataque em encontros em que os ursos sejam apanhados de surpresa e se sintam ameaçados, principalmente se for fêmea e estiver acompanhada pelas crias, como já mencionaram.

Só mais uma curiosidade, é bastante provável que dentro de algum tempo, talvez nos próximos anos, voltemos a ter ursos-pardos a habitar permanentemente em território português ali na zona do Parque Natural da Serra de Montesinho onde de vez em quando um ou outro urso espanhol nos vem fazer uma visita.
Eu já lido com ursos todos os dias. Estou preparado para qualquer eventualidade.

Ursas são mais complexas. Podem acabar por ser de peluche ou de repente acabas todo arranhado.
 

sirmister

Tribuna Presidencial
21 Março 2008
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Já agora, também vou acrescentar algo à informação que foi dada sobre os ursos.

O comportamento dos ursos não depende só da espécie, depende de muitos outros factores. Um encontro com um urso-negro em determinadas circunstâncias pode até ser mais perigoso que um encontro com um urso pardo embora a probabilidade de isto acontecer seja bastante baixa. Existem, por exemplo, diferenças genéticas nos genes associados à agressividade entre os ursos-pardos da américa do norte e os ursos-pardos europeus e existem também diferenças entre populações, simplesmente por diferentes tipos de pressões seletivas a que estão sujeitas as diferentes populações.

No geral os ursos-negros são menos agressivos, mas há carradas de casos de pessoas que pensam que por serem menos agressivos podem adoptar comportamentos de risco e acabam em situações bastante perigosas e a sofrer lesões terríveis.

Um outro factor a ter em conta é a altura do ano em que se dá o encontro. Os ursos, principalmente os ursos-pardos, tornam-se bastante mais agressivos pouco tempo antes de entrarem em hibernação, altura em que vão procurar e constantemente por comida e comer tudo o que lhes aparecer à frente de forma a aguentarem os duros invernos. Nos meses de inverno podem sair esporadicamente para procurar comida, mas vão estar num estado metabólico de torpor em que a atividade metabólica é mais baixa e raramente ocorrem encontros e ataques. Portanto, se encontrarem um urso-pardo em Setembro/Outubro, a probabilidade de acabarem por ser comidos é bastante alta. Nas outras alturas do ano dependerá dos outros factores já mencionados e do tipo de interação. É provável que exista ataque em encontros em que os ursos sejam apanhados de surpresa e se sintam ameaçados, principalmente se for fêmea e estiver acompanhada pelas crias, como já mencionaram.

Só mais uma curiosidade, é bastante provável que dentro de algum tempo, talvez nos próximos anos, voltemos a ter ursos-pardos a habitar permanentemente em território português ali na zona do Parque Natural da Serra de Montesinho onde de vez em quando um ou outro urso espanhol nos vem fazer uma visita.
Mas no final qualquer que seja a especie é menos perigoso que o homem branco hétero.
 

Kloppeição

Tribuna Presidencial
8 Maio 2022
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Mas no final qualquer que seja a especie é menos perigoso que o homem branco hétero.
Isso é óbvio.

E há também que ter em consideração que os ursos ou qualquer outro animal selvagem não atacam vegans nem praticantes de yoga. Os vegas e praticantes de yoga estão em perfeita sintonia e harmonia com a Natureza, quando entram num território selvagem conseguem estabelecer uma sincronia energética com todos os seres vivos.
 
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Di Charis

Tribuna Presidencial
23 Abril 2012
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Isso é óbvio.

E há também que ter em consideração que os ursos ou qualquer outro animal selvagem não atacam vegans nem praticantes de yoga. Os vegas e praticantes de yoga estão em perfeita sintonia e harmonia com a Natureza, quando entram num território selvagem conseguem estabelecer uma sincronia energética com todos os seres vivos.
Não, eles não atacam porque tu és aquilo que comes e os Veganos devem ter um sabor de merda, podem ser ursos mas não são parvos.
 
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Kloppeição

Tribuna Presidencial
8 Maio 2022
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Não, eles não atacam porque tu és aquilo que comes e os Veganos devem ter um sabor de merda, podem ser ursos mas não são parvos.
Brincadeiras à parte, são pessoas que na maioria dos casos têm boas intenções. O problema, como em praticamente tudo hoje em dia, são os posicionamentos extremistas. E há dos dois lados, naturalmente.

Existem argumentos relativamente ao bem-estar animal que fazem todo o sentido e são totalmente verdadeiros. O nível de sofrimento animal imposto pelas indústrias intensivas de produção de carne é uma coisa absurda. Chegamos ao supermercado, temos a carne embalada ou vamos ao talho e pedimos um bife disto e um bife daquilo e nem temos de pensar sobre todo o processo. Creio que é um assunto que daqui por alguns anos vamos olhar para trás e vamos pensar que era algo absolutamente abominável. É algo que temos seriamente de pensar em mudar enquanto sociedade para termos práticas mais éticas e infligir menor sofrimento.

Depois existem todas aquelas questões que estão associadas aos extremismos e falta de conhecimento. Achar que se toda a gente fosse vegan o mundo seria fantástico e perfeito haveria muito menos emissões é algo bastante mais complexo do que aquilo que normalmente as pessoas julgam. Achar que os seres vivos sencientes são apenas aqueles que possuem um sistema nervoso ou um proto sistema nervoso é algo extremamente redutor e é um assunto bastante mais complexo até porque à medida que a investigação vai avançando vão-se descobrindo comportamentos cognitivos extremamente sofisticados em plantas e fungos que são grupos de seres vivos muito diferentes e é muito difícil imaginar outras formas de cognição avançada que não através do "nosso" sistema nervoso convencional.

E depois a patetice do "fomos desenhados apenas para comer plantas" ou "fomos desenhados para comer carne"... quando na realidade nenhum organismo foi desenhado para se alimentar do que quer que seja. Todos foram sujeitos a determinadas pressões seletivas associadas aos recursos disponíveis, aos recursos do próprio organismo para se alimentar, à competição por recursos dentro da mesma espécie com outras espécies, e a seleção natural atuou. Tirando alguns carnívoros que têm obrigatoriamente de se alimentar de carne para obter determinados aminoácidos cujo organismo não tem capacidade para sintetizar, os outros animais adaptaram-se por força de pressões seletivas a uma determinada dieta, como os ruminantes que têm órgãos especializados para fazer a digestão de plantas, no entanto, muitos herbívoros quando têm a oportunidade comem pequenos mamíferos como ratos ou pássaros. Quem vive perto ou trabalha com animais como vacas ou cavalos já os viu a comer pequenos mamíferos como ratos ou pequenos pássaros quando surge a oportunidade. Habituamo-nos a ouvir termos como "a dieta ideal" ou "dieta ótima" como marketing para vender determinado tipo de dietas da moda, mas isso não existe.

Não existem soluções para estas questões, existem trade-offs, podemos resolver um determinado problema, mas outros vão surgir No entanto não significa que se deva agir para melhorar determinados aspetos da nossa sociedade e os nossos hábitos sem termos de impor a nossa vontade e a nossa forma de vermos o mundo a todos os outros.
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Isso é óbvio.

E há também que ter em consideração que os ursos ou qualquer outro animal selvagem não atacam vegans nem praticantes de yoga. Os vegas e praticantes de yoga estão em perfeita sintonia e harmonia com a Natureza, quando entram num território selvagem conseguem estabelecer uma sincronia energética com todos os seres vivos.
Confirmo.
Eu quando faço passeios na natureza, volto da floresta com 2 de cada espécie aos ombros.

Sempre achei que as mulheres gritavam por ver os dois ursos, mas afinal parece que é por me verem a mim.
 
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sirmister

Tribuna Presidencial
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Habituamo-nos a ouvir termos como "a dieta ideal" ou "dieta ótima" como marketing para vender determinado tipo de dietas da moda, mas isso não existe.
Existem dietas claramente superiores a outras, e existem pessoas que reagem melhores a uns alimentos que outros, de resto em casos extremos existem pessoas que podem morrer se consumirem certos alimentos, tipo amendoins.
 

Kloppeição

Tribuna Presidencial
8 Maio 2022
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Existem dietas claramente superiores a outras, e existem pessoas que reagem melhores a uns alimentos que outros, de resto em casos extremos existem pessoas que podem morrer se consumirem certos alimentos, tipo amendoins.
Sim, claro que há. Mas não é esse o ponto. Eu não estou a falar dos dias de hoje onde temos praticamente acesso ilimitado a todo o tipo de alimentos de todas as partes do mundo e podemos fazer opções.

Estou a falar em relação ao argumento que hoje em dia é muito mencionado por "gurus", "coachs", "experts em nutrição", de dietas ancestrais que são a resposta para todos os nossos males. Isso é uma verdadeira tanga. A dieta ancestral era uma dieta oportunística. As pessoas tinham de despender uma parte importante do dia e recursos energéticos em busca de alimento. A carne era uma fonte extremamente rica de nutrientes, mas difícil de conseguir e extremamente dispendiosa em termos energéticos. As dietas ancestrais eram sobretudo baseadas no que estava disponível para comer e sobreviver. Os Inuítes têm adaptações metabólicas que lhes permitia fazer uma dieta exclusivamente de carne e extremamente rica em gordura, não é porque queriam, é porque o clima extremo do ártico não permita haver quase vegetação nenhuma. Há milhares de anos, quando o ser humano era caçador-recolector, todos os humanos eram intolerantes à lactose. Uma mutação num único nucleótido tornou-se benéfica nas populações que começaram a consumir leite após a domesticação de animais. Essa mutação permitia manter a enzima da lactase ativa durante toda a vida e o gene aumentou a sua frequência nas populações que bebiam leite.

As dietas ótimas ou perfeitas não existem.... numa situação ideal cada pessoa faria um estudo genético e ficaria a saber quais os alimentos que poderiam ser prejudiciais ou que não deveria consumir por não ter esta ou aquela enzima, etc... E iria variar sempre muito de população para população e indivíduo para indivíduo. Quando falam em dietas ancestrais ideais para o ser humano, devíamos comer todos isto e aquilo, é puro marketing. As dietas ancestrais eram carnes cheias de parasitas. Plantas, raízes, tubérculos, frutas, também muitas vezes com parasitas e outros agentes patogénicos...

Não é por acaso que os animais em cativeiro vivem mais tempo... não é só por não terem predadores, é também porque apesar de comerem rações processadas, estão muito menos atreitos a ter parasitas e diversos tipos de doenças infeciosas.
 
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sirmister

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21 Março 2008
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Sim, claro que há. Mas não é esse o ponto. Eu não estou a falar dos dias de hoje onde temos praticamente acesso ilimitado a todo o tipo de alimentos de todas as partes do mundo e podemos fazer opções.

Estou a falar em relação ao argumento que hoje em dia é muito mencionado por "gurus", "coachs", "experts em nutrição", de dietas ancestrais que são a resposta para todos os nossos males. Isso é uma verdadeira tanga. A dieta ancestral era uma dieta oportunística. As pessoas tinham de despender uma parte importante do dia e recursos energéticos em busca de alimento. A carne era uma fonte extremamente rica de nutrientes, mas difícil de conseguir e extremamente dispendiosa em termos energéticos. As dietas ancestrais eram sobretudo baseadas no que estava disponível para comer e sobreviver. Os Inuítes têm adaptações metabólicas que lhes permitia fazer uma dieta exclusivamente de carne e extremamente rica em gordura, não é porque queriam, é porque o clima extremo do ártico não permita haver quase vegetação nenhuma. Há milhares de anos, quando o ser humano era caçador-recolector, todos os humanos eram intolerantes à lactose. Uma mutação num único nucleótido tornou-se benéfica nas populações que começaram a consumir leite após a domesticação de animais. Essa mutação permitia manter a enzima da lactase ativa durante toda a vida e o gene aumentou a sua frequência nas populações que bebiam leite.

As dietas ótimas ou perfeitas não existem.... numa situação ideal cada pessoa faria um estudo genético e ficaria a saber quais os alimentos que poderiam ser prejudiciais ou que não deveria consumir por não ter esta ou aquela enzima, etc... E iria variar sempre muito de população para população e indivíduo para indivíduo. Quando falam em dietas ancestrais ideais para o ser humano, devíamos comer todos isto e aquilo, é puro marketing. As dietas ancestrais eram carnes cheias de parasitas. Plantas, raízes, tubérculos, frutas, também muitas vezes com parasitas e outros agentes patogénicos...

Não é por acaso que os animais em cativeiro vivem mais tempo... não é só por não terem predadores, é também porque apesar de comerem rações processadas, estão muito menos atreitos a ter parasitas e diversos tipos de doenças infeciosas.
Acho que estás a levar isso ao extremo.

Acho que estás a falar da dieta Paleo, e a maneira como ela é disseminada tem valor, porque advoga uma alimentação mais limpa, até porque o acesso ilimitado faz com que se compre muita porcaria e é muito facil cair nesse tipo de alimentação, há malta que enche o carrinho de compras com pizas, lasanhas e bolachas.

E entre a situação ideal e a má, acho que a boa pode ser alcançada com alguma facilidade, e faz muita diferença.

Eu não faço uma dieta tão extrema como as dos Inuítes ( já fiz a espaços), mas há mais de 10 anos que faço relativamente baixa em hidratos de carbono( ando abaixo dos 50-60 gramas) e essa adaptação é muito interessante em termos de apetite e gestão de energia.
 

Kloppeição

Tribuna Presidencial
8 Maio 2022
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Acho que estás a levar isso ao extremo.

Acho que estás a falar da dieta Paleo, e a maneira como ela é disseminada tem valor, porque advoga uma alimentação mais limpa, até porque o acesso ilimitado faz com que se compre muita porcaria e é muito facil cair nesse tipo de alimentação, há malta que enche o carrinho de compras com pizas, lasanhas e bolachas.

E entre a situação ideal e a má, acho que a boa pode ser alcançada com alguma facilidade, e faz muita diferença.

Eu não faço uma dieta tão extrema como as dos Inuítes ( já fiz a espaços), mas há mais de 10 anos que faço relativamente baixa em hidratos de carbono( ando abaixo dos 50-60 gramas) e essa adaptação é muito interessante em termos de apetite e gestão de energia.
Não estou a levar ao extremo, nem me estou a referir à dieta Paleo, estou a referi-me a quem acha que existe uma ideal e usa o argumento das dieta dos nossos antepassados. Quando praticamente tudo o que comemos hoje em dia não tem rigorosamente nada a ver com o que se comia há milhares e milhares de anos por conta de outros tantos milhares de anos de processos de domesticação e seleção artifical. É só um argumento completamente estúpido e usado meramente por marketing.

A questão dos hidratos de carbono tem muito mais a ver com o tipo e o perfil dos hidratos. Se comes menos ou mais acaba por ser completamente irrelevante desde que aquilo que comes não ultrapasse os teus gastos energéticos.

Se é paleo, se é vegan, mediterrânica, vegetariana, carnivora, etc., é praticamente irrelevante... Uma dieta saudável é sobretudo evitar alimentos ultra-processados e não ingerir mais calorias do que as que se gastam, tirando casos específicos. Nem há necessidade de ter uma dieta específica e restrita com a quantidade de alimentos saudáveis que temos disponíveis hoje em dia. A questão de dietas específicas, tirando da equação as pessoas que têm determinados problemas de saúde e intolerância a determinados alimentos, é sobretudo uma questão de marketing.
 
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Ginjeet

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Não estou a levar ao extremo, nem me estou a referir à dieta Paleo, estou a referi-me a quem acha que existe uma ideal e usa o argumento das dieta dos nossos antepassados. Quando praticamente tudo o que comemos hoje em dia não tem rigorosamente nada a ver com o que se comia há milhares e milhares de anos por conta de outros tantos milhares de anos de processos de domesticação e seleção artifical. É só um argumento completamente estúpido e usado meramente por marketing.

A questão dos hidratos de carbono tem muito mais a ver com o tipo e o perfil dos hidratos. Se comes menos ou mais acaba por ser completamente irrelevante desde que aquilo que comes não ultrapasse os teus gastos energéticos.

Se é paleo, se é vegan, mediterrânica, vegetariana, carnivora, etc., é praticamente irrelevante... Uma dieta saudável é sobretudo evitar alimentos ultra-processados e não ingerir mais calorias do que as que se gastam, tirando casos específicos. Nem há necessidade de ter uma dieta específica e restrita com a quantidade de alimentos saudáveis que temos disponíveis hoje em dia. A questão de dietas específicas, tirando da equação as pessoas que têm determinados problemas de saúde e intolerância a determinados alimentos, é sobretudo uma questão de marketing.
De acordo com quase tudo.

Mas farias bem em repensar aquela parte que marquei.
A quantidade de químicos cancerígenos e tóxicos existentes em praticamente tudo o que se vende num supermercado, dificilmente permite definir a maior parte da comida como "saudável".
 
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