Tadinhos?... não afirmei tal coisa, simplesmente teci algumas considerações sobre como funciona o mundo. A aliança com os Estados Unidos tem possibilitado benefícios a todos, mas principalmente aos Estados Unidos, que nela encontraram um importante instrumento de poder. A liderança mundial norte-americana não é um acto de caridade nem uma cantina de almoços grátis, antes uma forma de hierarquizar e estruturar as relações internacionais e de moldar a realidade aos seus interesses. Os Estados Unidos têm interesse em que os europeus contribuam mais para a NATO, sim, mas não necessariamente que aprofundem a sua própria aliança nem que desenvolvam as suas próprias indústrias militares. Não quererão, por certo, um concorrente. Não têm muito interesse nesta guerra, estão-se marimbando para a integridade territorial da Ucrânia.Oh tadinhos de nós! Os EUA só lhes saem pares de ases e nós os europeus só temos duques e setes.
Fodasse que discurso tão flat.
Nem parece aquele discurso de superioridade moral que a malta aqui faz para alagar as decisões dos EUA.
Começo a ver algumas espinhas dorsais a dobrar...
A União Europeia se quer preservar a social democracia tem de sacrificar dinheiro.
Além de ter de caminhar para um sistema federativo.
À 15 anos a Alemanha dizia aos tugas que acabaram os almoços grátis.
Agora é altura da retribuição!
Não há tadinhos, almoços grátis, viver sob capas, politicamente correctos... há interesses. Houve uma convergência de interesses entre americanos e europeus, numa ordem mundial dominada pelos primeiros, com uma determinada arquitectura de segurança, há divergências num novo cenário. Agora estão interessados em conter a China. A União Europeia terá de descobrir por que se interessa. Gastar dinheiro é o menor dos problemas.