#Andebol Alfredo Quintana - Eterno #1

Pedro Brandão

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17 Outubro 2018
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  • Campeão Nacional 19/20
  • Taça de Portugal 19/20
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Ainda hoje não consigo ler isto sem me virem as lágrimas aos olhos. É fácil perceber que mais que o atleta de eleição era um homem fantástico que não deixava ninguém indiferente. Um dos principais responsáveis por, depois da década de 90, fazer regressar a mim a vontade e paixão de voltar a ver andebol.
A melhor homenagem que pode ser feita é continuar a fazer crescer esta modalidade sustentada também nos seus valores que eram a paixão pelo jogo, pelo clube, o profissionalismo e o respeito por colegas e rivais.
O Andebol é hoje um exemplo do que deve ser o desporto e a paixão pelo mesmo e espero que não seja contaminado por tudo o que de mau existe em outras modalidades com mais adeptos.

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Devenish

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11 Outubro 2006
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Porto
  • Reinaldo Teles
  • Março/19
A 1ª morte que mais me impressionou, e que me continua a marcar até que morra, foi a do meu pai tinha eu 5 anos e ele 44 anos isto em 1958. Decidiu ser operado de manhã a uma "coisa simples" porque de tarde tinha compromissos importantes. Tinha os cornetos do nariz apertados e precisava de uma simples operação para os desobstruir. Foi para um consultório médico de um fdp de um otorrino para ser operado contra os conselhos do médico de família que lhe aconselhou o hospital, sem fazer análises, sem saber se era alérgico a alguma coisa. A minha mãe acompanhou-o e viu-o morrer, mal levou uma injeção no nariz creio para anestesiar começou a sentir-se mal e tombou na cadeira ou mesa operatória. A besta deu-lhe uns murros para o reanimar mas depois disse que nada havia a fazer. O corportativismo médico que existiu e ainda existe criticou o dito cujo dizendo que no Hospital nunca teria acontecido aquilo mas não em público ou com queixas à ordem dos Médicos para investigar. Foi enterrado SEM AUTÓPSIA porque arranjaram um outro médico que passou uma certidão de óbito dizendo que tinha falecido de morte natural. Tudo isto que estou a contar sei pela minha falecida mãe então com 30 anos. A única coisa que recordo dele são os bombeiros a entrarem pela minha casa dentro pela garagem com o corpo e eu escondido atrás de uma árvore a observar, mais tarde recordo que o corpo dele estava no quarto e os meus gatos miavam de tristeza ao lado dele. Todas as memórias passadas com ele bloquearam na minha mente, não recordo um abraço, umas palavras, nada - apenas tenho umas centenas de fotografias com ele. Durante esse tempo, com 5 anos até aos 14 anos creio que não tive a compreensão da minha tragédia mas a partir dessa idade comecei a fazer perguntas à minha mãe e mais tarde a investigar o processo e a revolta ainda não fugiu de mim até hoje. Nunca se soube de que morreu, se houve erro clinico ou não, pelas investigações que fiz mais tarde vim a saber que naquele consultório e com aquele médico morreram da mesma forma diversas pessoas inclusivé crianças.
A 2ª morte tinha eu 20 anos e ví da bancada Pavão cair após um passe e morrer. ainda hoje recordo exatamente o local em que caíu para sempre. Vieira Nunes, cunhado de Artiur Jorge, que o substituíu fez a melhor exibição de uma vida com uma raiva e dor imensa no tempo que jogou. Vim embora a pé das Antas para casa e nas conversas com pessoas que nos acompanhavam a apreensão e pessimismo era grande. Ao chegar a casa soube o triste desenlace. Não recordo mais nada a partir daí, cenas traumáticas ficam-me na mente mas o seguinte bloqueia-me no cérebro não sei a razão.
A 3ª morte foi a de Rui Filipe. Ia a caminho da R. Júlio Dinis não sei se para a Petúlia ou Passatempo e um amigo meu, já falecido, disse-me; Rui. O Rui Filpe morreu de acidente. Retrocedí e já não fui para onde ia e voltei a casa. O que pensei já não recordo, bloqueou-me também.
O 4º caso não foi morte mas marcou-me. Estava eu e mais 4 camaradas num Hospital de Tel-Aviv onde fazíamos semanalmente exames regulares. O nosso colega mais novo com 30 anos, eu teria na altura 41 anos, após uma graçola que disse caíu no chão. Foi prontamente assistido, para tentar resumir, e teve um problema semelhante ao Quintana - nem 5 m esteve sem ser assistido, esteve em coma induzido dois dias e recuperou plenamente. Nunca mais trabalhou naquilo que fazíamos mas teve uma vida regular e ainda ontem lhe telefonei a contar-lhe de Quintana. Já não falava com ele há cerca de 20 anos mas arranjei o contacto de forma fácil.
Esta semana foi o que sabemos. Já ví muita coisa, já ví gente cair para o lado de diversas formas trágicas mas o caso de Quintana marcou-me de forma profunda. No Domingo passado, ou Sábado?, ví na tv o jogo Àguas Santas-FCP e o jogo teria passado da cabeça mas acontecendo aquilo recordo totalmente que o último golo foi dele no último segundo de jogo. Como recordei ontem, olhando para a minha mão direita uma lesão que tive ao ver o Porto-Benfica em Andebol. Aquando de uma grande defesa dele dei um soco na mesa e feri-me na parte do dedo médio . Olhei e ainda está lá a marca - que nunca desapareça essa marca anseio.
A vida para uns é feita de tragédia mas recordando a conversa com o tal meu ex.colega ele não se recorda de nada, nem de ter caído nem de ter estado em coma, quando acordou perguntou porque estava ali o que tinha acontecido. Quintana teve uma morte "santa" - a família, os amigos os adeptos a população em geral é que sofreram imenso e sofrem. Com o tempo vamos habituar-nos porque a vida tem que continuar mas memória dele tem que ser perpetuada.
 

Holy Dragon

Bancada central
27 Maio 2019
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A 1ª morte que mais me impressionou, e que me continua a marcar até que morra, foi a do meu pai tinha eu 5 anos e ele 44 anos isto em 1958. Decidiu ser operado de manhã a uma "coisa simples" porque de tarde tinha compromissos importantes. Tinha os cornetos do nariz apertados e precisava de uma simples operação para os desobstruir. Foi para um consultório médico de um fdp de um otorrino para ser operado contra os conselhos do médico de família que lhe aconselhou o hospital, sem fazer análises, sem saber se era alérgico a alguma coisa. A minha mãe acompanhou-o e viu-o morrer, mal levou uma injeção no nariz creio para anestesiar começou a sentir-se mal e tombou na cadeira ou mesa operatória. A besta deu-lhe uns murros para o reanimar mas depois disse que nada havia a fazer. O corportativismo médico que existiu e ainda existe criticou o dito cujo dizendo que no Hospital nunca teria acontecido aquilo mas não em público ou com queixas à ordem dos Médicos para investigar. Foi enterrado SEM AUTÓPSIA porque arranjaram um outro médico que passou uma certidão de óbito dizendo que tinha falecido de morte natural. Tudo isto que estou a contar sei pela minha falecida mãe então com 30 anos. A única coisa que recordo dele são os bombeiros a entrarem pela minha casa dentro pela garagem com o corpo e eu escondido atrás de uma árvore a observar, mais tarde recordo que o corpo dele estava no quarto e os meus gatos miavam de tristeza ao lado dele. Todas as memórias passadas com ele bloquearam na minha mente, não recordo um abraço, umas palavras, nada - apenas tenho umas centenas de fotografias com ele. Durante esse tempo, com 5 anos até aos 14 anos creio que não tive a compreensão da minha tragédia mas a partir dessa idade comecei a fazer perguntas à minha mãe e mais tarde a investigar o processo e a revolta ainda não fugiu de mim até hoje. Nunca se soube de que morreu, se houve erro clinico ou não, pelas investigações que fiz mais tarde vim a saber que naquele consultório e com aquele médico morreram da mesma forma diversas pessoas inclusivé crianças.
A 2ª morte tinha eu 20 anos e ví da bancada Pavão cair após um passe e morrer. ainda hoje recordo exatamente o local em que caíu para sempre. Vieira Nunes, cunhado de Artiur Jorge, que o substituíu fez a melhor exibição de uma vida com uma raiva e dor imensa no tempo que jogou. Vim embora a pé das Antas para casa e nas conversas com pessoas que nos acompanhavam a apreensão e pessimismo era grande. Ao chegar a casa soube o triste desenlace. Não recordo mais nada a partir daí, cenas traumáticas ficam-me na mente mas o seguinte bloqueia-me no cérebro não sei a razão.
A 3ª morte foi a de Rui Filipe. Ia a caminho da R. Júlio Dinis não sei se para a Petúlia ou Passatempo e um amigo meu, já falecido, disse-me; Rui. O Rui Filpe morreu de acidente. Retrocedí e já não fui para onde ia e voltei a casa. O que pensei já não recordo, bloqueou-me também.
O 4º caso não foi morte mas marcou-me. Estava eu e mais 4 camaradas num Hospital de Tel-Aviv onde fazíamos semanalmente exames regulares. O nosso colega mais novo com 30 anos, eu teria na altura 41 anos, após uma graçola que disse caíu no chão. Foi prontamente assistido, para tentar resumir, e teve um problema semelhante ao Quintana - nem 5 m esteve sem ser assistido, esteve em coma induzido dois dias e recuperou plenamente. Nunca mais trabalhou naquilo que fazíamos mas teve uma vida regular e ainda ontem lhe telefonei a contar-lhe de Quintana. Já não falava com ele há cerca de 20 anos mas arranjei o contacto de forma fácil.
Esta semana foi o que sabemos. Já ví muita coisa, já ví gente cair para o lado de diversas formas trágicas mas o caso de Quintana marcou-me de forma profunda. No Domingo passado, ou Sábado?, ví na tv o jogo Àguas Santas-FCP e o jogo teria passado da cabeça mas acontecendo aquilo recordo totalmente que o último golo foi dele no último segundo de jogo. Como recordei ontem, olhando para a minha mão direita uma lesão que tive ao ver o Porto-Benfica em Andebol. Aquando de uma grande defesa dele dei um soco na mesa e feri-me na parte do dedo médio . Olhei e ainda está lá a marca - que nunca desapareça essa marca anseio.
A vida para uns é feita de tragédia mas recordando a conversa com o tal meu ex.colega ele não se recorda de nada, nem de ter caído nem de ter estado em coma, quando acordou perguntou porque estava ali o que tinha acontecido. Quintana teve uma morte "santa" - a família, os amigos os adeptos a população em geral é que sofreram imenso e sofrem. Com o tempo vamos habituar-nos porque a vida tem que continuar mas memória dele tem que ser perpetuada.
Um relato brutal e real do q a vida e. So e e so existe no momento. Vivemos momentos comuns marcantes (Rui Filipe eagora Quintana) e outros individualmente mas co o mesmo sentimento. Um abraco caro amigo!
 

DeepBlue

Tribuna Presidencial
27 Maio 2015
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  • Novembro/16
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Um bom... homem, pai, marido, filho, irmão, amigo, colega, profissional, líder, craque, ídolo, campeão, exemplo, Dragão... uma lenda eterna que nos deixou precocemente por uma devastadora crueldade da vida, que ficará para sempre nos nossos corações e mentes.

Que turbilhão de emoções...

Partiu um BRAVO DRAGÃO! Um gigante.

Gracias por todo y hasta siempre, Alberto. 🙏💙🤍


As minhas profundas condolências para a sua família.
 
Última edição:

Ruud83

Superior
17 Dezembro 2017
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Na passada 2f assim que soube da terrível notícia, gelei de medo e um sentimento de fraqueza e de impotência me assombrou, no entanto e como sempre me habituas-te sempre que via um jogo teu, agarrei-me a toda a esperança e fé possível de que irias vencer mais um obstáculo que a vida te decidiu colocar, inspirei-me em todos os teus momentos de magia, em todas as defesas impossíveis, em todas as vitórias que tão bem ajudas-te a conquistar e acreditei até ao último segundo que irias conseguir fazer a defesa da tua vida, a defesa que todos nós queríamos que acontecesse! Os dias foram passando e não havia dia nenhum que eu não me lembra-se do nosso Kingtana, da sua família, dos seus amigos, vários sentimentos me invadiam porque se por um lado a ausência de notícias poderia ser um bom pronuncio por outro não via a hora de ler ou ouvir que o pior já havia passado. Ontem infelizmente a notícia chegou, quis acordar novamente e perceber que tudo não havia passado de um pesadelo, não queria acreditar no que estava a ler, várias porquês me invadiram, porque tu? Porque desta forma? Porque tão cedo? Porque alguém que tantas vezes me fez acreditar no impossível e que os grandes são eternos.!? Pai e filho que sou, procurei-me desde logo colocar no lugar da sua família e amigos, partilhar desta imensa dor, dos muitos sonhos desfeitos, a eles a maior força e coragem deste mundo, terão sempre a minha admiração! Estava desde há muito tempo na minha galeria dos notáveis do nosso grande clube, para além das suas qualidades desportivas já li através de muitos comentários o grande homem que sempre foi, de sorriso fácil e postura humilde conquistou-me desde o primeiro dia. Sei que estarás sempre a olhar por nós, a defender-nos de uma forma que apenas tu sabias fazê-lo, foste, és e continuarás a ser um dos nossos! !
Paz a tua alma meu eterno campeão, descansa em paz e agora ai em cima no céu não deixes de olhar por nós, não deixes nunca de acreditar em nós porque nos também nunca te esqueceremos! BRAVO! Alfredo Quintana#1
 

MartinsDragão

Tribuna Presidencial
4 Fevereiro 2015
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André Villas Boas sobre Quintana:

"Uma vez no fim de uma aula ficámos sentados a conversar no sintético da faculdade. Contou-me como chegou a guarda-redes. Um dia, quando ainda estava em Havana, foram jogar fora contra alguém e o guarda-redes faltou. Ele, que jogava à frente, foi para a baliza e assim nasceu a lenda. 'Foi a melhor coisa que me aconteceu Prof' - disse-me! Uns anos mais tarde foi descoberto pelo FC Porto num torneio no Chile. Veio para Portugal e começou a jogar no Porto. Foi campeão e amava a cidade e o clube. Casou com uma portuguesa e teve uma filha. Não queria sair do Porto! Era um dragão! Se não tivesse ido para a baliza naquele dia, talvez tivesse sido apenas mais um menino nas ruas de Havana, talvez ainda entre nós, mas sem nunca ter vivido o sonho que estava a viver quando o conheci! (disse-me)"
 

Blashyrkh

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11 Julho 2016
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  • Novembro/17
A 1ª morte que mais me impressionou, e que me continua a marcar até que morra, foi a do meu pai tinha eu 5 anos e ele 44 anos isto em 1958. Decidiu ser operado de manhã a uma "coisa simples" porque de tarde tinha compromissos importantes. Tinha os cornetos do nariz apertados e precisava de uma simples operação para os desobstruir. Foi para um consultório médico de um fdp de um otorrino para ser operado contra os conselhos do médico de família que lhe aconselhou o hospital, sem fazer análises, sem saber se era alérgico a alguma coisa. A minha mãe acompanhou-o e viu-o morrer, mal levou uma injeção no nariz creio para anestesiar começou a sentir-se mal e tombou na cadeira ou mesa operatória. A besta deu-lhe uns murros para o reanimar mas depois disse que nada havia a fazer. O corportativismo médico que existiu e ainda existe criticou o dito cujo dizendo que no Hospital nunca teria acontecido aquilo mas não em público ou com queixas à ordem dos Médicos para investigar. Foi enterrado SEM AUTÓPSIA porque arranjaram um outro médico que passou uma certidão de óbito dizendo que tinha falecido de morte natural. Tudo isto que estou a contar sei pela minha falecida mãe então com 30 anos. A única coisa que recordo dele são os bombeiros a entrarem pela minha casa dentro pela garagem com o corpo e eu escondido atrás de uma árvore a observar, mais tarde recordo que o corpo dele estava no quarto e os meus gatos miavam de tristeza ao lado dele. Todas as memórias passadas com ele bloquearam na minha mente, não recordo um abraço, umas palavras, nada - apenas tenho umas centenas de fotografias com ele. Durante esse tempo, com 5 anos até aos 14 anos creio que não tive a compreensão da minha tragédia mas a partir dessa idade comecei a fazer perguntas à minha mãe e mais tarde a investigar o processo e a revolta ainda não fugiu de mim até hoje. Nunca se soube de que morreu, se houve erro clinico ou não, pelas investigações que fiz mais tarde vim a saber que naquele consultório e com aquele médico morreram da mesma forma diversas pessoas inclusivé crianças.
A 2ª morte tinha eu 20 anos e ví da bancada Pavão cair após um passe e morrer. ainda hoje recordo exatamente o local em que caíu para sempre. Vieira Nunes, cunhado de Artiur Jorge, que o substituíu fez a melhor exibição de uma vida com uma raiva e dor imensa no tempo que jogou. Vim embora a pé das Antas para casa e nas conversas com pessoas que nos acompanhavam a apreensão e pessimismo era grande. Ao chegar a casa soube o triste desenlace. Não recordo mais nada a partir daí, cenas traumáticas ficam-me na mente mas o seguinte bloqueia-me no cérebro não sei a razão.
A 3ª morte foi a de Rui Filipe. Ia a caminho da R. Júlio Dinis não sei se para a Petúlia ou Passatempo e um amigo meu, já falecido, disse-me; Rui. O Rui Filpe morreu de acidente. Retrocedí e já não fui para onde ia e voltei a casa. O que pensei já não recordo, bloqueou-me também.
O 4º caso não foi morte mas marcou-me. Estava eu e mais 4 camaradas num Hospital de Tel-Aviv onde fazíamos semanalmente exames regulares. O nosso colega mais novo com 30 anos, eu teria na altura 41 anos, após uma graçola que disse caíu no chão. Foi prontamente assistido, para tentar resumir, e teve um problema semelhante ao Quintana - nem 5 m esteve sem ser assistido, esteve em coma induzido dois dias e recuperou plenamente. Nunca mais trabalhou naquilo que fazíamos mas teve uma vida regular e ainda ontem lhe telefonei a contar-lhe de Quintana. Já não falava com ele há cerca de 20 anos mas arranjei o contacto de forma fácil.
Esta semana foi o que sabemos. Já ví muita coisa, já ví gente cair para o lado de diversas formas trágicas mas o caso de Quintana marcou-me de forma profunda. No Domingo passado, ou Sábado?, ví na tv o jogo Àguas Santas-FCP e o jogo teria passado da cabeça mas acontecendo aquilo recordo totalmente que o último golo foi dele no último segundo de jogo. Como recordei ontem, olhando para a minha mão direita uma lesão que tive ao ver o Porto-Benfica em Andebol. Aquando de uma grande defesa dele dei um soco na mesa e feri-me na parte do dedo médio . Olhei e ainda está lá a marca - que nunca desapareça essa marca anseio.
A vida para uns é feita de tragédia mas recordando a conversa com o tal meu ex.colega ele não se recorda de nada, nem de ter caído nem de ter estado em coma, quando acordou perguntou porque estava ali o que tinha acontecido. Quintana teve uma morte "santa" - a família, os amigos os adeptos a população em geral é que sofreram imenso e sofrem. Com o tempo vamos habituar-nos porque a vida tem que continuar mas memória dele tem que ser perpetuada.
impressionante o sucedido com o teu pai. envio-te um forte abraço de compaixão. é preciso uma grande força de espírito para conseguir digerir algo assim.
 

MeteOMarega

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15 Maio 2018
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  • José Maria Pedroto
  • Deco
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A unanimidade acerca do Quintana revela que, para além de grande guarda redes, era um grande homem.

Triste vida esta em que um jovem de 32 anos não vai poder ver a sua menina a crescer.

Bonito gesto dos C95 e do FCP ao retirar a camisola 1.

Condolências e força para a família.
 
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Pedro Brandão

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17 Outubro 2018
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Não sei quantos de vós continua a vir a este tópico como que à espera que tudo seja um pesadelo. Parece-me que me custa a aceitar esta realidade.
Este é um dos vídeos que mais gostei de ver porque não se vêm as grandes defesas mas sente-se aquilo que o Alfredo era como pessoa e companheiro.


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Ivganovich

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29 Junho 2017
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  • Alfredo Quintana
Na quinta, ao falar com uma amiga que não conhece nada, nem ninguém do Andebol, tentava contextualizar o nosso Quintana. Falei-lhe do primeiro jogo no nosso pavilhão, de como aquecia pondo o pé no ângulo entre o poste e a trave e como na bancada ficavamos todos de boca aberta a pensar de onde tinha saído aquele "ET"; de como, quando estava no aquecimento e tocava uma música mais mexida, dançava todo animado; de como, quando sentado no banco de suplentes ao lado do Rui Silva durante os jogos, lhe afagava a cabeça distraidamente. E tudo isto são memórias que ficarão comigo e que definem o nosso Grande Quintana.
Num mundo cada vez mais marcado por más pessoas, vai fazer falta a todos um Ser Humano do calibre que ele sempre demonstrou ser.