Campeonato do Mundo de Futebol - Rússia, 2018

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Miguel Alexandre

Tribuna Presidencial
10 Março 2016
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  • José Maria Pedroto
Maressi disse:
Um país nao é algo que é estático, é incontornavel que a frança tem forte presença argelina, marroquinha e muitos mais países africanos. Um país é um conjunto de coisas e nao é algo tao linear como muitos aqui dizem, daqui a 100 anos se os argelinos (que foram para frança hoje) tiverem muitos filhos e representarem 70% da populaçao da populaçao na frança pela vossa logica a frança acaba e teremos a argelia na europa!! Ta fixe.
@Maressi Dois pontos:

. Depende do que tu consideras um país. Se considerasses um país apenas um balde economico entao faria algum sentido...mas se considerares um povo e uma cultura entao tem linearidades...na esmagadora maioria dos casos antes de teres um nome do país tinhas um povo e uma cultura propria e especifica.
A França é um povo e uma cultura milenar, com um lingua que caminha com essa cultura, essa lingua que é a ferramenta com que pensam e definem o mundo à volta, a cultura de vercingetorix, carlos magno, louis xiv, napoleão, revolucionaria nas leis, na fisica, na quimica, nas artes, na estruturação da sociedade e da democracia, sabem quem são desde a resistencia aos romanos, à tomada da bastilha e à destituição do governo de Vichy.
Existe em todos nós a arrogância de que somos o que somos agora, mas é uma profunda mentira, estamos os dois a gozar liberdades que nao conquistámos, temos os dois codigos geneticos com seculos, falamos numa lingua que aprendemos e que nao criámos, vivemos e cerscemos numa memoria colectiva sem a valrizarmos realmente, andámos de carro e usamos internet que nao inventámos...usufruimos de tudo como se fossem coisas de geração espontanea mas nao sao, provêm daquilo que sao os povos e as culturas e as condições especificas que proprorcionam que elas existam...tudo mas tudo isto está ligado ao lado cultural de povos especificos e sua herança.

A França tem um povo e uma cultura milenar, as grandes alterações que vês deram-se em menos dum seculo, no pos-2ª guerra, no entanto foi o tempo sufuciente para neste momento 10% da população francesa ser imigrante e com 10% já é um caldeirão à espera de rebentar...pelas mesmas razoes que indiquei acima, porque tambem os imigrantes e os filhos de imigrantes que até sao franceses no papel, têm esse lado, tem memoria colectiva da sua familia, têm historia genetica que nao é a francesa, o seu sangue e terra nao é francês, é francês por consequencia.

Para que fique claro Eu sou a favor da imigração economica, mas tenho perfeita consciencia que em muitos pontos do globo andamos no limite dos limites...e digo isto convicto que existe excesso de imigração com um unico intuito que é evitar que se olhe para o fundamental que sao os profundos e terriveis desniveis em que o actual capitalismo se baseia, a imigração nao é turismo , a imigração é a definição de "cultura e povo é engraçado...mas tenho fome" venha de país vier, a unica solução é alterar profundamente as regras e a forma como o capitalismo se move mas ISSO sim parece ja ser linear...nao é para mexer! É na forma como a economia global se mexe e procede que se resolveria muitos problemas nos países menos favorecidos e nao a imigra-los às vezes em condições inacreditaveis.

Existe povo e existe cultura e é por essa razão que podes acreditar que grande parte dos jogadores da selecção de França têm acima de tudo ligações a paises africanos, sao africanos acima de tudo, por uma razao que todos deviam perceber...porque é essa a sua familia, a sua educação, a sua tradição de ha gerações e gerações e gerações...

Nao reconhecer o povo argelino, a cultura marroquina ou a especificidade dum país como a costa do marfim é o mesmo que nao o reconhecer à França, à Noruega ou à Russia.

Todos somos vitimas dos donos que temos...e temos donos. Multiculturalidade e diversidade nao é fazer desaperecer ou diluir culturas e povos é preserva-los, mas ha uma enorme diferença entre preserva-los e fechá-los.

Eu confesso-me um anti imperialismos e acho que existem novos imperialismos hoje em dia que sao os sem cultura nem povo, o imperialismo em que somos todos consumidores, utentes e contribuintes e o resto é acessorio...somos estatistica...sao esses donos que devem ser emparedados, sao esses donos que resistem à alteração do modelo economico e social.

É um erro enorme desvalorizar o que é um povo e uma cultura porque se estabeleceu na vox populi alimentada pelos media que desvaloriza-lo é sinalização de virtudes...cada vez que se desvaloriza a estrutura e tecido do que é e sempre foi uma França desvaloriza-se todos os restantes países...

Morei muitos anos perto de bairros com imigrantes de africa, conheço muitos...e posso dizer que até hoje nunca encontrei nenhum que para ca tivesse vindo sem ser contra vontade e os filhos que cá nasceram sao portugueses perante a lei (que é o seu direito em qq país que se respeite) mas nao ha UM que acima de tudo MUITO antes de ser português, nao se sinta primeiro angolano, cabo-verdiano ou moçambicano...para eles essa cultura e esse país é uma linearidade que atravessa as fotos da familia que têm na parede. E Eu nao os critico nem um milimetro por se sentirem assim, porque povo e cultura e real afinidade é de facto estruturante.
 

jopedragon

Superior
27 Julho 2017
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Até os nossos vizinhos da Marca estão baralhados no que diz respeito à nacionalidade dos jogadores. Que ofensa para este grande jogador africano, dizendo que é sul americano.

https://ibb.co/cjLMYd



Por isso, malta, parem lá com essas coisas do multiculturalismo que baralham as pessoas.
 

Absolution

Tribuna Presidencial
2 Julho 2018
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O que é um português? Um espanhol?
Serão pessoas morenas, de cabelo ondulado, olhos escuros e cabelos escuros? Pele branca, olhos azuis e loiros? Ou os olhos são mais esverdeados e cabelo ruivo?

Há muitos séculos que os povos ibéricos são uma mescla de raças. Mistura de suevos com árabes, visigodos com romanos. E os franceses não são excepção.
O que é um francês? Dá para diferenciar na rua um francês de um português? A menos que abra a boca para mim é igual.

Esta conversa de que a França está descaracterizada é das discussões mais aberrantes e estúpidas que há memória.
Parecem os rednecks americanos que se acham os verdadeiros americanos porque são brancos, quando na verdade chegaram todos ao continente de barco.

Desde o início da Humanidade que o homem migra para terras distantes. Por exemplo, o povo indígena americano (tanto do sul como do norte) tem raízes asiáticas. Afinal de contas não somos todos originários de África?

Vivemos numa sociedade aberta e onde a única novidade são as rotas de migração, não a migração em si.

Dizer que o Mbappé ou o Kanté não são franceses porque os pais nasceram ali ou acolá seriam dos assuntos que sempre pensei que iriam desaparecer do nosso quotidiano. Mas enganei-me!

A estupidez é eterna!
 

jfc_campos

Tribuna Presidencial
3 Maio 2012
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  • Lucho González
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Absolution disse:
O que é um português? Um espanhol?
Serão pessoas morenas, de cabelo ondulado, olhos escuros e cabelos escuros? Pele branca, olhos azuis e loiros? Ou os olhos são mais esverdeados e cabelo ruivo?

Há muitos séculos que os povos ibéricos são uma mescla de raças. Mistura de suevos com árabes, visigodos com romanos. E os franceses não são excepção.
O que é um francês? Dá para diferenciar na rua um francês de um português? A menos que abra a boca para mim é igual.

Esta conversa de que a França está descaracterizada é das discussões mais aberrantes e estúpidas que há memória.
Parecem os rednecks americanos que se acham os verdadeiros americanos porque são brancos, quando na verdade chegaram todos ao continente de barco.

Desde o início da Humanidade que o homem migra para terras distantes. Por exemplo, o povo indígena americano (tanto do sul como do norte) tem raízes asiáticas. Afinal de contas não somos todos originários de África?

Vivemos numa sociedade aberta e onde a única novidade são as rotas de migração, não a migração em si.

Dizer que o Mbappé ou o Kanté não são franceses porque os pais nasceram ali ou acolá seriam dos assuntos que sempre pensei que iriam desaparecer do nosso quotidiano. Mas enganei-me!

A estupidez é eterna!
Amén Brother :)
 

FCPorto1989

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16 Junho 2015
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E a gaja que, no momento da entrega das medalhas e que está atrás do Putin, mete uma medalha ao bolso??
 

Olavo

Tribuna
12 Março 2008
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A nacionalidade de um indivíduo é algo extremamente pessoal. Tal como a sexualidade, por exemplo. O indivíduo identificar-se-á com a sua própria nacionalidade e raíz. Por razões variadas e apenas pessoais.

Um amigo próximo nasceu, cresceu e praticamente viveu sempre nos EUA. Tem pai americano, mãe equatoriana. Tem os dois passaportes. Mas se lhe perguntarem, ele identifica-se como equatoriano. Vai ser um fascisto-nacionalista que lhe vai impor a sua identidade?
 

Miguel Alexandre

Tribuna Presidencial
10 Março 2016
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  • José Maria Pedroto
Absolution disse:
O que é um português? Um espanhol?
Serão pessoas morenas, de cabelo ondulado, olhos escuros e cabelos escuros? Pele branca, olhos azuis e loiros? Ou os olhos são mais esverdeados e cabelo ruivo?

Há muitos séculos que os povos ibéricos são uma mescla de raças. Mistura de suevos com árabes, visigodos com romanos. E os franceses não são excepção.
O que é um francês? Dá para diferenciar na rua um francês de um português? A menos que abra a boca para mim é igual.

Esta conversa de que a França está descaracterizada é das discussões mais aberrantes e estúpidas que há memória.
Parecem os rednecks americanos que se acham os verdadeiros americanos porque são brancos, quando na verdade chegaram todos ao continente de barco.

Desde o início da Humanidade que o homem migra para terras distantes. Por exemplo, o povo indígena americano (tanto do sul como do norte) tem raízes asiáticas. Afinal de contas não somos todos originários de África?

Vivemos numa sociedade aberta e onde a única novidade são as rotas de migração, não a migração em si.

Dizer que o Mbappé ou o Kanté não são franceses porque os pais nasceram ali ou acolá seriam dos assuntos que sempre pensei que iriam desaparecer do nosso quotidiano. Mas enganei-me!

A estupidez é eterna!

É ignorancia dizer que algum dos jogadores da selecção francesa, nao é francês...sao todos franceses por que os direitos adquiridos através da democracia custaram muito a adquirir. Sao franceses de pleno direito.

Sem querer ser rude também nao entendo questionar o que é um português ou um espanhol, ser português é uma memoria colectiva que permite que estejamos aqui a falar nesta lingua, que é a mesma de Camoes, de Pessoa, de Eça, de Sofia Mello Breyner que de certeza que conheces. Existe uma portugalidade, nao apenas de Afonso Henriques mas também...existe uma razao na bandeira e naqueles simbolos, na resistencia a muitos invasores e colonizadores seja de Viriato ou D. João I, existe uma historia conjunta de monarquias, republicas, ditaduras e democracias que foram construidas em conjunto e pagas em sangue, sangue esse que se conseguissemos conseguias fazer um trace ate à tua e à minha familia...
Acho que estás a ver muito mal porque ha uma diferença entre muito grande entre racismo e xenofobia e o valor transversal do que é um povo e uma cultura. O que é multiculturalismo ou diversidade senao diferenças culturais a preservar? Diluir nao é preservar, ja o disse noutro post e repito, preservar nao é fechar mas também nao é diluir.
Se conheceres as culturas da Tanzania, do Nepal, dos Camarões, do Peru vais perceber porque razao nao devem ser diluidas em espanha, frança ou outro qq...


Achas que nao existe um Angolano? Questionas o que é ser Aborigene? Tenho a certeza que nao, igual para os povos e culturas europeias.

A condição humana é terrivel, sao milenios de dominadores e dominados, milenios de culturas que cresceram e cairam, hoje em dia vivemos no periodo em que a arte está no desviar da atenção do real foco de destabilização e no fabricar de confrontos, no fabricar de divergencias, uma nova ordem mundial de consumidores apatridas sem percebermos que fora das camaras continuam patrias inteiras à fome...

Nota: Deixo claro que se sou contra excesso de imigração (e 10% de imigração como actualmente tem a França é excessivo) mas sou totalmente pro defesa e total integração de quem lá está imigrado. É minha opinião que os problemas que levam os imigrantes a quererem imigrar deviam suscitar nos povos a exigencia dum novo modelo economico, esta globalização economica nao existe para resolver nada, existe para defender os mesmos do costume e manter cada vez maiores os desniveis...ja chega de tanto desnivel, todos deviamos perceber que temos que viver com menos. A imigração na sua ESMAGADORA maioria existe por pobreza e fome, que não é resolvida em nada...mantem-se igual...a imigração é usada com a mao direita para por os povos discutirem enquanto que com a maos esquerda se assegura que tudo se mantem igual...mas ja me estou a desviar, o que te queria dizer é que acho que estás a ver mal, existe um sentido de povo e cultura português, o problema é outro é que hoje em dia somos todos desde cedo colonizados culturalmente por hollywood, pelos inglesismos, as construções mentais com que vivemos cada vez mais sao artificiais e abstractas porque nao têm correlação com o que somos e fomos.

É um erro terrivel dizermos que nao existe um ser português, um ser Russo, um ser Moçambicano, um ser mexicano.

Que nos vendem isso, sim vendem, que nos vendem inclusive que pensar assim é sinal de pessoa de virtude...sim vendem, mas nunca isso tem um objectivo saudavel por trás, tem como objectivo é uma engenharia social orwelliana.
Desengane-se quem pense que o que se discute é uma questao de direitos apenas, porque a UNICA coisa que interessa aos donos disto é a economia, e a unica coisa que se mantém sem ser posta em causa é o modelo economico quando na realidade esse é o unico que gere as clivagens e os confrontos.

 

Miguel Alexandre

Tribuna Presidencial
10 Março 2016
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  • José Maria Pedroto
Olavo disse:
A nacionalidade de um indivíduo é algo extremamente pessoal. Tal como a sexualidade, por exemplo. O indivíduo identificar-se-á com a sua própria nacionalidade e raíz. Por razões variadas e apenas pessoais.

Um amigo próximo nasceu, cresceu e praticamente viveu sempre nos EUA. Tem pai americano, mãe equatoriana. Tem os dois passaportes. Mas se lhe perguntarem, ele identifica-se como equatoriano. Vai ser um fascisto-nacionalista que lhe vai impor a sua identidade?
Ha uma diferença grande entre a liberdade de identificação que Eu concordo a 100% e a desvalorização do que é um povo ou uma cultura, o facto de alguém se identificar como equatoriano (país com uma cultura linda) em vez de americano é a evidencia disso.

Sem querer ser demasiado existencialista, mas assim é viver, cresces com construções, defines o que te rodeia atraves duma lingua e conforme as horas passam na tua vida magnetizas-te com o que te identificas.

Mas nada disto é igual à suposta benevolencia do diluir do conceito de povo e cultura, como já li neste topico...isso é um erro crasso.

Nota: Nao percebi a parte de alguem impor uma nacionalidade a alguem...de qq forma seja o que for se for a impor é péssimo.
 

ryback

Tribuna Presidencial
27 Fevereiro 2008
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eish ... que grande salada de frutas que para aqui vai.
o assunto é delicado tem sempre diversas visoes e nenhuma vai estar errada nem nenhuma vai estar certa.
fica sempre ao criterio da pessoa em causa.

pah...se eu sou portugues...se a mulher é portuguesa e vamos viver para a china quando o puto nascer pode ser portugues pelos pais serem portugueses ,  mas tambem pode ser chines porque nasceu lá e se viver lá a vida toda é seguramente mais "chines" que portugues

depois temos os " mistos " ... pai frances mae da russia e vivem no brasil ? e agora ? é avec , russo ou brasileiro ?
é sempre muito complicado e dificil.

e já nem falo nos paises de leste como croacia , jugoslavias , eslovenias , montenegro e todas essas salsadas que entao aí é mesmo para esquecer.
basta lembrar quem em 1990 tivemos a jogar pela jugoslavia prosinecki , suker ou jarni e que 8 anos mais tarde ficaram em 3ºpela croacia ......
 

Miguel Alexandre

Tribuna Presidencial
10 Março 2016
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  • José Maria Pedroto
VisceraEater disse:
Caríssimo tripeiro de gema, permita-me tentar fazer alguns reparos no pensamento acima transmitido. Se por um lado compreendo, entendo, aceito e partilho das preocupações que normalmente as pessoas mais conservadoras possam ter relativamente ao multiculturalismo, julgo que o faço por motivos diferentes dos acima mencionados.

"O multiculturalismo trazer riqueza e diversidade é uma utopia, só acredita nisso quem quer." Esta frase é um cliché. A palavra utopia assoaciada ao multiculturalismo é um clássico da argumentação de direita. A riqueza e diversidade não é algo em que possa ou não acreditar (como uma religião). Existem diferentes parametros que medem o valor acrescentado (ou não) pelo multiculturalismo nas organizações e nas sociedades. Os Estados Unidos são um país edificado por estrangeiros. Existem organizaçoes de topo mundial, que não colocam qualquer restrição ao nível da origem dos seus colaboradores e com resultados fantásticos. Existe também o contrário. O problema que deve ser discutido é mais a implementação desse principio da multiculturalidade. Se existem casos de sucesso e casos de insucesso, parece-me errado que partir de um conjunto de maus exemplos, para concluir que algo não resulta ou é utópico, é uma grande falácia que pode resultar de um erro lógico ou de uma tentantiva de manipulação.


Sem dúvida que o terrorismo é um problema real com consequências reais mas é preciso perceber que não é o único problema. Na verdade é preciso colocar as coisas em perspectiva para que não deixemos que o medo se apodere da nossa forma de pensar. Eu defendo que deveria haver um maior esforço da ONU para que todos os seus membros consituintes fossem obrigados, num sistema de quotas, a receber um determinado numero de refugiados ou outros migrantes SOS, de forma a garantir uma maior diluição destes individuos. Julgo que seria justo, que esses individos não pudessem escolher o local de acolhimento, e que tivessem sujeitos a um maior escurtinio durante um periodo de quarentena. Por exemplo (conforme me foi contado por uma colega que trabalha num centro de refugiados em Darmstadt), estas pessoas têm muitas dificuldades em abrir uma conta no banco, e acabam por ter actividade económica que não pode ser monitorizada pela forças de segurança.

A integração bem sucedida não é uma utopia. É uma actividade que requre uma competente implementação técnica e cientifica de tecnicas de integracao para que se possa conseguir capitalizar os individuos integrados.

Para finalizar gostaria de acrescentar que a frase "Além disso o multiculturalismo tem sido uma arma muito usada pela esquerda para ganhar votos" poderia ser modificada para o oposto: "Além disso o lado negro do multiculturalismo tem sido uma arma muito usada pela direita para ganhar votos"

P.S - Peço desculpa pelo offtopic. Não voltará a acontecer.
Este é um tema extremamente complexo em q não existem verdades absolutas...Eu entendo a necessidade de manter níveis de imigração e vejo virtudes importantes nela da mesma forma q acho q tem q ter limite quantitativo (q i.e. no caso da França me parece muito ultrapassado) por uma série de razões.

E sublinho q a discussão e o foco devia estar na razão da imigração e não no facto dela existir...o esforço mediatico, corporativo e político de não se falar no porquê dela existir quando a esmagadora maioria queria ficar no seu país, é  esforço incrível.

Deixa-me no entanto dizer q os EUA são um país edificado no genocídio das culturas q viviam naquele continente, é o holocausto q ninguém liga.
 

Daikan

Tribuna Presidencial
21 Agosto 2012
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tripeiro_de_gema disse:
Isso já começa a ser blablablabla e blablablabla sem jeito nenhum, uma brincadeira simplesmente levado ao extremo por pseudo-moralistas.
Independentemente terem nascido ou não em França ou em Portugal, acabam por serem na mesma imigrantes, certo?
Quantos jogadores franceses de sangue jogam pela França?
E o mais curioso desta lista, é que colocaram emigrantes a jogar por Portugal e não imigrantes. Que eu saiba Cédric, Guerreiro e Anthony Lopes são filhos de pais portugueses, logo este moralismo acaba por ser uma treta.
Que é isso do sangue? Descobriu-se o gene da nacionalidade e não sei?

E estas reportagens com filhos de imigrantes ( e imigrantes também! ) a festejar nos campos elisios, pintados com as cores de frança e tudo? São traidores à pátria?
 

Daikan

Tribuna Presidencial
21 Agosto 2012
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tripeiro_de_gema disse:
Ok, então um português de sangue que nasce fora de Portugal é menos português que aquele nasce em Portugal. É isso?
Menos!!!
Não é menos nem mais! Também não acho que seja mais português que alguém que nasça em Portugal, filho de pais estrangeiros mas que toda a vida tenha crescido por cá, tenha BI português, esteja integrado na nossa sociedade, fala a língua tão bem como os outros, conheça os simbolos, etc... aquele amigo que se não fosse pelo nome, nem se desconfiava que não tivesse pais portugueses... É tudo uma questão de identificação...

É como se diz da adoção: pai é quem cria!

se for pelo sangue, também o temos espanhol, árabe, romano, godo, etc... deixem-se de nacionalismos sem sentido!
 

Branco

Tribuna Presidencial
2 Julho 2007
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  • Junho/18
A nacionalidade é um conceito identitário, ou pessoa sente-se ou não cidadã de determinada nação, obviamente que só deve ser reconhecido por outros enquanto tal se legalmente cumprir os requisitos para isso, não sou daqueles que acha que são indiferentes as leis de naturalização e que é só passar a fronteira e dizer que se está em casa.

Todos os jogadores da França cumprem os requisitos legais para terem a sua nacionalidade e sentem-se franceses, como tal, são franceses.

A sua etnia, religião ou outra qualquer faceta cultural são indiferentes, porque não existe nada no processo de naturalização desse país que vete candidatos em função disso.
 

Miguel Alexandre

Tribuna Presidencial
10 Março 2016
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  • José Maria Pedroto
Daikan disse:
Não é menos nem mais! Também não acho que seja mais português que alguém que nasça em Portugal, filho de pais estrangeiros mas que toda a vida tenha crescido por cá, tenha BI português, esteja integrado na nossa sociedade, fala a língua tão bem como os outros, conheça os simbolos, etc... aquele amigo que se não fosse pelo nome, nem se desconfiava que não tivesse pais portugueses... É tudo uma questão de identificação...

É como se diz da adoção: pai é quem cria!

se for pelo sangue, também o temos espanhol, árabe, romano, godo, etc... deixem-se de nacionalismos sem sentido!
A ideia que se pode comparar ou medir algo como identificação com determinada nacionalidade é absurda porque nao é tangivel e torna todo o tema irrelevante. Nao somos automatos e cada vida é um caso.

Nada disto torna menor o conceito de portugalidade que é estruturante enquanto povo e cultura, algo que é impossivel perceber a fundo sem conhecer a nossa historia, a nossa lingua e sua etimologia, a nossa relação com a igreja, a nossa relação com o mundo, a nossa literatura e artes, a nosso percurso em termos de soberania, os nossos simbolos, os nossos monumentos e arquitectura, a nossa musica tradicional, as nossas raizes pagãs.

Cada um pode decidir se lhe liga ou nao, mas essa portugalidade existe muito antes de qq um de nós existir.

Nota: Sensação que dá é que hoje em dia confunde-se muito nacionalismo exacerbado com pertença cultural. Normalmente nacionalismo exacerbado provém de ignorância, pertença cultural combate a ignorância.
 

MrKovac

Tribuna Presidencial
30 Agosto 2013
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sirmister disse:
Talves em Lisboa e arredores e porto e Arredores acredito que tenhas uma percentagem dessas, mas no resto do país nem 1% é.

Quanto a tua representatividade, nos medicos até há bem poucos anos era muito elitista era muito dificil furar, ainda é, nos professores até certa altura tambem foi por isso, se pegares numa amostra de 5% que seja para meter ai dá para perceber que estatisticamente tem que ser muito dificil mesmo...

E depois a comparação para o desporto não faz muito sentido, a não ser que aches que nos 100m só se vê praticamente pretos porque há racismo contra brancos e asiáticos.

Mas por acaso o Lord pegou num exemplo que eu não me tinha lembrado que era o do Costa, estatisticamente não devia acontecer.

Mas isto em Portugal não tem nada que ver, nunca vai ser um problema.

Em França é outro problema, porque quem está a nascer agora pode ter que daqui a 15 anos andar de Burca..
Lisboa e Porto e suas área urbanas devem chegar para ser a metade da população também.

O desporto é que é um meio menos fechado às classes mais pobres, a maior parte dos desportos não são elitistas, o mesmo já não digo da educação.
Comparar as escolas de meio mais pobres nas área urbanas onde se concentram as populações imigrantes e seus descendentes com as de de zonas mais ricas, ou de meios mais interiores, onde as escolas também desempenham um papel diferente na ligação aos miúdos, faz muita diferença, por exemplo.

Pois, tanto o Costa, como a ministra van Dunem, basta ver o nome :), vêm de meios privilegiados. Mas isso é algo que vai entroncar noutro racismo, que é o social. Não existe só pretos e brancos, mas sim ricos e pobres. E um preto rico parece que fica mais branco. Tipo família dos Santos.

Depois questões onde entra a religião são mais fodidas, mas acho que a escola e a educação desempenham o maior papel aí. E os estados deviam ter mais atenção. Fora todas as questões sociais que levam essa malta para as margens do extremismo religioso.

 

Daikan

Tribuna Presidencial
21 Agosto 2012
19,471
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Miguel Alexandre disse:
A ideia que se pode comparar ou medir algo como identificação com determinada nacionalidade é absurda porque nao é tangivel e torna todo o tema irrelevante. Nao somos automatos e cada vida é um caso.

Nada disto torna menor o conceito de portugalidade que é estruturante enquanto povo e cultura, algo que é impossivel perceber a fundo sem conhecer a nossa historia, a nossa lingua e sua etimologia, a nossa relação com a igreja, a nossa relação com o mundo, a nossa literatura e artes, a nosso percurso em termos de soberania, os nossos simbolos, os nossos monumentos e arquitectura, a nossa musica tradicional, as nossas raizes pagãs.

Cada um pode decidir se lhe liga ou nao, mas essa portugalidade existe muito antes de qq um de nós existir.

Nota: Sensação que dá é que hoje em dia confunde-se muito nacionalismo exacerbado com pertença cultural. Normalmente nacionalismo exacerbado provém de ignorância, pertença cultural combate a ignorância.
Mas tens que fazer sempre essa ligação entre a portugalidade e o ser português... quantos tugas não conhecem a nossa história e costumes? Da mesma forma que alguém nascido cá também a pode aprender... mesmo que não se identifique muito...

Essa portugalidade é mesmo uma expressão cultural... transborda fronteiras. Os países são algo relacionado mas distinto. São organizações, são conjuntos de pessoas que procuram uma formula para viverem em conjunto. Os EUA são um país e têm pouca história qd comparados com qq nação euopeia. São uma manta de retalhos... no entanto essa manta lidera o mundo há 150 anos... se calhar até lidera precisamente por não ter esse peso histórico em cima...

Portugal fundou a escravatura africana. Estamos para sempre ligados a isso e no entanto é uma mancha na nossa história.
 

Miguel Alexandre

Tribuna Presidencial
10 Março 2016
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MrKovac disse:
...
Não existe só pretos e brancos, mas sim ricos e pobres. E um preto rico parece que fica mais branco. Tipo família dos Santos.
...
Nao é uma questao de raça. Continua a nao haver vislumbre de que a condição humana entre dominadores e dominados vá mudar.

Ha imigrantes desfavorecidos neste país que recebem mais contribuição mensal sem terem contribuido do que familiares nossos de pensão que aqui trabalharam a vida toda, um esforço igualitario existe (e bem!) só que ao fim do dia nao melhoras a vida da população porque tens que pagar bancos atras de bancos, a mais cara das energias, a mais cara da gasolina, o maior IVA que ha memoria e as 38.000 imposições que os interesses que populam Bruxelas, NY ou Pequim decidirem...e o que se discute? Para quem ficam as migalhas que caiem do prato! e as nacionalidades que as disputam...e com isto vai tudo como uma enxurrada, vai a noção de cultura, de povo, de historia (e sublinho que em nenhum post meu falei em etnia) como se fossem esses os problemas, nao sao!

O problema está em quem tem a economia em redea curta e desvia as atenções...e esta regra serve para todas as
nacionalidades.
 
Estado
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