Cartel do regime (Organização Criminosa)

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Tribuna Presidencial
25 Maio 2014
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A lista secreta de todos os convidados do Benfica


Políticos, magistrados, polícias e banqueiros. Os nomes constam de um apenso da Operação Lex, mas a meio da investigação chegaram a desaparecer, só regressando ao processo porque um inspetor da PJ fez uma "cópia pirata".



No início do ano, o orfeão do Sport Lisboa e Benfica (SLB) cumpre a tradição de cantar as Janeiras ao presidente do clube. Há uns anos, porém, o departamento de relações públicas quis elevar um pouco a fasquia e convidar diretores e outros membros dos órgãos sociais para, além de Luís Filipe Vieira, desfrutarem do canto e fazer uma pequena passeata pelas instalações do clube. No fim, bolo-rei e vinho generoso para todos. A reboque desta iniciativa, a responsável pela RP, Ana Paula Godinho, sugeriu ao administrador executivo Domingos Soares Oliveira idênticas ações de "charme", como lhe chamou, com "deputados e membros do Governo benfiquistas", embaixadores e, por último, com o "grupo de doutores juízes dos tribunais da relação próximos do clube", assinalando existir uma lista de convidados destes últimos para os jogos.

A promoção de uma cultura de proximidade entre o Benfica e setores influentes da sociedade portuguesa, evidenciada na troca de emails entre Ana Paula Godinho e Domingos Soares Oliveira, está plasmada num enorme acervo de emails da responsável das RP do Benfica que já foram divulgados pelo blogue Mercado de Benfica, cuja autoria é atribuída ao hacker Rui Pinto, atualmente a ser julgado por crimes de acesso ilegítimo e tentativa de extorsão, entre outros. Uma incursão pelo conteúdo desses ficheiros, cruzando-os com os emails de Ana Zagalo, responsável pela área corporate do clube, revela um mapa de aproximações, contactos e "charme" dos encarnados junto do poder político, financeiro, empresarial, judicial e o mundo das celebridades. De todos, o que tem suscitado mais controvérsia prende-se com a situação dos convites feitos e aceites por magistrados, dado o envolvimento do SLB em vários processos judiciais, como o chamado "caso dos emails", o "saco azul" e agora a Operação Lex, processo em que Luís Filipe Vieira e Fernando Tavares (vice-presidente do clube) foram acusados pelo Ministério Público.

Segundo um email trocado entre Ana Paula Godinho e Luís Filipe Vieira (em novembro de 2016, ou seja, apenas dois anos antes do aparecimento das primeiras investigações judiciais), de uma assentada, o camarote presidencial chegou a ter 11 magistrados (10 juízes e um procurador) sentados para assistirem ao jogo entre Benfica e Moreirense. Celso Manata (procurador, na altura, diretor-geral dos serviços prisionais), os juízes conselheiros António Grandão e José Nunes Lopes; os juízes desembargadores Rui Rangel, António Ramos, Frederico Cebola, Calvário Antunes, Carlos Benido e o juiz de primeira instância António Gaspar.

Juízes a "dar chutos" no pavilhão
Há uma semana, no programa da RTP Trio d’Ataque, Luís Filipe Vieira diz que apenas falou uma vez com os juízes que iam a um pavilhão no Estádio da Luz para "dar uns chutos na bola", como refere um email do juiz Pedro Mourão para o presidente do Benfica, em março de 2014, pedindo-lhe que autorizasse a utilização de um pavilhão para a futebolada judicial de um grupo de magistrados do Supremo Tribunal de Justiça. Porém, o email de Ana Paula Godinho para o presidente termina, afirmando que o juiz desembargador Pedro Mourão "ficou de lhe apresentar os Magistrados que, eventualmente, não conhece pessoalmente".

Outro juiz, cujo trajeto profissional se tem cruzado com o Benfica é Antero Luís, atual secretário de Estado adjunto da Administração Interna. Em 2014, vestindo o fato de secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, o juiz assistiu a vários jogos do SLB, ora na qualidade de convidado, ora a "fazer-se" ao bilhete: o primeiro registo refere-se a 2012 e a um jogo Benfica-Barcelona, quando Antero Luís integrou uma task force entre segurança e espionagem: a acompanhar o então secretário-geral estiveram os diretores do Serviço de Informações e Segurança (SIS), o também juiz Horácio Pinto, e o adjunto Luciano Oliveira. Isto depois de a secretária do diretor ter perguntado se o Benfica poderia facultar dois bilhetes ao chefe dos espiões.

Antero Luís regressou ao Estádio da Luz em 2014, juntamente com Horácio Pinto e Neiva da Cruz, este último atual diretor do SIS, para assistir ao Benfica-PAOK. Uma vez mais, o clube tinha-o convidado, mas o secretário-geral da segurança interna ainda pediu mais um bilhete para o seu chefe de gabinete, Alexandre Coimbra, intendente da PSP. O juiz ainda tentou, em março do mesmo ano, a sua sorte, pedindo mais dois bilhetes para o Benfica-Tottenham. Porém, as RP do clube informaram-no que, devido a restrições da UEFA, não havia muitos lugares disponíveis no camarote, questionando se os autoconvidados aceitariam ver o jogo na bancada. Em abril de 2014, novo pedido: Benfica-AZ Alkmaar.

Desta vez, Antero Luís não levou o chefe de gabinete, mas pediu credenciais de acesso para o segurança pessoal e para o motorista. O então chefe do sistema de segurança quis ainda ver o Benfica-Juventus (abril de 2014), pedindo novamente bilhetes mas, uma vez mais, por culpa da UEFA não havia lugares disponíveis no camarote. Antero Luís fez saber que já se tinha desenrascado para um camarote na "Bancada Moche", mas necessitava de credenciais de acesso ao parque.

Seis anos depois dos pedidos, Antero Luís, agora com a beca de juiz desembargador, integrou o coletivo de desembargadores do Tribunal da Relação de Lisboa que manteve Rui Pinto, o hacker suspeito de ter acedido ilegalmente aos emails do Benfica, em prisão preventiva.

Outro juiz, Joaquim Pereira Gameiro (desembargador), foi convidado para o camarote já em 2017, para um Benfica-FC Porto. Sentado nas imediações do magistrado estiveram o primeiro-ministro, António Costa, o então ministro das Finanças, Mário Centeno, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, um ministro de Cabo Verde e o embaixador de Angola em Portugal. Mesmo ao lado de Pereira Gameiro ficou a convidada Elisa Ferreira, então vice-governadora do Banco de Portugal e o marido, Fernando Freire de Sousa, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN).

Os convites feitos pelos encarnados desde 2011 foram compilados pela Polícia Judiciária no processo Operação Lex. É no Apenso de Busca 18, relativo às buscas ao Estádio da Luz, a 30 de janeiro de 2018, que se encontra informação relativa a uma "listagem de convidados do clube para eventos, designadamente jogos de futebol, nas épocas desportivas de 2011 a 2018", assim como foram copiados ficheiros do computador de Ana Zagalo, responsável pelo departamento corporate da SAD benfiquista, com os dados das "viagens corporate 17/18, com a identificação das pessoas que se deslocaram a jogos do SLB no estrangeiro", segundo descreve o respetivo auto de busca presidida pelo procurador da República Filipe Marta Costa, do Departamento Central de Investigação e Ação Penal.

O acesso à documentação foi, porém, numa primeira fase negada à SÁBADO e só após insistência deferido. No entanto, para "momento oportuno", segundo um despacho dos procuradores Maria José Morgado e Vítor Pinto. Sendo assim, só ambos saberão, apesar de o processo ser público, quando acontecerá tal momento. A consulta dos elementos disponíveis na Operação Lex, porém, revela que, a meio da investigação, parte da informação desapareceu do processo, só "reaparecendo" porque um inspetor da Polícia Judiciária fez uma cópia à margem das buscas.

Mil euros para ir a Moscovo
Explicando: em maio de 2018, ainda com a investigação em curso, a Polícia Judiciária fez uma informação de serviço, relatando que "no decurso da análise à documentação no âmbito da busca 18, no Estádio do Sport Lisboa e Benfica, (...) verificou-se que o DVD onde estaria gravado o doc.38 (ficheiro Excel, com os dados das viagens ‘corporate 17/18’, com a identificação das pessoas que se deslocaram a jogos do SLB no estrangeiro, se encontrava vazio e sem qualquer conteúdo".

Um mês depois, a procuradora Susana Figueiredo, num despacho, acrescentou ter, entretanto, pedido esclarecimentos à polícia, tendo esta afirmado que se tratou de um erro de gravação, sugerindo uma nova busca. Eis então que a procuradora decidiu revelar no processo que, segundo o seu colega Filipe Marta Santos, "antes de ser (infrutiferamente) exportado para o DVD junto aos autos", o tal ficheiro foi "igualmente gravado numa pen" por um inspetor da Polícia Judiciária, que disso deu conhecimento ao Ministério Público, mas não à hierarquia da Judiciária, já que esta polícia afirmou que o ficheiro estava vazio.

E é nos ficheiros apreendidos na Operação Lex - que também se encontram no processo E-toupeira, consultado nas últimas semanas pela SÁBADO - que se encontra o nome do antigo vice-procurador-geral da República, Agostinho Homem, como um dos convidados frequentes do SLB, seja para jogos em casa seja para integrar a comitiva oficial do Benfica em disputas europeias. Agostinho Homem integrou, por exemplo, a comitiva oficial dos encarnados a Moscovo para o jogo com o CSKA, uma viagem com um custo-pessoa superior a 1.000 euros. A SÁBADO questionou a Procuradoria-Geral da República por que motivo não tinha sido aberto um inquérito contra o antigo vice-PGR pelo crime de recebimento indevido de vantagem, uma vez que Agostinho Homem, apesar de jubilado, continua obrigado aos deveres do Estatuto do Ministério Público. Na reposta, a PGR referiu não ter sido "aberto inquérito por recebimento indevido de vantagem porquanto o Ministério Público não dispunha de qualquer elemento que ligasse a presença da pessoa referida em qualquer evento desportivo ao exercício de funções. E é elemento típico do crime o recebimento de vantagem ‘no exercício das suas funções ou por causa delas’".

No que diz respeito às forças de segurança/justiça, a distribuição de bilhetes arrastou-se ainda, durante vários anos, à PSP, GNR, SEF e Polícia Judiciária. Nesta última, o contacto permanente dos encarnados estava identificado como Carlos Elias, um inspetor que, segundo informações recolhidas pela SÁBADO, já está reformado, tendo trabalho durante vários anos na investigação de crimes económicos. Já relativamente à PSP, o elemento de ligação para os bilhetes está identificado como agente principal Luís Afonso, enquanto para a GNR consta o nome de "cabo Santos".

Charme e mais charme
O camarote presidencial do Estádio da Luz tem servido, no fundo e como declarou Luís Nazaré, antigo presidente da mesa da Assembleia-Geral do Benfica, como testemunha na Operação Lex, como "um espaço com exclusividade, com a possibilidade de contactos com ex-jogadores" e com "pessoas dos mais variados contextos, culturais, sociais e económicos". As tais ações de charme junto dos vários poderes da sociedade portuguesa. Aliás, como a SÁBADO já revelou, em 2018, numa reunião de quadros, um dos objetivos traçados pela SAD encarnada passava pelo aumento da "influência" e do "controlo" sobre o "poder político", "judicial", desportivo e "meios de comunicação social".

E para manter um contacto permanente com o poder político, os responsáveis do Benfica nem precisavam de promover muitas ações de charme: os políticos queriam estar no Estádio da Luz. Enquanto presidente da Câmara de Lisboa, António Costa beneficiava do convite institucional. Porém, acabaria por, em Novembro de 2012, quando o Benfica jogou contra o Celtic, perguntar, através da sua secretária, se era possível mais dois, que posteriormente passou a um. O contemplado: o filho, Pedro Costa, atual presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, em Lisboa. O Benfica lá providenciou, mas a responsável pelas Relações Públicas, Ana Paula Godinho, advertiu a secretária de Costa que o filho teria que ir bem vestido para a tribuna presidencial. "Peço que recorde o Pedro das calças de ganga e ténis... não deixamos mesmo...", advertiu Ana Paula Godinho, referindo-se ao dress code do camarote presidencial.

Também o ex-ministro das Finanças, Mário Centeno, atual governador do Banco de Portugal, gostava de levar o filho à bola. Mas, em março de 2016, a reboque de um convite a Mário Centeno para assistir a um Benfica-Sp. Braga, na caixa de correio de Ana Paula Godinho caíram mais quatro pedidos: Luís Ferreira Lopes, ex-jornalista da SIC, assessor económico do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi o autor, solicitando convites para si e para o seu filho, "adepto incondicional do SLB", sublinhou, e para Amílcar Xavier, assessor do ministro dos Negócios Estrangeiros de Angola, e Estêvão Lopes, adjunto do embaixador angolano em Portugal.

Foi pela mão de Nuno Gaioso Ribeiro, vice-presidente da SAD, que uma comitiva do Ministério da Economia foi assistir ao jogo entre Benfica e Bayern de Munique a contar para a Liga dos Campeões, em 2016. O pedido de convites partiu do gabinete do ex-secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, e tinha a ver com a visita a Portugal do diretor executivo da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol. Os respetivos convites lá foram encaminhados: ministro, Manuel Caldeira Cabral, secretário de Estado, diretor da Agência Internacional e uma adjunta, Mariana Pereira.

José Mendes, então secretário de Estado adjunto e do Ambiente, hoje secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, não quis perder a oportunidade de ver a equipa da sua terra de origem, o Sp. Braga, a jogar no Estádio da Luz, em setembro de 2016. Mas, em vez de comprar bilhete, a sua secretária enviou um email para os encarnados, informando que o governante "teria todo o gosto em estar presente no jogo que decorrerá na próxima segunda-feira, entre o Sport Lisboa e Benfica e o Sporting de Braga, pelo que suscita junto de V. Exa. a oportunidade de envio de dois convites".

Como se ganha um convite?
Se alguns governantes já estavam por dentro do mecanismo do sistema dos bilhetes/convites, outros, como os emails realçam, ainda estavam "verdes", mas aprenderam rapidamente como se faz. Como foi o caso da ex-secretária de Estado da Cultura, Isabel Botelho. Em fevereiro de 2016, a sua secretária enviou um email para Ana Paula Godinho, para "saber da possibilidade de três bilhetes para o jogo que se vai realizar no próximo dia 14 de fevereiro - Benfica-FC Porto". "Peço desde já desculpa pela minha pergunta, mas o Benfica tem camarotes para os membros do Governo? Como é que devo proceder?", indagou ainda. Apesar do vasto acervo de emails, não foi possível saber o encaminhamento dado ao pedido.

Mas, dois meses depois, tudo já parecia devidamente oleado, uma vez que a secretária da ex-governante foi mais direta: "Encarrega-me a Senhora Secretária de Estado da Cultura de saber da possibilidade de obter três bilhetes para assistir ao jogo SL Benfica-Bayern de Munique, dia 13 do corrente mês, irá a Senhora Secretária de Estado da Cultura (Dra. Isabel Botelho Leal) com dois convidados (Dr. Miguel Oliveira e Sr. Lourenço Oliveira." Desta vez, já se confirmou que o pedido foi aceite, mas apenas para Isabel Botelho.

Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, e Bernardino Soares, presidente da câmara de Loures, foram dois comunistas que também já passaram pelo camarote presidencial, alargando assim o espectro político do Benfica, que conta também com apoios no CDS, com Telmo Correia, deputado, como um omnipresente nos jogos e em comentários da BTV.

Da parte do PSD, Duarte Pacheco, o deputado culturista, é um dos convidados frequentes para a tribunal presidencial. Mas foi durante o governo de Pedro Passos Coelho que a ligação ao partido foi mais intensa. Na qualidade de ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes foi frequentemente convidado para assistir a jogos, assim como o ex-secretário de Estado do Desporto, Emídio Guerreiro. Quem tentou aproveitar a generosidade encarnada com a oferta de convites foi Diogo Guia, então chefe de gabinete de Emídio Guerreiro. Só para um Benfica-Juventus, em abril de 2014, não foi de modas e pediu sete convites. Desta vez, não foi contemplado. Mas, um ano antes, para o Benfica-Olympiacos, o mesmo Diogo Guia pediu e obteve quatro bilhetes para distribuir por Bernardo Alabaça, subdiretor-geral das Finanças, Pedro Amaral e Almeida, adjunto do primeiro-ministro, João Bibe, vice-presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude, e pelo próprio Diogo Guia que, um dia após o primeiro pedido, decidiu solicitar mais um, de forma a completar a claque: Pedro Bogas, administrador da Metro/Carris.

O antigo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, também foi "convidado" para a bola com o seu amigo e coarguido no processo dos Vistos Gold, Jaime Gomes. Só que, enquanto Macedo ficou no camarote presidencial, o "amigo pessoal" foi para a bancada, ainda que com acesso ao espaço exclusivo.
O charme benfiquista alastrou-se ainda ao mundo empresarial e financeiro. Os antigos administradores executivos da PT e da Central de Cervejas, Zeinal Bava e Alberto da Ponte, respetivamente, foram convidados para a final da Liga Europa, em 2014, que opôs o Benfica ao Sevilha. Mas era com Amílcar Morais Pires, que integrou a comitiva de convidados às finais da Liga Europa em 2013 e 2014, antigo administrador do Banco Espírito Santo, que Luís Filipe Vieira mantinha uma relação de maior proximidade, como documentam vários emails apreendidos no processo da Operação Marquês. Uma das mensagens, aliás, revela a paixão de Frederico Morais Pires, um dos filhos do antigo banqueiro, pelo Benfica.

(...)

Luís Marques Mendes, antigo ministro e hoje um dos mais influentes comentadores na TV, também foi presença assídua em vários jogos no camarote presidencial. Com convite, obviamente. Já José Eduardo Martins, antigo deputado do PSD e advogado na Abreu Advogados, oscilava entre o pedido de bilhetes para pagar e os convites. Em 2014, o advogado assistiu no Lisboa VIP Lounge a um jogo do SLB, juntamente com o ex-deputado do PCP Honório Novo. A responsável pelas RP questionou o então diretor de comunicação, João Gabriel, sobre a hipótese de uma nova: "Uma ação de charme para o Benfica-Académica? Público-Alvo? O mesmo?"

Quando esteve no programa Trio d’Ataque da RTP, Luís Filipe Vieira foi questionado sobre os convites para o camarote: "Eu não conheço a maioria das pessoas que estão no poder. O poder está noutros camarotes de outros estádios", respondeu. E se o Benfica faz lobby junto do poder: "Não há lobby com ninguém. Há credibilidade e trabalho", respondeu Vieira, que até à hora de fecho desta edição disputava mais uma eleição.


é isto...

depois não digam que não avisei... adoro a parte das chefias da PJ dizerem que o ficheiro estava vazio e ter sido um inspector que fez uma cópia pirata do ficheiro para a fornecer ao tribunal... imaginem o que será agora da carreira deste inspector para o futuro...

país de merda... depois há gente que se incomoda e revolta da forma como eu falo de lisboa
 

Pavão

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Mil euros para ir a Moscovo
Explicando: em maio de 2018, ainda com a investigação em curso, a Polícia Judiciária fez uma informação de serviço, relatando que "no decurso da análise à documentação no âmbito da busca 18, no Estádio do Sport Lisboa e Benfica, (...) verificou-se que o DVD onde estaria gravado o doc.38 (ficheiro Excel, com os dados das viagens ‘corporate 17/18’, com a identificação das pessoas que se deslocaram a jogos do SLB no estrangeiro, se encontrava vazio e sem qualquer conteúdo".

Um mês depois, a procuradora Susana Figueiredo, num despacho, acrescentou ter, entretanto, pedido esclarecimentos à polícia, tendo esta afirmado que se tratou de um erro de gravação, sugerindo uma nova busca. Eis então que a procuradora decidiu revelar no processo que, segundo o seu colega Filipe Marta Santos, "antes de ser (infrutiferamente) exportado para o DVD junto aos autos", o tal ficheiro foi "igualmente gravado numa pen" por um inspetor da Polícia Judiciária, que disso deu conhecimento ao Ministério Público, mas não à hierarquia da Judiciária, já que esta polícia afirmou que o ficheiro estava vazio.

E é nos ficheiros apreendidos na Operação Lex - que também se encontram no processo E-toupeira, consultado nas últimas semanas pela SÁBADO - que se encontra o nome do antigo vice-procurador-geral da República, Agostinho Homem, como um dos convidados frequentes do SLB, seja para jogos em casa seja para integrar a comitiva oficial do Benfica em disputas europeias. Agostinho Homem integrou, por exemplo, a comitiva oficial dos encarnados a Moscovo para o jogo com o CSKA, uma viagem com um custo-pessoa superior a 1.000 euros. A SÁBADO questionou a Procuradoria-Geral da República por que motivo não tinha sido aberto um inquérito contra o antigo vice-PGR pelo crime de recebimento indevido de vantagem, uma vez que Agostinho Homem, apesar de jubilado, continua obrigado aos deveres do Estatuto do Ministério Público. Na reposta, a PGR referiu não ter sido "aberto inquérito por recebimento indevido de vantagem porquanto o Ministério Público não dispunha de qualquer elemento que ligasse a presença da pessoa referida em qualquer evento desportivo ao exercício de funções. E é elemento típico do crime o recebimento de vantagem ‘no exercício das suas funções ou por causa delas’".
cito-me para realçar bem o que vocês não querem ver... isto tudo vai dar um grande nada... há forças muito grandes que vão assegurar isso!
 

Paulo Teixeira

Arquibancada
8 Agosto 2018
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Na sporttv o Boi que comenta a arbitragem teve a lata de dizer que o Beto ficou parado à espera que o redes lhe tocasse então não era penalti. Fds é demais isto. Fdp
 

dragao86

Tribuna Presidencial
20 Outubro 2014
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Ruben1893

"Clube aparenta ser um quintal"
24 Julho 2019
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  • Reinaldo Teles
  • Alfredo Quintana
  • Sérgio Conceição
  • Fernando "Bibota" Gomes

Este frustado ainda não consegue lidar com o facto de que, mesmo com ele em campo a apitar, o seu benfica levou 5 em casa perante o Futebol Clube do Porto.
O cão podia dizer que não é penalti
Eu ficaria super fodido se marcassem um penalti contra nós

Mas vem falar do Taremi porquê? O Taremi é muito mais inteligente que os estúpidos dos defesas e ganha as faltas
Ele não simula uma única vez
 
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Reações: Conceição Santos