Mourinho começou no Benfica a mostrar fragilidades embrulhadas em frases de efeito. Vamos à analise:
“Fiz mal em ir para o Fenerbahçe, mas treinar o Benfica é voltar ao meu nível.”
Rebaixar o Fenerbahçe para parecer maior não é força, é fraqueza. Quem precisa de dizer que “voltou ao seu nível” está a confessar o que os números mostram: não ganha nada há anos e andava perdido no mar da irrelevância. E chamar “nível” a um clube que não vence nada na Europa há mais de 60 anos? No mínimo é incoerente. Ou talvez não: quando se mente, qualquer chavão serve. Verdade seja dita: os dois merecem-se.
“Nenhum outro clube me deixou tão motivado como o Benfica.”
Esta é ainda pior. É cuspir na cara de Real Madrid, Inter, Manchester ou Chelsea. E é, mais uma vez, falta de respeito pela inteligência dos adeptos da Luz. Porque uma afirmação tão absurda, quando verdadeira, costuma vir acompanhada de fundamentos. Mourinho não os dá por duas razões: primeiro, porque não há como justificar o que é mentira. Segundo, porque sabe que ali a maioria já não raciocina — reage a estímulos.

O padrão repete-se: rescisões em série, narrativas de ocasião e biografia feita a negar a anterior. O Fenerbahçe devia ser lembrado com gratidão, foi quem lhe abriu a porta quando ninguém mais o queria.

E se há dúvidas de que isto são só chavões reciclados, basta recordar o passado recente:
Fenerbahçe (2024): “O Fenerbahçe é um gigante, é um privilégio enorme treinar aqui.” → Então era enorme… e agora já é um erro? Das duas uma, ou és mentiroso, ou despreparado na gestao dos ultimos anos da tua carreira.

Real Madrid: “O Real Madrid é o maior clube do mundo, e eu quero fazer história aqui.”

Manchester United: “É uma honra treinar o United. Este é o clube certo para mim.”

Roma: “A Roma é um clube especial, com uma paixão única. Estou incrivelmente motivado para trazer sucesso a este clube.”

Chelsea (2004): “Nenhum clube me tira do Chelsea até o Chelsea querer que eu saia.” / “Pelo Chelsea, eu recusaria qualquer emprego no mundo.”

FC Porto: “Sob condições normais seremos campeões; sob condições anormais, também seremos campeões.” (querem mais motivação do que esta?)

A lista podia continuar. Cada clube foi o “maior”, o “mais motivador”, o “certo”, o “especial”. Até deixar de ser. E é sempre igual: primeiro o encantamento das palavras vazias, depois… o que realmente interessa, a rescisão no papel.

Os mind games que um dia meteram medo hoje são frases recicladas, fora de prazo. Tão fora de prazo como chegar de Ferrari preto para treinar… um clube vermelho.

No fim, a realidade é simples: já ninguém lhe dava palco. Caiu no único sítio onde ainda se bate palmas sem títulos, onde parecer é mais importante do que ser. Essa “motivação” pode dar barulho, mas é fogo de palha, arde rápido, apaga depressa.

A não ser, claro, que receba um daqueles e-mails com estrelinha da sorte…

Best_Abraços
Ricardo Amorim

Rebaixar o Fenerbahçe para parecer maior não é força, é fraqueza. Quem precisa de dizer que “voltou ao seu nível” está a confessar o que os números mostram: não ganha nada há anos e andava perdido no mar da irrelevância. E chamar “nível” a um clube que não vence nada na Europa há mais de 60 anos? No mínimo é incoerente. Ou talvez não: quando se mente, qualquer chavão serve. Verdade seja dita: os dois merecem-se.

Esta é ainda pior. É cuspir na cara de Real Madrid, Inter, Manchester ou Chelsea. E é, mais uma vez, falta de respeito pela inteligência dos adeptos da Luz. Porque uma afirmação tão absurda, quando verdadeira, costuma vir acompanhada de fundamentos. Mourinho não os dá por duas razões: primeiro, porque não há como justificar o que é mentira. Segundo, porque sabe que ali a maioria já não raciocina — reage a estímulos.

O padrão repete-se: rescisões em série, narrativas de ocasião e biografia feita a negar a anterior. O Fenerbahçe devia ser lembrado com gratidão, foi quem lhe abriu a porta quando ninguém mais o queria.

E se há dúvidas de que isto são só chavões reciclados, basta recordar o passado recente:
Fenerbahçe (2024): “O Fenerbahçe é um gigante, é um privilégio enorme treinar aqui.” → Então era enorme… e agora já é um erro? Das duas uma, ou és mentiroso, ou despreparado na gestao dos ultimos anos da tua carreira.

Real Madrid: “O Real Madrid é o maior clube do mundo, e eu quero fazer história aqui.”

Manchester United: “É uma honra treinar o United. Este é o clube certo para mim.”

Roma: “A Roma é um clube especial, com uma paixão única. Estou incrivelmente motivado para trazer sucesso a este clube.”

Chelsea (2004): “Nenhum clube me tira do Chelsea até o Chelsea querer que eu saia.” / “Pelo Chelsea, eu recusaria qualquer emprego no mundo.”

FC Porto: “Sob condições normais seremos campeões; sob condições anormais, também seremos campeões.” (querem mais motivação do que esta?)

A lista podia continuar. Cada clube foi o “maior”, o “mais motivador”, o “certo”, o “especial”. Até deixar de ser. E é sempre igual: primeiro o encantamento das palavras vazias, depois… o que realmente interessa, a rescisão no papel.

Os mind games que um dia meteram medo hoje são frases recicladas, fora de prazo. Tão fora de prazo como chegar de Ferrari preto para treinar… um clube vermelho.

No fim, a realidade é simples: já ninguém lhe dava palco. Caiu no único sítio onde ainda se bate palmas sem títulos, onde parecer é mais importante do que ser. Essa “motivação” pode dar barulho, mas é fogo de palha, arde rápido, apaga depressa.

A não ser, claro, que receba um daqueles e-mails com estrelinha da sorte…


Best_Abraços
Ricardo Amorim