Os impostos são obrigatórios desde que se preencha os requisitos da matéria tributável. Foram uma imposição para sustentar o Estado, e para este último regular a vida em comunidade. Não existe qualquer implicação da contribuição de cada um, porque existem princípios transversais de providência e justiça social (como a segurança social).
No caso da democracia política é diferente, o cidadão já nasce com direitos políticos que o Estado deve reconhecer/proteger, no qual se inclui o direito à igualdade e o sufrágio. Aplicando-se princípio da igualdade entre os diversos cidadãos, em que cada pessoa vale o mesmo (1 pessoa-1voto).
Numa associação desportiva é diferente. Aqui é bastante relevante o contributo proporcionado por cada um dos sócios que são os verdadeiros donos do clube (no Estado não há donos, mas sim cidadãos que são elementos). Um sócios com dois anos de pagamento de quotas tem uma contribuição financeira para o clube na ordem dos cento e pouco euros; já um com 20 anos tem uma contribuição na ordem de grandeza dos milhares. Não é uma questão de "portismo", é meramente uma situação do esforço para evoluir o clube, e que deve ser reconhecido pelo próprio. Daí que seja procedimento normal diferenciar os maiores contribuidores para a associação através do "prémio" de um maior peso nos destinos do clube.