Clube dos calimeros

andremaisfcp

Tribuna Presidencial
25 Maio 2014
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  • Alfredo Quintana
  • Supertaça 19/20
  • Campeão Nacional 19/20
  • Taça de Portugal 19/20
lpmacedo disse:
Fui ler a noticia da bola a uma papelaria e falam dos 80 M de yuans. No entanto o texto deixa-me confuso. Parece que confirmam a de 80 M€ e falam de uma outra de 80 M de yuans..
Diz mais ou menos isto que o ZeroZero transcreve da bola:

80 milhões. Este é o número que tem andado nas bocas dos adeptos de futebol nos últimos dias, sobretudo depois de Bruno de Carvalho ter vindo a público revelar que recusou uma proposta com esse número por um jogador leonino, em janeiro. Mas vamos por partes.

Na quarta-feira, o presidente verde e branco disse o seguinte aos jornalistas. «Se o Sporting não tivesse objetivos muito bem definidos e muito bem traçados, em janeiro podia ter vendido um jogador por 80 milhões a pronto», afirmou o presidente verde e branco, acrescentando: «Não interessa qual é o jogador».

Muito se escreveu (e continua a escrever) sobre o tema. O jornal A Bola conta, esta sexta-feira, que além dessa proposta que o presidente do Sporting garantiu que existiu, terá havido uma outra. Nesta, por Slimani, o Sporting terá sido contactado para ceder o jogador por um valor na ordem dos 80 milhões de yuans (moeda chinesa). Nesse cenário, seriam cerca de 10 milhões de euros que o Sporting receberia para ceder o jogador.
Foi a forma que tiveram de explicar os 80M sem negar os 80M e, sem chamarem mentiroso ao Carneiro-Mor do Junco.
 

Fil

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30 Maio 2016
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Azul disse:
Sporting defende ter 22 títulos e não os atuais 18. Leões dizem que vão atacar o...23º. FC Porto passará a ter 30 e o Belenenses 4; Benfica mantém os 35, defende o Sporting


O jornal do Sporting anuncia, esta semana, que os leões querem conquistar o 23º título na próxima época. No entanto os leões somam 'apenas' 18 títulos no seu historial, por isso em caso de vitória o Sporting somaria o 19º título. No entanto os responsáveis leoninos passam a fazer uma nova leitura sobre os títulos. O Sporting assume publicamente que passa a somar aos Campeonatos Nacionais (18) os quatro títulos que conquistou no Campeonato de Portugal (primeira competição oficial de clubes conhecida em Portugal).
Em 1922 foi organizado o Campeonato de Portugal. Era a prova que elegia o Campeão de Portugal. Para participarem nela as equipas tinham que disputar os campeonatos regionais. Depois, era um sistema de eliminatórias até se encontrarem os dois finalistas.

Campeonatos de Portugal:
1921/22  FC Porto           
1922/23  Sporting CP         
1923/24  SC Olhanense     
1924/25  FC Porto           
1925/26  CS Marítimo       
1926/27  CF "Os Belenenses" 
1927/28  Carcavelinhos FC   
1928/29  CF "Os Belenenses" 
1929/30  SL Benfica         
1930/31  SL Benfica         
1931/32  FC Porto           
1932/33  CF "Os Belenenses" 
1933/34  Sporting CP       
1934/35  SL Benfica   
1935/36  Sporting CP       
1936/37  FC Porto           
1937/38  Sporting CP         

Só que na época de 1934\1935 decidiu-se fazer um campeonato experimental. Campeonato esse que durou até 1937\1938. No entanto, o campeonato de Portugal continuou durante esse período.
No sentido de aumentar a competitividade do futebol português, a FPF encarregou Plácido de Souza, Ribeiro dos Reis, Cândido de Oliveira e Virgílio da Fonseca de elaborarem o projecto de uma nova competição em poule. No entanto, devido à situação económica do país, a FPF tinha dúvidas sobre a viabilidade económica da prova, devido às deslocações a que os participantes estariam sujeitos, bem como sobre a acolhimento que teria junto do público. Nesse sentido ficou estabelecido:

"promover a título experimental o Campeonatos das Ligas, 1.ª e 2.ª Divisões, sem prejuízo dos Campeonatos Distritais, nem do Campeonato de Portugal" —Acta FPF

Campeonato experimental:
1934/35  FC Porto 
1935/36  SL Benfica
1936/37  SL Benfica
1937/38  SL Benfica

O Sporting defende que não poderiam existir dois campeões nessa altura. A prova que elegia o Campeão de Portugal na devida época devia ser sempre o da prova que já existia. Tendo em conta, também, que a outra prova era de carácter experimental. Nesse período, experimental, de quatro anos, o Benfica ganhou 3 campeonatos, e o FC Porto 1. Os mesmos, defende o Sporting, deviam ter sido encarados como títulos mas nunca poderiam ser-lhes atribuído o título de Campeão Nacional, visto ser uma prova experimental.
Por esse motivo o Sporting defende que o Benfica continua com os mesmos 35 títulos (os 3 ganhos no campeonato experimental são retirados e são somados os 3 conquistados no Campeonato de Portugal). Já ao FC Porto são somados mais três títulos (aos 4 do Campeonato de Portugal, é retirado um do campeonato experimental).
Os leões defendem assim ter 22 títulos (somados aos 18 os 4 conquistados no Campeonato de Portugal).
Por fim o Belenenses soma 4 títulos (3 deles no Campeonato de Portugal).


Imagem da Sporting TV com um erro na diferença dos títulos do Sporting. A diferença é de 4 e não de 3

De referir que segundo os dados que o Sporting defende, o Carcavelinhos, Marítimo e o Olhanense todos somam um Campeonato de Portugal, ou seja um título nacional.

Porque tudo mudou? O jornal “Os Sports” defendeu que o vencedor da Liga é que deveria ser considerado campeão nacional. Mais tarde tal viria a acontecer por parte da FPF.
Num congresso realizado em Agosto de 1938 dá-se uma remodelação dos regulamentos das provas da FPF, em que ficou estabelecido:

"acabar com os Campeonatos das Ligas e substituir o Campeonato de Portugal das jornadas em sucessiva eliminações, por um campeonato de maior rigor e regularidade, pelo sistema de "poule" em duas voltas" —Acta FPF

Assim, quando terminou o Campeonato de Portugal, o Benfica ficou com 3 campeonatos, e o FC Porto com 1, ficando esquecida toda a história que ficou para trás. Agora o Sporting quer recuperá-la e isso irá gastar muita tinta nos próximos tempos.

http://foradejogo08.blogspot.pt/2016/06/sporting-defende-ter-22-titulos-e-nao.html

Eu concordo plenamente com isto. Acho que deveria ser oficial termos 30, os lampiões 35, e os lagartos 22.




 

Fil

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  • Artur Jorge
Mike_Walsh disse:
A explicação está aqui: http://recordesdabola.blogspot.pt/2007/05/campeonato-das-ligas-e-de-portugal.html

Vou deixar aqui apenas umas passagens que podem ler nesse artigo

"Mas a verdade é que de acordo com os regulamentos, o Campeonato de Portugal é que apurava o campeão nacional, enquanto o campeonato das ligas continuava a ser uma prova secundária. A grande remodelação dos Regulamentos das provas da FPF foram efectuadas em Agosto de 1938 durante um Congresso realizado para esse fim. Foi elaborado um documento histórico que explicava e justificava a nova Regulamentação e que a dado passo, entre outras coisas dizia: "PARA POR EM PRÁTICA TODA ESTA REALIZAÇÃO HÁ QUE ACABAR COM OS CAMPEONATOS DAS LIGAS E SUBSTITUIR O CAMPEONATO DE PORTUGAL DAS JORNADAS EM SUCESSIVAS ELIMINAÇÕES, POR UM CAMPEONATO DE MAIOR RIGOR E REGULARIDADE PELO SISTEMA DE «POULE» EM DUAS VOLTAS"."

"Nos relatórios da Federação Portuguesa de Futebol, pode ler-se: "clubes com direito a participar no Campeonato de Portugal: os oito clubes da 1ª Liga, os seis melhores da 2ª Liga mais o apurado das Ilhas, o que perfazia o total de 15 clubes.”
O clube vencedor do Campeonato de Portugal recebia uma cópia do troféu denominado Taça Portugal.
Taça cujo original está exposto ao público, na Federação Portuguesa de Futebol, e o qual serviu de modelo à actual Taça de Portugal.
O campeonato das ligas teve sucesso económico logo na primeira época e continuou a disputar-se na época seguinte logo a seguir aos distritais, como prova extraordinária! E o sucesso não foi só financeiro. A sucessão dos embates entre as melhores equipas nacionais empolgava o público de tal maneira que se considerou o campeonato das ligas, a mais importante.
Daí, que a imprensa começasse a considerar o vencedor da prova, CAMPEÃO DA LIGA - tal e qual os relatórios da FPF designavam.
Mais tarde, o famoso jornalista Ricardo Ornelas começou a defender nas páginas do jornal “Os Sports” que o vencedor da Liga é que era o campeão nacional."

"A seguir á vergonhosa derrota da Selecção Nacional por 0-9 contra a Espanha, começaram a levantar-se vozes contra a maneira como era disputado o Campeonato Nacional na altura (CP). Deviam fazer-se mais jogos contra equipas mais fortes. Ricardo Ornelas escreveu nos jornais que se deveria realizar uma prova em poule, como já se fazia em muitos países, para dar mais competitividade aos jogadores. Outras vozes se lhe juntaram e então a FPF que, também estava descontente com a situação, avançou para uma solução. Elaborar um projecto para um campeonato em “poule”. Esse projecto foi elaborado por Plácido de Souza, Ribeiro dos Reis, Cândido de Oliveira e Virgílio da Fonseca.
Mas havia muito receio por parte da F.P.F acerca da aceitação do público e sobre o aspecto financeiro da prova. Seria suficiente a receita para pagar as despesas? E o público iria assistir a tantos jogos? Portanto avançaram para este projecto com muitos receios. Sendo assim, nada melhor que fazer a experiência por isso deixaram escrito em acta "FICOU RESOLVIDO PROMOVER A TITULO EXPERIMENTAL OS CAMPEONATOS DAS LIGAS, 1ª E 2ª DIVISÕES, SEM PREJUÍZO DOS CAMPEONATOS DISTRITAIS, NEM DO CAMPEONATO DE PORTUGAL".
Isto indica claramente a subjugação das Ligas em relação ao CP e até aos Campeonatos Distritais!
Ora, se por esta altura já havia um Campeonato Nacional como é que podia existir outro!? É claro que essa questão nem se pôs, pois para isso, teriam de ser alterados os Regulamentos das Provas, coisa que só aconteceu em 1938…
Na 1ª época em que se disputou a 1ª Liga (1934-35) o clube vencedor nem direito a taça teve. Apenas foram entregues medalhas aos jogadores. Só a partir da época seguinte foi entregue uma taça. Penso, no entanto, que o FC Porto acabou por receber mais tarde o troféu referente ao primeiro campeonato.
Os CL eram sem dúvida provas oficiais da FPF mas os vencedores eram apenas considerados campeões das 1ª e 2ª Ligas nunca CAMPEÕES NACIONAIS ! Foram provas muito importantes para a actual estrutura do futebol Nacional pois, devido ao seu sucesso se pôde avançar para o modelo que temos hoje que foi introduzido em 1938-39.
No Relatório da FPF de 1936-37 vem escrito o seguinte: O Campeonato da Liga voltou a agradar sobremaneira e, dessa forma, não será possível dizer-se mais que estamos em período de experiências, pois a consolidação está feita. Seria um erro suprimi-la." Portanto, era uma prova que tinha sido feita para um determinado prazo e que afinal, superou todas as expectativas”"

Mais uma vez fica aqui o link: http://recordesdabola.blogspot.pt/2007/05/campeonato-das-ligas-e-de-portugal.html

Acho que fica claro que os Campeonatos de Portugal deveriam contar como campeonatos nacionais ganhos, ao contrário do campeonatos da liga entre 1934 e 1938.

PS: Apaguei o teu texto, porque a mensagem excedia o tamanho máximo permitido
 

Regod

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21 Março 2015
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  • Alfredo Quintana
  • Reinaldo Teles
A argumentação do artigo que o fil pôs é bastante clara....
 
M

Mike_Walsh

Guest
Fil disse:
A explicação está aqui: http://recordesdabola.blogspot.pt/2007/05/campeonato-das-ligas-e-de-portugal.html

Vou deixar aqui apenas umas passagens que podem ler nesse artigo

"Mas a verdade é que de acordo com os regulamentos, o Campeonato de Portugal é que apurava o campeão nacional, enquanto o campeonato das ligas continuava a ser uma prova secundária. A grande remodelação dos Regulamentos das provas da FPF foram efectuadas em Agosto de 1938 durante um Congresso realizado para esse fim. Foi elaborado um documento histórico que explicava e justificava a nova Regulamentação e que a dado passo, entre outras coisas dizia: "PARA POR EM PRÁTICA TODA ESTA REALIZAÇÃO HÁ QUE ACABAR COM OS CAMPEONATOS DAS LIGAS E SUBSTITUIR O CAMPEONATO DE PORTUGAL DAS JORNADAS EM SUCESSIVAS ELIMINAÇÕES, POR UM CAMPEONATO DE MAIOR RIGOR E REGULARIDADE PELO SISTEMA DE «POULE» EM DUAS VOLTAS"."

"Nos relatórios da Federação Portuguesa de Futebol, pode ler-se: "clubes com direito a participar no Campeonato de Portugal: os oito clubes da 1ª Liga, os seis melhores da 2ª Liga mais o apurado das Ilhas, o que perfazia o total de 15 clubes.”
O clube vencedor do Campeonato de Portugal recebia uma cópia do troféu denominado Taça Portugal.
Taça cujo original está exposto ao público, na Federação Portuguesa de Futebol, e o qual serviu de modelo à actual Taça de Portugal.
O campeonato das ligas teve sucesso económico logo na primeira época e continuou a disputar-se na época seguinte logo a seguir aos distritais, como prova extraordinária! E o sucesso não foi só financeiro. A sucessão dos embates entre as melhores equipas nacionais empolgava o público de tal maneira que se considerou o campeonato das ligas, a mais importante.
Daí, que a imprensa começasse a considerar o vencedor da prova, CAMPEÃO DA LIGA - tal e qual os relatórios da FPF designavam.
Mais tarde, o famoso jornalista Ricardo Ornelas começou a defender nas páginas do jornal “Os Sports” que o vencedor da Liga é que era o campeão nacional."

"A seguir á vergonhosa derrota da Selecção Nacional por 0-9 contra a Espanha, começaram a levantar-se vozes contra a maneira como era disputado o Campeonato Nacional na altura (CP). Deviam fazer-se mais jogos contra equipas mais fortes. Ricardo Ornelas escreveu nos jornais que se deveria realizar uma prova em poule, como já se fazia em muitos países, para dar mais competitividade aos jogadores. Outras vozes se lhe juntaram e então a FPF que, também estava descontente com a situação, avançou para uma solução. Elaborar um projecto para um campeonato em “poule”. Esse projecto foi elaborado por Plácido de Souza, Ribeiro dos Reis, Cândido de Oliveira e Virgílio da Fonseca.
Mas havia muito receio por parte da F.P.F acerca da aceitação do público e sobre o aspecto financeiro da prova. Seria suficiente a receita para pagar as despesas? E o público iria assistir a tantos jogos? Portanto avançaram para este projecto com muitos receios. Sendo assim, nada melhor que fazer a experiência por isso deixaram escrito em acta "FICOU RESOLVIDO PROMOVER A TITULO EXPERIMENTAL OS CAMPEONATOS DAS LIGAS, 1ª E 2ª DIVISÕES, SEM PREJUÍZO DOS CAMPEONATOS DISTRITAIS, NEM DO CAMPEONATO DE PORTUGAL".
Isto indica claramente a subjugação das Ligas em relação ao CP e até aos Campeonatos Distritais!
Ora, se por esta altura já havia um Campeonato Nacional como é que podia existir outro!? É claro que essa questão nem se pôs, pois para isso, teriam de ser alterados os Regulamentos das Provas, coisa que só aconteceu em 1938…
Na 1ª época em que se disputou a 1ª Liga (1934-35) o clube vencedor nem direito a taça teve. Apenas foram entregues medalhas aos jogadores. Só a partir da época seguinte foi entregue uma taça. Penso, no entanto, que o FC Porto acabou por receber mais tarde o troféu referente ao primeiro campeonato.
Os CL eram sem dúvida provas oficiais da FPF mas os vencedores eram apenas considerados campeões das 1ª e 2ª Ligas nunca CAMPEÕES NACIONAIS ! Foram provas muito importantes para a actual estrutura do futebol Nacional pois, devido ao seu sucesso se pôde avançar para o modelo que temos hoje que foi introduzido em 1938-39.
No Relatório da FPF de 1936-37 vem escrito o seguinte: O Campeonato da Liga voltou a agradar sobremaneira e, dessa forma, não será possível dizer-se mais que estamos em período de experiências, pois a consolidação está feita. Seria um erro suprimi-la." Portanto, era uma prova que tinha sido feita para um determinado prazo e que afinal, superou todas as expectativas”"

Mais uma vez fica aqui o link: http://recordesdabola.blogspot.pt/2007/05/campeonato-das-ligas-e-de-portugal.html

Acho que fica claro que os Campeonatos de Portugal deveriam contar como campeonatos nacionais ganhos, ao contrário do campeonatos da liga entre 1934 e 1938.

PS: Apaguei o teu texto, porque a mensagem excedia o tamanho máximo permitido
« HÁ QUE ACABAR COM OS CAMPEONATOS DAS LIGAS E SUBSTITUIR O CAMPEONATO DE PORTUGAL DAS JORNADAS EM SUCESSIVAS ELIMINAÇÕES, POR UM CAMPEONATO DE MAIOR RIGOR E REGULARIDADE PELO SISTEMA DE «POULE» EM DUAS VOLTAS"."»

Mas não se acabou com os campeonatos das ligas, foi decidido dar-se-lhe continuidade!

 

apocalypto

Tribuna Presidencial
28 Novembro 2006
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Isto é do nosso interesse. A ir para a frente, encurtávamos a distância para os orcs. Mas esses ainda iam querer adicionar mais títulos ao palmarés.
 
M

Mike_Walsh

Guest
apocalypto disse:
Isto é do nosso interesse. A ir para a frente, encurtávamos a distância para os orcs. Mas esses ainda iam querer adicionar mais títulos ao palmarés.
Mas é disso que estamos a falar, de encurtar distâncias em termos de títulos?
Ou seja, não interessa a verdade histórica, interessa é encurtar distâncias? Fazer como eles, que queriam a todo o custo meter nas contas a Taça Latina, o que não tinha qualquer cabimento?
E supõe que o Benfica caía em desgraça e a certa altura a luta pelo maior número de títulos era entre nós e o Sporting. Aí já íamos lutar pelo reconhecimento do primeiro Campeonato, porque nós tínhamos e eles não?
Por estas e por outras é que a História é «a puta mais deslavada e mais maltratada de que há memória». Porque, desde que há memória, cada a um a usa da forma que mais lhe convém.
 
M

Mike_Walsh

Guest
Fil disse:
A explicação está aqui: http://recordesdabola.blogspot.pt/2007/05/campeonato-das-ligas-e-de-portugal.html
"Mas a verdade é que de acordo com os regulamentos, o Campeonato de Portugal é que apurava o campeão nacional, enquanto o campeonato das ligas continuava a ser uma prova secundária.
Não leves a mal, mas isso é completamente mentira. O Campeonato de Portugal tornou-se uma prova completamente secundária a partir do momento em que apareceu o Campeonato da I Liga, ou seja, o Campeonato Nacional.
Aliás, ainda antes de aparecer o Campeonato da I Liga, o Campeonato de Portugal já tinha caído totalmente em descrédito. A imprensa desportiva portuense da época, por exemplo, já classificava essa prova como «o monstrosinho».
Quando começou a disputar-se o Campeonato de Portugal, com grande atraso em relação ao resto da Europa, só havia quatro Campeonatos Regionais: Lisboa, Porto, Algarve e Funchal. Daí que a primeira edição, em 1922, se tenha resumido a uma Final a duas mãos entre Porto e Sporting, os campeões de Porto e Lisboa, com vitória na Finalíssima do representante da cidade-invicta.
Porto e Sporting (4 vitórias), Belenenses e Benfica (3), Olhanense, Marítimo e Carcavelinhos foram os vencedores de uma prova que foi decaindo até 1938, época em que teve a sua última edição. Passou a chamar-se Taça de Portugal e a contar com um regulamento diferente, embora o essencial – o facto de ser uma prova a eliminar – se tenha mantido.
Ao contrário do que acontece actualmente com a Taça de Portugal – a própria Taça só em 1948/49 adquiriu uma feição moderna, tratava-se de uma competição com acesso reservado, embora não tanto como as primeiras edições do Campeonato Nacional. No início, participaram representantes de Lisboa, do Porto, de Coimbra, de Braga, de Faro e do Funchal. Progressivamente, outras associações foram chamadas à liça, sendo que algumas, como Lisboa e Porto, ganharam o direito a contar com dois ou mais representantes. As eliminatórias, que inicialmente eram jogadas a uma mão, passaram a ser jogadas a duas.
Desde muito cedo que não faltaram objecções à forma como o Campeonato de Portugal se disputava. Em Fevereiro de 1926, o «Sporting» apontava o sistema francês como o que melhor servia os interesses do futebol português. Ou seja, a inscrição no Campeonato de Portugal devia ser completamente livre para todos os clubes que nele quisessem participar.
De resto, esse jornal portuense, conhecido pelas suas páginas cor-de-rosa, era um dos principais críticos da prova. A 12 de Abril de 1929, por exemplo, não utiliza palavras meigas para classificar o torneio: «Mal chegou ao nosso poder esse regulamento-aborto que dirige o campeonato nacional de football, protestamos imediatamente e logo nos declaramos contrários a semelhante doutrina. Não criticamos, bem entendido, o regulamento actual - se o football português pudesse apresentar - como sucede no país vizinho - uma igualdade mais ou menos...igual; mas nós estamos longe de chegar a essa situação».
De resto, uma das acusações mais frequentes era a de que o regulamento, da forma como estava feito, favorecia principalmente os clubes de Lisboa, que contavam com vários representantes no torneio. «Possuindo maior número de clubs, com valor equilibrado entre si, está sempre em circunstâncias vantajosas; mesmo que veja eliminados 2 ou 3 concorrentes, lá tem os restantes para apresentar em campo, de maneira a continuar tentando a sorte». Ao Campeonato de Portugal, continua o «Sporting», deveria poder concorrer apenas o campeão e o vice-campeão de cada distrito.
Para além de criticar o número excessivo de representantes de Lisboa, o «Sporting» levanta suspeições sobre a forma como decorre o sorteio e sobre a nomeação dos árbitros: «E, a acrescentar a essa condição há ainda uma outra - muito curiosa: sempre ou quase sempre, os melhores clubes lisboetas jogam em suas casas, ganhando assim sobre o adversário uma vantagem formidável. (...) De resto, os sorteios, cheios de «maravilhosas coincidências», não são de molde a convencer-nos, como também não estamos de acordo com a distribuição dos árbitros».
«Guerra ao aborto!» - proclama, em letras grandes, o «Sporting». O aborto, aqui, era o Regulamento do Campeonato de Portugal. Ou «o monstrosinho», como lhe chama em 21 de Junho.
Uma opinião contrária tinham os jornais da capital relativamente aos representantes de Lisboa. Que não, dizia Ribeiro dos Reis em «Os Sports» de 30 de Julho de 1928. «O actual sistema não favorece a capital. Presta justiça ao seu verdadeiro valor, o que é um pouco diferente». Parece-lhe óbvio que a qualidade das equipas de Lisboa está muito acima das da «província» e que o quarto ou quinto classificado do Campeonato de Lisboa é melhor do que o campeão da maior parte dos distritos.
 
M

Mike_Walsh

Guest
(continuação)

A polémica estala entre ele e Luís Martins, que escrevia no «Sporting» e que mais tarde iria escrever em «Os Sports». «Dedique-se o sr. Ribeiro dos Reis a perguntar a todas as associações do país, excepto à de Lisboa, bem entendido - a maneira como eles apreciam o actual regulamento, e verá qual a resposta».
Entretanto, em Espanha, em 1928, começaram a disputar-se os Campeonatos das Ligas após uma extensa modificação dos regulamentos. «Os Sports» dão destaque à fórmula competitiva encontrada no país vizinho, que «pode trazer quaisquer indicações aos nossos legisladores», até porque «também entre nós se está pensando em remodelações».
A comparação com os restantes países europeus era cada vez mais óbvia. Contrapunha-se o elitismo e conservadorismo da única prova portuguesa existente com o dinamismo das suas congéneres espanhola, francesa e inglesa. É certo que eram realidades incomparáveis, diz a maioria, mas Urgel Horta, que deixara de ser presidente do Porto há pouco tempo, vai mais longe. Em entrevista a «Os Sports» de 21 de Junho de 1929, levanta a hipótese de se organizar uma competição à parte da que já existe: «Podiam distinguir-se os fortes dos fracos num campeonato à parte». O primeiro alvitre daquilo a que futuramente se chamaria Campeonato das Ligas.
O Campeonato de Portugal, esse, perdera parte do fulgor inicial. Os «tomba-gigantes» praticamente tinham deixado de existir, já que as eliminatórias a duas mãos assim o determinavam. O «sorteio» agrupava os mais fortes contra os mais fracos. Por outro lado, a Final tinha deixado de correr pelo país e fixara-se sempre nas cidades do costume – Lisboa, Porto ou Coimbra. Os finalistas eram quase sempre os mesmos.
Definitivamente, a prova não respondia às necessidades de desenvolvimento do futebol português. Ao fazerem o balanço de 1932, «Os Sports» consideram que foi um ano pobre. Apenas o Campeonato de Portugal despertou algum interesse, mas mesmo assim não muito. Solução? «A regularidade na disputa dos campeonatos é um elemento valiosíssimo para a revelação de jogadores e de clubs. Restabelecê-las, portanto, em Lisboa, principalmente, mas um pouco por toda a parte, é a medida a adoptar.»
Silvestre Rosmaninho, árbitro, vai mais longe do que qualquer um. Na «Stadium», enquanto representante das Ilhas no Congresso da Federação, defende a remodelação do calendário futebolístico português. Entre várias alterações aos campeonatos Regionais e ao Campeonato de Portugal, defende «a formação de um Campeonato da Liga, à margem do Campeonato Nacional, em que tomariam parte os vinte melhores teams portugueses, agrupados, segundo o seu valor, em duas divisões – 1ª e 2ª, com dez grupos cada. Taxativamente, cada ano, o último classificado da 1ª Divisão trocaria o lugar com o primeiro da 2ª Divisão. Seria uma competição à margem do Campeonato Nacional, como disse, que interessaria às principais associações do país.» 
A necessidade de se alterar o quadro competitivo português é agora incontornável. «Nesta época já apareceu alguma coisa em projecto, mas era matéria tão pobre que «morreu» sem experiência, felizmente! Este ano, como se sabe, ainda ficaremos disputando pelo processo anterior, mas na próxima época os legisladores da FPFA dar-nos-ão uma demonstração grandiosa dos seus conhecimentos», ironiza Mário de Carvalho, dirigente do Académico do Porto em entrevista a «Os Sports» de 13 de Janeiro.
São várias as propostas que vêm a público nessa altura. Como a de Cândido de Oliveira, que defende a reformulação do Campeonato de Portugal, então completamente desfasado da realidade do nosso futebol. Embora a realidade do campeonato de Espanha, reconhece, também não se adapte. Propõe então uma competição preparatória, onde estejam isentos os clubes de Porto, Lisboa e Setúbal; e uma competição de honra com os melhores. Para propaganda do futebol, propõe um novo campeonato inter-associações.
Tanto tempo depois, o jornal «Sporting» continuava ainda às voltas com o Regulamento do Campeonato de Portugal. Fora nomeada pelo Congresso da Federação Portuguesa de Football Association uma Comissão para estudar os novos regulamentos, mas ainda nem sequer tinha tomado posse: «Os torneios regionais avançam, o tempo passa e a tarefa está por fazer, muito embora todos reconheçam a necessidade imperiosa de substituir o actual sistema de campeonato por outro mais amoldado às condições do nosso futebol.»
 
M

Mike_Walsh

Guest
(continuação)
A seguir à derrota de 9-0 com a Espanha em Chamartín, em 1934, percebeu-se que o Campeonato de Portugal não servia para nada. Meia dúzia de jogos durante a época não dava aos jogadores qualquer tipo de possibilidade de se manterem em forma para os jogos da Selecção. E é quando Ricardo Ornelas propõe a realização de um Campeonato da Liga à semelhança do que acontece nos outros países:
«O que urge é remediar o quanto antes as coisas, modificando a organização do nosso foot-ball de forma a estabelecer-se o sistema mais fundamental para o progresso dos nossos jogadores. A formação dum Campeonato de Liga Nacional, em que entrassem clubs de todo o país, entre as associações de Lisboa, Porto, Setúbal, Coimbra e Algarve, seria a resolução ideal a tomar. E não se pense que os clubs que não fizessem parte dessa Liga Nacional ficariam votados ao abandono e impossibilitados de praticar; para esses seria, por enquanto, reservado o campeonato regional e, mais tarde, quando as possibilidades o comportassem, organizar-se-ia uma Segunda Divisão, em duas «poules», por exemplo, uma da parte norte do país e outra da parte sul. Entretanto, os campeões dos torneios regionais teriam entre si uma «poule» especial, cabendo ao vencedor o direito de disputar com o último da Liga nacional o seu direito de entrada na Liga; seria, até, talvez, mais desportivo, que o vencedor da «poule» dos campeões regionais entrasse de direito na Liga e o último classificado fosse relegado para o seu Campeonato Regional.
A ocasião é única e excelente e quem se interesse pelo progresso do nosso futebol não pode deixá-la fugir. Há necessidade imprescindível de criar uma Liga nacional, que reúna os melhores clubs do país, numa prova equilibrada, que interesse de norte a sul, que forneça recursos financeiros aos clubs, que atraia público aos campos de jogos e que permita uma preparação cuidada e metódica dos jogadores, a par duma competição regular que mantenha a sua boa «forma» e seja a garantia segura dos progressos do jogo.»
«Um campeonato da Liga - Queremos novidades!» - proclama Carlos Silveira, o director da «Stadium», a 28 de Março. Considerando a nova prova «uma necessidade do futebol nacional», elenca uma dúzia de clubes que, em seu entender, dariam boa conta de si. Estavam entre eles Porto, Académico, Boavista e Salgueiros; Benfica, Sporting, Belenenses, União e Carcavelinhos; Vitória de Setúbal e Barreirense; e o Olhanense. Todos eles garantiriam jogos renhidos e podiam atrair público aos campos de futebol. Continuariam a disputar-se os Campeonatos Regionais, sendo que o último da Liga daria o seu lugar ao primeiro dos Regionais.
 

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Mike_Walsh disse:
« HÁ QUE ACABAR COM OS CAMPEONATOS DAS LIGAS E SUBSTITUIR O CAMPEONATO DE PORTUGAL DAS JORNADAS EM SUCESSIVAS ELIMINAÇÕES, POR UM CAMPEONATO DE MAIOR RIGOR E REGULARIDADE PELO SISTEMA DE «POULE» EM DUAS VOLTAS"."»

Mas não se acabou com os campeonatos das ligas, foi decidido dar-se-lhe continuidade!
[member=13074]Mike_Walsh[/member] Não levo nada a mal, mas se me permites gostaria de tentar explicar o meu ponto de vista e aquilo que aprendi ao ler diversos textos e artigos.

Começo por esta parte que citaste. O que diz ali em cima, é que havia que acabar com os campeonatos das ligas porque existiam em modo experimental, e substituir o formato do campeonato de Portugal, por esse em formato de liga, onde se apurasse o campeão de Portugal, ou campeão nacional. Esse novo campeonato, seria o campeonato nacional da I divisão, a partir de 1938/39 a prova oficial de onde saíra o clube campeão nacional. Como já havia sido testado o formato de forma bastante satisfatória, era só avançar. Dar-lhe uma componente oficial, mudando os estatutos da FPF, e voilà.

Eu percebo, e já reparei que o Campeonato do Portugal era uma prova contestada, pelo seu modelo, pelo seu regulamento, por ser fechada e elitista. As pessoas não gostavam dessa forma de competir, e claramente estavam, já na década de 1920, a tentar arranjar uma outra competição, à imagem do que acontecia um pouco pela Europa fora. O modelo em liga era claramente mais apelativo, e competitivo. Tudo certo!

Só que há um pequeno pormenor: O facto de ser uma prova contestada, não fazia dela uma prova não oficial, nem uma competição de onde não saía o campeão de Portugal. Bem pelo contrário. Era oficial, e o seu vencedor era proclamado campeão português!

Ou seja, isto é uma questão de regulamentos e estatutos da FPF. A contestação era grande de muitos e variados quadrantes, mas a verdade é que oficialmente, era a forma de se encontrar o campeão nacional. Para isso ser mudado, tinham de se remodelar estatutos. Essa remodelação só acontece em 1938.

Claro que quem, desde muito cedo, estava contra, e depois de se experimentar pela 1ª vez o campeonato da liga em 1934, e se aperceberem do seu sucesso desportivo e económico, continuou, e cada vez com mais veemência, a descredibilizar o Campeonato de Portugal, fazendo crer que quem vencia o campeonato da liga era o campeão nacional. Mas isso é falso! Apoiavam-se também muito no facto de que noutros países europeus quem vencia a liga era o campeão do país. Mas isso era porque lá, os estatutos permitiam que os seus vencedores fossem reconhecidos como tal.


Mike_Walsh disse:
Mas é disso que estamos a falar, de encurtar distâncias em termos de títulos?
Ou seja, não interessa a verdade histórica, interessa é encurtar distâncias? Fazer como eles, que queriam a todo o custo meter nas contas a Taça Latina, o que não tinha qualquer cabimento?
E supõe que o Benfica caía em desgraça e a certa altura a luta pelo maior número de títulos era entre nós e o Sporting. Aí já íamos lutar pelo reconhecimento do primeiro Campeonato, porque nós tínhamos e eles não?
Por estas e por outras é que a História é «a puta mais deslavada e mais maltratada de que há memória». Porque, desde que há memória, cada a um a usa da forma que mais lhe convém.
Pelo menos para mim não é uma questão de encurtar distâncias, mas sim uma forma de pugnar pela verdade.
Já que falas em Taças Latinas, há uma certa semelhança com os Campeonatos da Liga, mas não uma semelhança completa.
 
A Taça Latina não era oficial, e por esse motivo não pode ser contabilizada como troféu oficial. Os campeonatos da liga serviam apenas para apurar equipas para o campeonato de Portugal, e quando terminavam, os seus vencedores eram campeões da liga, campeões daquela competição, mas não campeões de Portugal. Segundo sei, passaram rapidamente a ser considerados oficiais, o problema é que não era através do campeonato da liga que se encontrava o campeão nacional. Como competição oficial deve ser tida em conta, mas não como titulo de campeão nacional. Se repararmos, é exactamente o que acontece com os campeonatos de Portugal. Contam como titulos oficiais, mas não como titulos de campeão nacional. É curioso, de facto! A importância que foi dada a uma e outra competição está revertida.

A talho de foice, era interessante perceber as motivações de quem quis dar à força, a essa competição, um caráter oficial em termos de titulo de campeão de Portugal, quando não havia razão para tal. Depois de se mudar os estatutos, sim, mas enquanto isso não aconteceu, é um abuso referirmo-nos aos campeões da liga, como campeões nacionais.

 

Philipp

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25 Janeiro 2015
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  • José Mourinho
Em relação aquele tema do investimento do Sporting em andebol em que já contrataram 5 jogadores de craveira internacional é preciso dizer que esse investimento não se ficará pelo andebol.

Também vão investir imenso no Hoquei Patins e no Futsal.

Isto é interessante porque parece-me claro que tanto investimento não pode partir apenas das receitas das quotas ou de simples patrocínios entre portas.

Será que é uma estratégia de investimento ao estilo Blitzkrieg e que nos anos posteriores haverá um forte desinvestimento? De onde vêm estes fundos inesgotáveis para as modalidades? O Soares Franco, o Bettencourt e o Godinho Lopes, tão ligados à banca portuguesa não conseguirem coisas destas e o BdC, um pequeno empresário e sem grandes conhecimentos, consegue?
 

Tribuna
2 Março 2016
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Já há uns tempos que reparo que os adeptos do sporting roubam os cânticos todos aos adeptos do FCP/ Super Dragões..

e depois dizem que é ao contrário...que nós é que copiamos...

 

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2 Março 2016
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Philipp disse:
Em relação aquele tema do investimento do Sporting em andebol em que já contrataram 5 jogadores de craveira internacional é preciso dizer que esse investimento não se ficará pelo andebol.

Também vão investir imenso no Hoquei Patins e no Futsal.

Isto é interessante porque parece-me claro que tanto investimento não pode partir apenas das receitas das quotas ou de simples patrocínios entre portas.

Será que é uma estratégia de investimento ao estilo Blitzkrieg e que nos anos posteriores haverá um forte desinvestimento? De onde vêm estes fundos inesgotáveis para as modalidades? O Soares Franco, o Bettencourt e o Godinho Lopes, tão ligados à banca portuguesa não conseguirem coisas destas e o BdC, um pequeno empresário e sem grandes conhecimentos, consegue?

Duvido muito que não gastem dinheiro da Sad/Futebol...

É por causa do novo pavilhão...o objectivo, supostamente, é ganhar tudo no 1º ano do pavilhão.
 

Villas

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bé disse:
Já há uns tempos que reparo que os adeptos do sporting roubam os cânticos todos aos adeptos do FCP/ Super Dragões..

e depois dizem que é ao contrário...que nós é que copiamos...
Ainda os vamos ouvir a entoar o hino do FCP
 

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2 Março 2016
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Já agora, aquela historia de reclamarem mais 4 campeonatos até faz sentido.

Nós também ficávamos com mais 3.

vê-se perfeitamente que foi uma artimanha do regime para aumentar a distância para os outros.

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"Não.

Eles abdicam dos 3 títulos de campeão nacional que ganharam em 1930, 1931 e 1935, substituindo-os directamente pelas 3 ligas experimentais que ganharam em 1936, 1937, 1938. Assim mantêm o seu número de títulos intacto, obrigando os outros perder todos os títulos entre 1922 e 1938.

Essas ligas experimentais ficaram expressamente definidas como não apuradoras do campeão nacional. Inclusive alguns clubes usaram-na para rodar jogadores.

Numa era em que Sporting, Porto e Belenenses eram um pouco mais fortes e o Benfica não conseguia o título, o simpático recreativo apostava tudo nessas ligas experimentais que se tornaram em competição talismã para si e o Benfica ficou conhecido como o "campeão das ligas".

A euforia benfiquista foi tanta que começou a dizer que essas ligas é que deveriam contar e foram pressionando até que a federação cedeu e apagou do quadro de honra todos os títulos até 1938, incluindo as ligas experimentais. Em 2005 o Benfica/Liga recuperaram as ligas experimentais mas o apagão do Campeonato de Portugal entre 1922 e 1938 continua a ser assunto tabu e único na Europa.

Os únicos clubes que sempre protestaram foram Olhanense e Marítimo. No pontificado do Vilarinho das Ilhas, contudo, o Marítimo não voltou a tocar no assunto."
 
M

Mike_Walsh

Guest
Fil disse:
[member=13074]Mike_Walsh[/member] Não levo nada a mal, mas se me permites gostaria de tentar explicar o meu ponto de vista e aquilo que aprendi ao ler diversos textos e artigos.
...
A talho de foice, era interessante perceber as motivações de quem quis dar à força, a essa competição, um caráter oficial em termos de titulo de campeão de Portugal, quando não havia razão para tal. Depois de se mudar os estatutos, sim, mas enquanto isso não aconteceu, é um abuso referirmo-nos aos campeões da liga, como campeões nacionais.
Há opiniões e opiniões e a tua parece-me fundamentada. Já vi por aí muitas mentiras - até há quem tenha acabado de dizer que na Liga os clubes aproveitavam para rodar jogadores, o que é completamente mentira - que têm como único objectivo tentar encurtar distâncias em títulos nacionais. Se em vez de 1 Campeonato da Liga o Porto tivesse 2 ou 3, isto nunca seria uma questão para toda essa gente. Não me parece ser o teu caso e por isso te louvo.
Embora não concorde minimamente contigo. Li todas as páginas de todos os jornais desportivos (todos, os do Porto e os de Lisboa) desde 1930 até 1940. Fiquei como uma visão mais ou menos correcta, penso eu, do futebol português nesse período.
E o que me parece muito claro é que o Campeonato de Portugal já estava em decadência completa antes ainda de aparecer o Campeonato da Liga. Não servia para nada e não interessava a ninguém. Tanto que quando surge o Campeonato da Liga, na sequência da derrota dos 9-0 com a Espanha, o sucesso é absoluto e o Campeonato de Portugal, que já estava em decadência, caminha para o seu estertor.
Obviamente, o Campeonato da Liga ganhou supremacia total desde o primeiro minuto. É natural, uma prova em que todos jogavam contra todos a duas voltas, que movimentava clubes de todo o país e que durava vários meses não se podia comparar a uma prova a eliminar que durava 4 domingos e que era extremamente restritiva.
O Campeonato Nacional, em 1938, apenas mudou os nomes das competições de forma a ficar claro o que já era claríssimo há 4 anos: o Campeão da Liga era o Campeão Nacional, o Campeonato de Portugal era uma prova menor.
É que, por mais que procurem, não encontram uma única diferença - uma única - entre o Campeonato da Liga e o Campeonato Nacional. A não ser o nome.
Isto, de forma totalmente isenta, é o que eu acho, embora aceite outras opiniões, como a tua, desde que devidamente fundamentadas, como foi o caso.
De forma menos isenta, direi que, como portista, tentar menorizar os Campeões Nacionais de 1934/35 é muito triste. Fomos Campeões Nacionais nesse ano e foi uma das vitórias mais lindas e mais sofridas da nossa história. Foi sofrer até ao fim e foi uma loucura a forma como a população do Porto recebeu os campeões.  Uma vitória para recordar, não para querer omitir.