Covid-19

Calabote

Mestre e doutor em eng. de tecidos e neurociencias
30 Junho 2016
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  • Fernando "Bibota" Gomes
Vlk disse:
Por acaso continuam a trabalhar e muito com os especialistas e investigadores nacionais na área. E têm baseado quase todas as suas decisões nas indicações deles. Agora, nem a DGS toma decisões políticas nem o Ministério da Saúde tem poder para enfrentar sozinho outros ministérios com muita força (isto nada tem a ver com as manifestações políticas ou religiosas que são fait-divers, mas sim com a "reabertura").
Eu sei, trabalho nessa área, e muitas vezes com a DGS.

A DGS submeteu se a vontade política, e a ministra da saúde, bem, de certeza que temos ministra da saúde?
 

slowboy

Tribuna Presidencial
18 Julho 2006
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1
  • José Maria Pedroto
https://twitter.com/slvdrmalheiro/status/1256976910686527488?s=20

Isto também não foi uma mudança de discurso?
Afinal o gajo de Ovar tinha razão.
 

dragao86

Tribuna Presidencial
20 Outubro 2014
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Estas conferências de imprensa já (?) começam a ser autênticos números de circo quando começam a fazer os truques de contorcionismo, malabarismos e coise. A de ontem com os peregrinos e celebrantes e depois estes "afinamentos" é digno de sketches dos Monty Python.
 

Oliveira

Superior
8 Setembro 2016
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slowboy disse:
https://twitter.com/slvdrmalheiro/status/1256976910686527488?s=20

Isto também não foi uma mudança de discurso?
Afinal o gajo de Ovar tinha razão.
E o que é que isto muda em termos práticos?
 

slowboy

Tribuna Presidencial
18 Julho 2006
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  • José Maria Pedroto
Oliveira disse:
E o que é que isto muda em termos práticos?

Que os números da DGS por conselho são pouco precisos e os números apresentados pela câmara que nunca batem certos com os da DGS são os mais correctos.

Basicamente é isso. Mas tenho a ideia que o discurso nem sempre foi esse, que era por atrasos a reportar os dados e diferentes fontes, mas que não havia inconsistências.

 

Oliveira

Superior
8 Setembro 2016
92
36
slowboy disse:
Que os números da DGS por conselho são pouco precisos e os números apresentados pela câmara que nunca batem certos com os da DGS são os mais correctos.

Basicamente é isso. Mas tenho a ideia que o discurso nem sempre foi esse, que era por atrasos a reportar os dados e diferentes fontes, mas que não havia inconsistências.
Na prática, quem está doente, está sinalizado e está a ser seguido como deve ser. Quem está em internamento continua.  Nada muda a não ser que o panorama ainda pode ser melhor do que já é (sem interpretar mal esta frase calma).

Se há coisa que me irritou nisto tudo é a postura deste Salvador Malheiro. Para mim, nada daquilo que um líder deve fazer.
 

slowboy

Tribuna Presidencial
18 Julho 2006
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  • José Maria Pedroto
Oliveira disse:
Na prática, quem está doente, está sinalizado e está a ser seguido como deve ser. Quem está em internamento continua.  Nada muda a não ser que o panorama ainda pode ser melhor do que já é (sem interpretar mal esta frase calma).

Se há coisa que me irritou nisto tudo é a postura deste Salvador Malheiro. Para mim, nada daquilo que um líder deve fazer.
Mudar a informação altera as decisões que tomas. Aliás o Rui Moreira falou disso no Sexta ás 9, porque podes tomar decisões diferentes por região, dependendo da informação que tens. E da importância da mesma.


Vou-te dar um exemplo, no meu conselho é a diferença entre teres 0 mortes e x casos, para ter 2 mortes e o dobro dos casos. Pode mudar o tipo de acções que tomas.
 

Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
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Lisboa
slowboy disse:
Mudar a informação altera as decisões que tomas. Aliás o Rui Moreira falou disso no Sexta ás 9, porque podes tomar decisões diferentes por região, dependendo da informação que tens. E da importância da mesma.


Vou-te dar um exemplo, no meu conselho é a diferença entre teres 0 mortes e x casos, para ter 2 mortes e o dobro dos casos. Pode mudar o tipo de acções que tomas.
Não não muda. É mais do que evidente por todos os outros exemplos da contabilização a nível mundial que aquilo que verdadeiramente interessa são os números de doentes internados e em UCIs e as variações globais nos números de infectados. Não é o valor absoluto, que tal como tem sido admitido em todo o lado, pela natureza do processo de recolha de dados, NENHUM país está a publicar correctamente.
 

Mr.Ribeiro 46

Tribuna Presidencial
26 Julho 2016
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slowboy disse:
https://twitter.com/slvdrmalheiro/status/1256976910686527488?s=20

Isto também não foi uma mudança de discurso?
Afinal o gajo de Ovar tinha razão.




Esse descobriu a pólvora.
 

Oliveira

Superior
8 Setembro 2016
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slowboy disse:
Mudar a informação altera as decisões que tomas. Aliás o Rui Moreira falou disso no Sexta ás 9, porque podes tomar decisões diferentes por região, dependendo da informação que tens. E da importância da mesma.


Vou-te dar um exemplo, no meu conselho é a diferença entre teres 0 mortes e x casos, para ter 2 mortes e o dobro dos casos. Pode mudar o tipo de acções que tomas.
Em parte dou-te razão.
Eu concordo com o que o Rui Moreira, que as informações deviam ser dadas mais detalhadamente. Para que possam tomar outras medidas! Cuidado que no exemplo que dás, não faz sentido as mortes alterarem.

Minha opinião:
Que diferença faz, a população saber que há 20000 ou 22000? Se de facto não alterar muito a grandeza dos números.

Desabafo:
Custa-me ver tanta perseguição para provar que as coisas estão a ser mal feitas cá, quando tirando nós, valorizam o que fazemos. Temos sempre de nos deitar abaixo?
 

Oliveira

Superior
8 Setembro 2016
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Mr.Ribeiro 46 disse:




Esse descobriu a pólvora.
Teve uma postura horrível nisto tudo. A constante chamada de atenção para ele nas redes sociais. É isto que um líder responsável deve fazer?
 

slowboy

Tribuna Presidencial
18 Julho 2006
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  • José Maria Pedroto
Vlk disse:
Não não muda. É mais do que evidente por todos os outros exemplos da contabilização a nível mundial que aquilo que verdadeiramente interessa são os números de doentes internados e em UCIs e as variações globais nos números de infectados. Não é o valor absoluto, que tal como tem sido admitido em todo o lado, pela natureza do processo de recolha de dados, NENHUM país está a publicar correctamente.
Que os números são uma estimativa parece-me claro (até o das mortes). Mas existirem diferentes fontes da verdade sobre o mesmo lugar geográfico e diferentes explicações sobre essas diferenças de números ao longo do tempo, parece-me uma trapalhada. E já vamos com 2 meses disto. Não sei se isso é assim noutros países.

Mesmo que todos os números sejam estimativas, não deixam de serem importantes factors de decisão e já deviamos ter chegado a um modelo para uniformizar esses números a nível nacional.

 

Devenish

Tribuna Presidencial
11 Outubro 2006
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Porto
  • Reinaldo Teles
  • Março/19
Não sei se alguém na tv, já não recordo o canal, dias atrás víu uma reportagem em direto via skype com 3 irmãs e um irmão todos portugueses mas a morarem em diferentes Países Europeus. O homem daqueles 3 irmãos tinha tido covid-19 em Inglaterra e pelo telefone pedíu informações como tratar-se e também um teste - foi-lhe negado tendo sido dito que os testes eram apenas para os casos mais críticos ou seja com entradas nos hospitais.
Já estava bom quando falou mas será que entrou para as estatísticas de covid-19 do Reino Unido?
 

Mary Antas

Tribuna
20 Abril 2018
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slowboy disse:
Que os números são uma estimativa parece-me claro (até o das mortes). Mas existirem diferentes fontes da verdade sobre o mesmo lugar geográfico e diferentes explicações sobre essas diferenças de números ao longo do tempo, parece-me uma trapalhada. E já vamos com 2 meses disto. Não sei se isso é assim noutros países.

Mesmo que todos os números sejam estimativas, não deixam de serem importantes factors de decisão e já deviamos ter chegado a um modelo para uniformizar esses números a nível nacional.
O Sinave Med tem as notificações com a informação completa, mais não seja com o número do utente que depois dá acesso ao resto.

Já as notificações do Sinave Lab, muitas vezes, não chegam com a informação completa, como a localização por exemplo. E é depois com a articulação com as autoridades regionais e locais que se obtém o resto da informação e se actualiza a tabela dos concelhos. Só que nem sempre é tão rápido quanto o desejável.

Desde o início que dizem que os dados dos concelhos não estão completos em cada boletim e que há atrasos e desfasamentos. Nunca esconderam isso. Não percebo mesmo o comportamento "ah-ah eu sabia" de alguns autarcas. Rebentou a dinamite e descobriam a pólvora.

Acresce a circunstância de algumas pessoas estarem registadas num sítio e residirem noutro. Eu por exemplo estive mais de um ano no Porto mas a ter de ir ao centro de saúde em Gaia até arranjar vaga.

Temos problemas na recolha de dados porque temos um sistema (Sinave) pouco moderno e prático, e que não estava de todo preparado para uma utilização tão intensiva. Podes ir melhorando aos poucos, mas dificilmente consegues fazer a reforma total e necessária enquanto decorre a pandemia.
É uma lição para o futuro, até porque se continuarmos com esta relação altamente abusiva com a natureza não tardará muito nova epidemia.

Mas, ao contrário do que se supunha, nada impede as autarquias de se informarem com as ARS.

Quanto aos óbitos, suponho que estejas a falar das pessoas que morrem com covid-19 sem ninguém saber que tinham a doença, porque a notificação das mortes está incluída num sistema diferente, esse sim prático e automático. Não são números estimados, assim como não são internamentos e UCI.
 

ixnay

Tribuna
22 Julho 2006
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PR: "A minha ideia do 1º de maio era mais simbólica e restritiva e não desta dimensão e neste número"
O Presidente da República diz que tinha ideia de “uma cerimónia mais simbólica” e “mais restritiva” do 1º de maio do que aquela que aconteceu esta sexta-feira na Alameda, em Lisboa.

“Quando pensei na regra, pensei numa cerimónia mais simbólica, tive uma interpretação mais retsritiva”, admitiu Marcelo Rebelo de Sousa em entrevista em direto à rádio Montanha, nas Lajes do Pico. Por telefone, o Presidente disse que a “a interpretação das autoridades sanitárias foi mais vasta do que eu tinha no meu espírito”.

“O máximo que posso dizer, uma vez que respeito as autoridades sanitárias e as forças de segurança e devemos estar unidos nesta altura, era que a minha ideia era mais simbólica e restritiva e não desta dimensão e neste número”
Marcelo a devolver a raquetada da ministra, que tentou lavar as mãos dizendo que permitiram o 1º de Maio porque estava no decreto.
 

nprc

Arquibancada
13 Agosto 2019
305
440
Porto
ixnay disse:
Marcelo a devolver a raquetada da ministra, que tentou lavar as mãos dizendo que permitiram o 1º de Maio porque estava no decreto.
O Marcelo pode devolver a raquetada que queira, mas factualmente foi ele quem revogou a inibição do Direito a reunião e manifestação, sem reservas no decreto-lei que apresentou!

Foi ele, o presidente da república, que abriu a porta aquela fantochada o 1 de Maio.

Para memória futura que deixe de querer sempre a agradar gregos e troianos
 

nprc

Arquibancada
13 Agosto 2019
305
440
Porto
Mary Antas disse:
O Sinave Med tem as notificações com a informação completa, mais não seja com o número do utente que depois dá acesso ao resto.

Já as notificações do Sinave Lab, muitas vezes, não chegam com a informação completa, como a localização por exemplo. E é depois com a articulação com as autoridades regionais e locais que se obtém o resto da informação e se actualiza a tabela dos concelhos. Só que nem sempre é tão rápido quanto o desejável.

Desde o início que dizem que os dados dos concelhos não estão completos em cada boletim e que há atrasos e desfasamentos. Nunca esconderam isso. Não percebo mesmo o comportamento "ah-ah eu sabia" de alguns autarcas. Rebentou a dinamite e descobriam a pólvora.

Acresce a circunstância de algumas pessoas estarem registadas num sítio e residirem noutro. Eu por exemplo estive mais de um ano no Porto mas a ter de ir ao centro de saúde em Gaia até arranjar vaga.

Temos problemas na recolha de dados porque temos um sistema (Sinave) pouco moderno e prático, e que não estava de todo preparado para uma utilização tão intensiva. Podes ir melhorando aos poucos, mas dificilmente consegues fazer a reforma total e necessária enquanto decorre a pandemia.
É uma lição para o futuro, até porque se continuarmos com esta relação altamente abusiva com a natureza não tardará muito nova epidemia.

Mas, ao contrário do que se supunha, nada impede as autarquias de se informarem com as ARS.

Quanto aos óbitos, suponho que estejas a falar das pessoas que morrem com covid-19 sem ninguém saber que tinham a doença, porque a notificação das mortes está incluída num sistema diferente, esse sim prático e automático. Não são números estimados, assim como não são internamentos e UCI.
Parabéns, Mary Antas. É o melhor post deste tópico, que explica de forma clara, como regista os casos COVID-19 em Portugal.

Mas já sabemos que ninguém vai ler. É mais divertido criar moinhos de vento!