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A vitória é, hoje, um hábito para o FCP. De tal forma, que ganhar já não é suficiente, é necessário ganhar com estilo, com arte!
Mas, noutros tempos, muito antes da revolução de Pinto da Costa, ganhar era suficiente e, muitas vezes, miraculoso!
Muitos ainda recordam as 17 temporadas sem vencer o campeonato; porém, cerca de 20 anos antes, foi quebrado um jejum quase tão longo! Essa maravilhosa equipa da segunda metade dos anos 50 conquistou duas vezes o campeonato nacional, mas ficou a dever-nos mais dois títulos! Talvez, sem o talento genial da década de 30 (Waldemar, Pinga, Acácio, Nunes), mas com uma disciplina brasileira (algo louca, por vezes) aliada a muito talento das colónias e um dos maiores jogadores portugueses, esta era a melhor equipa portuguesa da segunda metade da década de 50.
Infeliz, e injustamente, ficaram para sempre associados às vigarices de uma personagem que tudo fez para adulterar e minimizar os méritos de uma equipa de ouro. Não, não foi só no jogo da Luz onde ficou célebre para sempre. Nas duas épocas anteriores já havia minado os esforços de vitória do FCP, primeiro em jogo contra o Sporting, em Lisboa, e na época seguinte expulsando inexplicavelmente Teixeira, na Luz. Aliás, este caso de Teixeira, castigado por 3 jogos e inocentado, depois de cumprido o castigo acrescenta como os poderes instituídos na época tudo fizeram para combater esta fantástica equipa. Também Virgílio, nesta altura, foi vítima de uma medida pioneira (ficou castigado enquanto Caiado não recuperasse)!
Mas, nem só de minas externas se fez esta gloriosa segunda metade da década de 50. Também, internamente, umas das maiores figuras da nossa história (o treinador Yustrich), pago a peso de ouro, caiu vítima de alguma ganância e descontrolo emocional numa digressão pelo Brasil, após a conquista da dobradinha de 1956. Regressou uma época depois, mais calmo (até capaz de perdoar ), mas no calor da luta acabou preso em Coimbra e aos murros com Hernâni (cuja fama também o precedia ). Acabaram os dois castigados, mas quando o treinador e o melhor jogador acabam à porrada, as consequências não podem ser boas!
Mas, afinal, o que se passou que mudou o destino do FCP nesses tempos.
Bom, o contexto era sombrio. O FCP não ganhava um campeonato há 15 anos e, pior, nesse período lutou pelo título duas únicas vezes (e mesmo assim, ao longe)!
No início da época de 1955/56, a direcção contrata Yustrich. Um brasileiro sobre quem muito foi já dito. Em pouco tempo, figuras míticas do histórico recente são dispensadas: Carvalho e Porcel; segue-se o mãos de ferro Barrigana! O percurso inverso fazem dois brasileiros: Gastão e Jaburu. Monteiro da Costa recua no terreno até médio defensivo e Osvaldo Cambalacho e Miguel Arcanjo assumem-se como titulares indiscutíveis.
Foi um percurso quase perfeito. O FCP liderou de princípio a fim e tudo poderia ter ficado resolvido na Luz, não fosse o empate ter surgido já perto do fim, depois de estar a ganhar com um golo de Teixeira. A única derrota surgiu no Jamor contra o Sporting na penúltima jornada. Na última jornada, era preciso vencer, mas o jogo estava difícil. Teve de ser Hernâni a desbloquear (Teixeira marcou mais dois). Ainda se seguiu a Taça, onde Hernâni resolveu as meias-finais e a final. Foi a primeira dobradinha!
Mas, noutros tempos, muito antes da revolução de Pinto da Costa, ganhar era suficiente e, muitas vezes, miraculoso!
Muitos ainda recordam as 17 temporadas sem vencer o campeonato; porém, cerca de 20 anos antes, foi quebrado um jejum quase tão longo! Essa maravilhosa equipa da segunda metade dos anos 50 conquistou duas vezes o campeonato nacional, mas ficou a dever-nos mais dois títulos! Talvez, sem o talento genial da década de 30 (Waldemar, Pinga, Acácio, Nunes), mas com uma disciplina brasileira (algo louca, por vezes) aliada a muito talento das colónias e um dos maiores jogadores portugueses, esta era a melhor equipa portuguesa da segunda metade da década de 50.
Infeliz, e injustamente, ficaram para sempre associados às vigarices de uma personagem que tudo fez para adulterar e minimizar os méritos de uma equipa de ouro. Não, não foi só no jogo da Luz onde ficou célebre para sempre. Nas duas épocas anteriores já havia minado os esforços de vitória do FCP, primeiro em jogo contra o Sporting, em Lisboa, e na época seguinte expulsando inexplicavelmente Teixeira, na Luz. Aliás, este caso de Teixeira, castigado por 3 jogos e inocentado, depois de cumprido o castigo acrescenta como os poderes instituídos na época tudo fizeram para combater esta fantástica equipa. Também Virgílio, nesta altura, foi vítima de uma medida pioneira (ficou castigado enquanto Caiado não recuperasse)!
Mas, nem só de minas externas se fez esta gloriosa segunda metade da década de 50. Também, internamente, umas das maiores figuras da nossa história (o treinador Yustrich), pago a peso de ouro, caiu vítima de alguma ganância e descontrolo emocional numa digressão pelo Brasil, após a conquista da dobradinha de 1956. Regressou uma época depois, mais calmo (até capaz de perdoar ), mas no calor da luta acabou preso em Coimbra e aos murros com Hernâni (cuja fama também o precedia ). Acabaram os dois castigados, mas quando o treinador e o melhor jogador acabam à porrada, as consequências não podem ser boas!
Mas, afinal, o que se passou que mudou o destino do FCP nesses tempos.
Bom, o contexto era sombrio. O FCP não ganhava um campeonato há 15 anos e, pior, nesse período lutou pelo título duas únicas vezes (e mesmo assim, ao longe)!
No início da época de 1955/56, a direcção contrata Yustrich. Um brasileiro sobre quem muito foi já dito. Em pouco tempo, figuras míticas do histórico recente são dispensadas: Carvalho e Porcel; segue-se o mãos de ferro Barrigana! O percurso inverso fazem dois brasileiros: Gastão e Jaburu. Monteiro da Costa recua no terreno até médio defensivo e Osvaldo Cambalacho e Miguel Arcanjo assumem-se como titulares indiscutíveis.
Foi um percurso quase perfeito. O FCP liderou de princípio a fim e tudo poderia ter ficado resolvido na Luz, não fosse o empate ter surgido já perto do fim, depois de estar a ganhar com um golo de Teixeira. A única derrota surgiu no Jamor contra o Sporting na penúltima jornada. Na última jornada, era preciso vencer, mas o jogo estava difícil. Teve de ser Hernâni a desbloquear (Teixeira marcou mais dois). Ainda se seguiu a Taça, onde Hernâni resolveu as meias-finais e a final. Foi a primeira dobradinha!