Eu raramente vou a funerais mas há alguns que nunca falho; são aquelas pessoas com quem convivo no dia a dia e a maior parte nem familiares são.
Só não vou a esses funerais se não souber e tomar conhecimento dias, semanas ou meses depois. Mas fico uma horas, quando sei, a pensar na tal pessoa com quem falava ou convivia no dia a dia ou quando os encontrava.
O último que fui foi o do Manuel do Laço que via quase todos os dias ou porque passava na minha rua, ou eu na dele, ou o via no café, shopping, etc.
Soube no dia da morte dele via internet, não fui ao velório porque não gosto disso (embora tenha que ir alguém) mas no dia funeral lá estava uma hora antes e participei no cortejo e nos minutos antes da cerimónia antes de ser enterrado não me aproximei e fiquei a uma distância conveniente porque não era da família nem boavisteiro mas muitos da minha infância reconheceram-me e vieram falar comigo (sinceramente a maior parte nem sabia quem eles eram mas ao chamarem-me Rui relembrei alguns).
Já um irmão meu que faleceu este ano não fui porque ninguém me avisou, soube dois meses atrás por uma irmã minha - a minha família enfim...e eu também enfim porque talvez nunca tivesse feito a minha parte durante a vida.
Mas aqueles com quem convivo regularmente marcam-me e o desaparecimento deles ou delas sinto uma necessidade de estar presente no dia do seu funeral.
Com isto quero dizer que quem jogava na seleção com ele DEVIA COMPARECER, como compareceram quase todos os do LIverpool com pequenas exceções que só eles poderão explicar ou não explicar - cada um é responsável pelos seus atos.
As desculpas que ouvi ditas por familiares ou amigos ou "avençados" do dito cujo não me convencem e são ridículas mas não o julgo ele é que se julgará a si próprio ou a história o julgará um dia porque ainda anda por cá.