Fernando Pavão (1947 - 1973)

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hast

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PAVÃO chamou se Fernando Pascoal das Neves,

nasceu em Chaves em 1947 e foi um dos maiores futebolistas da sua geração. Era conhecido pelo Pavão e fez se desportista de craveira internacional ao serviço do Grupo Desportivo de Chaves. Pertenceu à escola que fez outros futebolistas nacionais que é justo aqui citar (todos de Chaves): Lisboa, Rendeiro, Melo e Branco. Pavão deu nas vistas e foi contratado pelo F.C. do Porto, onde era vedeta. No dia 16.12.1973, no jogo oficial Porto Setúbal, ao minuto 13, caiu subitamente, para não mais dar sinal de si. Era o capitão da equipa. Quis o destino que o Pavão terminasse a sua carreira desportiva que fora fulgurante, aos 26 anos de idade.

In i volume do \"Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses\".


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Faz hoje 34 anos: Pavão, considerado na época uma das maiores estrelas do Futebol português, «cai fulminado» em pleno Estádio das Antas, durante um jogo com o Vitória de Setúbal. Segundo a versão oficial, o jogador morreu de uma Hemorragia cerebral
 
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1973, a morte de Pavão.

O minuto 13 da 13ª jornada da época 1973/74 foi um dos momentos mais trágicos da história do Estádio das Antas. Nesse dia 16 de Dezembro de 1973 o F.C. Porto jogava em casa com o V. Setúbal. Fernando Pascoal das Neves, conhecido por Pavão (por fintar os adversários de braços abertos) fez mais um dos seus passes de mestre para Oliveira e, inesperadamente, caiu no relvado. Quando entrou no campo para socorrer o atleta, o médico José Santana viu que ele estava em coma; os colegas de equipa e os espectadores não se terão apercebido da gravidade da situação e o encontro prosseguiu. Pavão foi levado para o Hospital de São João, mas apesar de todas as tentativas de reanimação, não foi possível salvá-lo.

Ao intervalo, os altifalantes das Antas procuraram sossegar todos os que se encontravam no estádio, transmitindo a informação de que se tratara de uma congestão, mas os jogadores que estavam no banco de suplentes já sabiam a verdade. No final do encontro, alguém gritou para dentro de campo a trágica notícia. Não se celebrou a vitória e em vez de sorrisos foram lágrimas que se viram no relvado, nos bancos e nas bancadas.

Ficha do jogo:

F.C. Porto-V. Setúbal, 2-0

F.C. PORTO-Tibi; Rodolfo, Ronaldo, Rolando e Guedes; Pavão (Vieira Nunes, 13 m), Marco Aurélio e Bené; Oliveira, Abel e Nóbrega.
Treinador: Bella Gutmann

V. SETÚBAL-Joaquim Torres; Rebelo, Cardoso, Mendes, Lino; Octávio, Matine (Vicente, 60 m), José Maria; Campora (José Torres, 46 m), Duda e Jacinto João.
Treinador: José Maria Pedroto.

Árbitro: Porém Luís (Leiria)
Marcadores: 1-0, Abel, 7 m; 2-0, Marco Aurélio, 25 m.

«Mais Futebol»
 
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hast

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Nasceu em Chaves no ano de 1947. O seu nome completo era Fernando Pascoal das Neves, mas desde cedo lhe puseram a alcunha “Pavão”, porque fintava os adversários com os braços abertos. Deu os primeiros passos no Desportivo local mas ainda com idade de Júnior, António Feliciano, viu nele um talento e levou-o para as Antas. Corria então o ano de 1964. A chamada à equipa principal do F.C.Porto não tardou, chegando com o tempo a capitão e assumindo-se como a estrela da companhia, facto que só perdeu com a contratação do fantástico Cubillas. Pavão era um ídolo para maior parte dos portistas! Diz quem o viu jogar que era um jogador genial dotado de uma visão de jogo impressionante e que só o facto de vestir de azul e branco o impediu de atingir uma maior dimensão a nível da Selecção Nacional de futebol.

No dia 16 de Dezembro de 1973, o F.C.Porto recebia o Vitória de Setúbal, equipa treinada por Pedroto, para a 13ª jornada do campeonato. Aos 13 minutos de jogo, quando o FêCêPê já ganhava e as bancadas estavam em festa já que o Vitória era uma das melhores equipas do campeonato, Pavão faz uma abertura para Oliveira e cai inanimado. Segundo rezam os relatos, ninguém, à excepção do médico do clube, Dr. José Santana, se apercebeu imediatamente da gravidade da situação. O jogador foi transportado de urgência para o hospital onde todas as tentativas para o reanimar não são bem sucedidas. O jogo prosseguiu com informações difusas surgindo via rádio, colocando os portistas presentes no estádio com uma dor no coração. Ao intervalo, aos altifalantes do estádio, apelava-se à calma indicando uma indisposição como razão da ida de Pavão ao hospital. Não se tem a certeza se no início da segunda-parte os jogadores já saberiam do facto consumado, mas o facto é que o jogo decorreu num clima esquisito. No final do encontro, alguém falou ao estádio através dos altifalantes e confirmou a morte de Pavão. Diz quem lá esteve que foram momentos de arrepiar quando um silêncio sepulcral tomou conta de milhares de pessoas ao mesmo tempo que jogadores e técnicos procuravam consolo no colega mais próximo! Foi com toda a certeza, o dia mais triste do Estádio das Antas e um dia que muitos portistas não esquecerão!
Fonte: Wikipédia
 

Kelvin87

Tribuna Presidencial
7 Maio 2007
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870
Gande jogador, grande Dragão, ficará para sempre nas memórias azuis e brancas, é mais um Dragão que ni céu festeja as vitórias do Grande Porto.
 
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hast

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Em Chaves descobrira o F. C. Porto uma vedeta, nos tempos de oiro de Miguel Siska, que, como treinador, ganhara os dois últimos Campeonatos Nacionais da década de 30. Chamava-se Manuel dos Anjos, mas como Pocas se afamaria. Muitos anos depois outra estrela encontrariam os portistas a nordeste, que famosa ficaria, igualmente, pelo apodo — e, sobretudo, pelo modo trágico como deixou o futebol e a vida...
A Fernando Pascoal das Neves ainda ninguém chamava Pavão. Era Nandito. Pequenino mas galhardo, que nos jogos com rapazio de maior idade não deixava os seus créditos por pernas alheias. Eram desafios insólitos, disputados onde houvesse espaço para isso, em que os vencidos teriam, sempre e sem perdão, de dar aos vencedores... dióspiros!
Quando em 1958 terminou a escola primária fez exame de admissão aos liceus, chumbou. O pai decidiu, então, que por castigo iria trabalhar e que só voltaria à escola quando tivesse idade para inscrever-se no curso nocturno. Para empregado de balcão foi. Mas contrariado. Quatro dias trabalhou.
Pavão, como já então todos apodavam, porque tendo peitaça de maratonista gostava de a exibir de braços abertos, vivia na rebeldia solta dos seus 11 anos, abespinhou-se ao ver cliente daquelas a quem nada agrada e tudo deprecia, mofou dela em voz alta, foi de imediato despedido. Era o que queria. Ficou, assim, ainda com mais tempo para os jogos de bola, umas vezes no Canto do Rio, outras no Tabolado, quando o largo nada mais era que um extenso descampado. António Feliciano, a mais famosa das torres de Belém, treinava o Desportivo de Chaves. Como decidira fazer no clube uma escola de jogadores — era paixão que já lhe fervia... — cirandou pela cidade, espiolhando os jogos vadios da petizada, à cata de talentos. Depressa se encantou do jeito de Pavão, levando-o, naturalmente, para a sua escola. Tinha 13 anos.

Ganhar fôlego a correr atrás do carro de Feliciano!

Como contrapartida pela autorização para jogar futebol o pai convenceu-o a matricular-se nas aulas nocturnas do Curso de Aprendizagem do Comércio. O desporto era paixão cada vez mais ardente. Não só o futebol. O atletismo também. Para as corridas pensou inscrever-se nos campeonatos da Mocidade Portuguesa, mas como era aluno nocturno, impediram-no. Jurou que haveria de voltar às aulas diurnas, deitou-se sozinho aos estudos, fez exame do ciclo preparatório, aprovou. Era assim — pertinaz, lutador. Passando a frequentar o Curso Geral do Comércio, nas aulas diurnas, inscreveu-se, então, nas secções de atletismo, de voleibol e de andebol da Mocidade Portuguesa, sem que isso o fizesse abandonar, naturalmente, a prática do futebol.
Existindo uma vaga no cargo de professor de ginástica na Escola Comercial de Chaves, apesar de não possuir qualquer diploma que o habilitasse como tal, António Feliciano conseguiu autorização para preencher essa vaga, com duplo objectivo: podia assim servir os jovens flavienses, ministrando-lhes lições de educação física, de acordo com os seus conhecimentos e experiência e, ao mesmo tempo, conseguia estar mais perto dos seus pupilos, que em grande parte frequentavam aquele estabelecimento de ensino. Tal era o entusiasmo de Pavão e de todos os seus colegas que, quando as aulas terminavam, punham-se todos a correr atrás do automóvel do professor Feliciano, da escola ao estádio! Chamavam-lhe o treino de fôlego. Com esse espírito e com o talento que já revelara, foi sem surpresa que, em 1966, saltou de Chaves para o F. C. Porto. O destino dar-lhe-ia, contudo, pouco tempo para brilhar...

Os mistérios da morte no estádio

Em 1973, para substituir Riera, Américo de Sá contratara Béla Guttmann. Ao minuto 13 da jornada 13 daquele frio Dezembro de 1973, durante o jogo F. C. Porto-V. Setúbal, Pavão estatelou-se no relvado, em estado de coma ficou, num ápice. Conduzido ao Hospital de São João, fizeram-lhe electrochoques, mas hora e meia depois tinha falecido. José Santana, médico portista, admitiu, então, que a tragédia se devesse à «rotura de vaso sanguíneo, talvez em virtude de uma cabeçada na bola».
Mas como o treinador do F. C. Porto era Béla Guttmann — que para além do chazinho, adquirira, ainda nos seus tempos de sucesso no Benfica, fama de dar aos pupilos, antes dos jogos, amiúde escondido na sopa, um comprimido, que jurava serem apenas vitaminas — logo se acastelaram suspeitas. De boca em boca voltou a correr a rábula da mulher de Costa Pereira: em vésperas de um Benfica-Manchester, para a Taça dos Campeões, decidira levar os jogadores ao cinema, mas a caminho da sala surgira-lhe a senhora, descabelada, acusando-o de estar a destruir-lhe o marido com aqueles comprimidos, que lhe faziam as noites brancas, com estranhos pesadelos, estranhas euforias...
Em surdina se haveria de saber que a necrópsia revelara derrames das cápsulas supra-renais, provocados, possivelmente, por uma descarga brusca de adrenalina, produzida em excesso. Porquê a descarga brusca de adrenalina? Isso ninguém explicara, ninguém explicaria...
Tudo isso ia servindo de pábulo para suspeições que se sussuravam um pouco por todo o lado, mas sobretudo pelas congostas da má-língua. Na certidão de óbito se declarava que a morte de Fernando Pascoal das Neves se devera a estenose aórtica congénita, doença que o impediria de jogar futebol e só por negligência continuava a fazê-lo. Ou seja, Alberto José de Almeida, o médico que pela última vez o examinara no Centro de Medicina do Porto, ficava com a espada de Dâmocles sobre a sua cabeça...
Acabou salvo pela Polícia Judiciária, que o ilibaria, rejeitando a hipótese de o falecimento se dever a estenose aórtica. E, estranhamente, para muita gente, a talho de foice, a PJ concluiu que não fora pelo uso de substâncias estimulantes que Pavão morrera. Pelo que se arquivou o processo, mas não se afastaram as cortinas de fumo...
Pavão deixara órfã filha pequenina. O F. C. Porto de Américo de Sá prometeu ajudar a família, que bem precisava, já que todas as economias tinham sido aplicadas num pub, na Avenida Velasquez, mesmo à beirinha do Estádio das Antas, que seria sonho de Pavão que com ele morreria. Ajudou pouco. A mulher empregou-se no Estado, mais por mérito seu que por outra coisa. A filha, Cristina, só teria os estudos pagos quando Pinto da Costa assumiu a presidência do F. C. Porto...

O olho vivo de Pedroto

Corria o ano de 1964 quando a Artur Baeta, responsável pelas camadas jovens do F. C. Porto, chegaram notícias do talento de Pavão, por quem os benfiquistas já se tinham enamorado. Por 300 contos os portistas ganharam a corrida. Um ano depois era promovido à equipa de honra do F. C. Porto, por Flávio Costa. Depressa revelaria excelente técnica e invulgar capacidade táctica, que faziam dele estratego de um tipo de futebol que, por essa altura, se considerava... moderno, inspirado, sobretudo, na escola brasileira dos campeões do Mundo. Para lhe examinar o perfil psicológico em teste de fogo, lançou-o como titular contra o... Benfica. Pavão não se apoquentou, assinando exibição excepcional. Tinha 18 anos. Os elogios talvez o tenham enebriado e a sua chama entrou em tremulina. Flávio Costa sujeitou-o, então, ao sacrifício do banco. Assim estava quando Pedroto regressou às Antas, na ânsia de resgatar o clube do caminho de escolhos e mágoas em que caíra. Bom psicólogo e astuto treinador, recuperou Pavão de um dia para o outro e fez dele a pedra-de-toque da sua aposta, tomando até a ousadia de fazer do mais jovem jogador da equipa seu... capitão.
 
R

Reinaldo

Guest
Jesualdo Ferreira lembrou na sala de imprensa do Estádio do Dragão o «amigo» Pavão, falecido num jogo frente ao V. Setúbal, há 36 anos:

«Gostava de fazer uma referência ao Pavão porque foi um amigo meu, jogamos juntos nos juniores do Chaves e andamos em escolas próximas. O jogo de hoje era propício a esta lembrança porque era semelhante ao encontro em que o Pavão perdeu a vida. Foi frente ao Vitória de Setúbal, numa 13ª jornada, ao minuto treze e em Dezembro. Mas não foi no dia 13, foi no dia 16, gostava de acrescentar isso também. Era um grande jogador.»

maisfutebol
 

jsm

Tribuna
29 Abril 2007
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16
Um dos nosso maiores!Recordo bem esse dia fatídico, como me poderia esquecer dele...Hoje o Professor Jesualdo manifestou toda a sua grandeza de carácter ao lembra-lo.São detalhes que marcam toda a diferença.
 
D

DragaoVerdiano

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Esteve muito bem o Professor. É preciso lembrar sempre os nossos que já cá não estão, sem eles o FC Porto não seria o mesmo.
 

Devenish

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11 Outubro 2006
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Porto
  • Reinaldo Teles
  • Março/19
http://somosporto.forumeiro.com/historia-do-fc-porto-f21/futebol-fernando-pascoal-das-neves-pavao-t598.htm
 
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jovifcp

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foi nas antas, e infelizmente foi o primeiro jogo que o meu pai foi assistir ao vivo, na altura, ainda criança.

RIP
 

Devenish

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  • Reinaldo Teles
  • Março/19
> Timofte 2-3 Comentou:

> o Porto deslocava-se ao bonfim?


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é dos poucos erros do blogue, foi lapso mas vê-se lá que foi por distracção porque mais abaixo ou acima dizem que foi nas Antas.
o outro erro, parcial, foi saber-se no fim que tinha morrido. muita gente, e eu incluído, soubemos logo...é melhor nem recordar.
Tinha eu 20 anos e estava a 1 mês de desertar da guerra colonial fui incorporado à força nesse ano por via de desacatos na Universidade, imaginava lá que vinha o 25 de Abril.