Antes do jogo eu tinha dito que era uma das melhores oportunidades que o FC Porto tinha para quebrar o enguiço em Inglaterra, mas muitos confundiram isso com favoritismo. Algo que o FC Porto nunca seria para este jogo. Era uma boa oportunidade porque estaríamos a jogar contra o Notthingham Forest, não contra o Man United, o Chelsea, o Arsenal, o City, ou o Liverpool. Independentemente disso, a Premier League é um mundo à parte, um mundo onde o último classificado gasta mais em transferências que FC Porto, Benfica ou Sporting.
Depois do jogo também disse que atualmente o FC Porto, e aqui incluo também Benfica e Sporting, é um clube do 3º escalão europeu. Quando digo 3º escalão, não estou a falar de competições, neste caso seria a conference, estou a falar de níveis que separam as equipas. Por exemplo, primeiro escalão são as equipas que normalmente chegam às fases mais adiantadas da Liga dos Campeões e lutam pelo título, Bayern, Real Madrid, Liverpool, City, Arsenal, Barcelona, PSG, Inter... 2º escalão, equipas que normalmente se podem intrometer e competir diretamente com estas, um Atlético de Madrid, um Dortmund, uma Juventus, um Milan, um Nápoles, um Tottenham, o próprio Newcastle atual. Depois há um 3º escalão de equipas que é onde nós estamos. Isto foi agravado por anos de má gestão e de banalização do plantel.
Ontem a vitória do Nottingham seria sempre o resultado normal. Mas seria de esperar um FC Porto diferente, para melhor, talvez mais agressivo, mais corajoso e que pudesse ter chegado mais vezes com mais perigo à frente.
Farioli merece as críticas. Não foi iniciar o jogo com Rosário que equilibrou o meio-campo, não dava para igualar na componente física e o FC Porto necessitava de outras valências que o Pablo não tem como 8. Além disso, depois a saída do Varela (para mim o melhor do FC Porto), em vez do Pablo, cravou um prego no caixão da equipa. A partir daí nunca mais conseguimos sequer ter ascendente no jogo. Nottingham controlou o jogo como quis.