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Pode ter que fazer exames médicos e pode ser que venham com indicação de alguma limitação para a qual precisará de uns meses de treino condicionado e naturalmente que depois terá que passar pela equipa B para ganhar ritmo competitivo
Se o Chico nao falhar em nada da parte dele como funcionario do Porto, o que ate agora nao aconteceu, parece me logico que colocar um Internacional A, vencedor da Liga das Naçoes a treinar com a equipa B teria tudo para correr mal ao Porto.
Como eu disse, há uma grande margem dos clubes nesta matéria. Case in point: Schweinsteiger no United.
Não será um tribunal a decidir se um jogador deve ser titular numa equipa ou se deve fazer parte da mesma. Têm que lhe ser dadas condições para treinar tal como aos demais. Se na A ou na B, se a titular ou na bancada, cabe aos treinadores decidirem.
Nem tenho qualquer dúvida de que se for deliberado, é razão para rescisão. Podia ser difícil de provar mas íamo-nos pôr nas mãos de uma decisão arbitrária que para além de demorar anos pode cair para um lado ou outro.
É difícil provar que meter o Francisco a treinar na B é um castigo injustificado? Era cagativo.
Na primeira parte é impossível, repara que para ele jogar, outro trabalhador ficaria de fora. Esse outro podia rescindir?
Tu achas que um patrão pode prejudicar a carreira de um trabalhador, por não aceitar uma transferência?
Tinha que provar que é um castigo e tinha que provar que foi injustificado. O clube tem muito por onde pegar, num caso desses pode acontecer uma de duas coisas: i) o jogador começa na A e depois, quando acontecer alguma coisa (rendimento inadequado nos treinos), é colocado na B; ii) o jogador é colocado logo na B e depois previsivelmente tem uma conduta desajustada.
Como prova o trabalhador que está a ser prejudicado? Só podem jogar onze de cada vez. Se ele for colocado à parte, acredito que possamos ter chatices, mas se treinar na B aos dias de semana e for para a bancada ao fim-de-semana, não se pode provar que está a ser prejudicado. Vai ele e vão outros. A condição física, técnica e emocional cabe ao treinador avaliar.
Mas nesta situação era difícil justificar que é só uma opção técnica. Todos nós sabemos que seria uma justificação duvidosa. Ou pelo menos ter a certeza que qualquer tribunal decidiria sempre a favor do clube.
