PRESIDENTE APADRINHOU EQUIPA DE GOALBALL
Secção de desporto adaptado ganha mais uma modalidade e clube amplia o seu serviço às pessoas com deficiência visual
O FC Porto tem a partir desta quinta-feira, dia do 124.º aniversário, mais uma modalidade: trata-se do goalball, que se integra na secção de desporto adaptado. É uma modalidade paralímpica direcionada fundamentalmente para cegos e que foi criada em 1946, com o objetivo de reabilitar os veteranos da II Guerra Mundial que tinham perdido a visão joga-se entre equipas de três elementos, num campo com as dimensões dos de voleibol. No âmbito de uma visita ao Museu dos atletas que integram para já a equipa (Fábio Oliveira, Márcio Carneiro, Vítor Caixeiro e Diogo Azevedo) e da treinadora Lara Teixeira, Jorge Nuno Pinto da Costa fez questão de lhes dar as boas-vindas.
Temos muito prazer em ter-vos como atletas. Desejo-vos as maiores felicidades e que desfrutem bem desta possibilidade de jogar no FC Porto, porque nos darão muita alegria. Há 35 anos que temos desporto adaptado e uma das promessas que fiz quando assumi a presidência foi a de que, enquanto estivesse no cargo, o desporto adaptado teria sempre o nosso apoio. É com grande prazer que, no dia em que o FC Porto comemora o 124.º aniversário, damos o pontapé de saída ao goalball, afirmou. O presidente frisou que o clube tem de continuar a ter um serviço a favor daqueles que têm limitações para poder praticar normalmente desporto" e que o objetivo primordial não é conquistar troféus: A nossa principal preocupação é que possam desfrutar do prazer de praticar esta modalidade e serem felizes.
Joana Teixeira, responsável pela secção de desporto adaptado, explicou ao
www.fcporto.pt e Porto Canal que o clube foi desafiado a criar uma equipa por várias entidades, como o Comité Paralímpico de Portugal, Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência e Associação Nacional de Desporto para Deficientes Visuais. Para além disso, estabeleceu-se uma cooperação com a CCD (Casa da Cultura e Desporto dos Trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia do Porto). Abraçámos o desafio da CCD, recebemos alguns atletas e temos vagas para mais. O objetivo é que a CCD possa ajudar o desenvolvimento de mais jovens atletas que um dia podem vir a integrar a nossa equipa, explica. O desafio do goalball foi aceite porque se chegou a um patamar em que os atletas da secção têm cada vez melhores condições e se aproximam de um nível de alto rendimento.
É esse alto nível que os jogadores pretendem alcançar, mesmo que haja outros objetivos. A treinadora Lara Teixeira não esconde a ambição: Queremos ganhar, ganhar, ganhar e sobretudo colocar o maior número de atletas na seleção nacional. Já temos lá um, vamos ver se colocamos os restantes. Outro grande objetivo é que a modalidade cresça em projeção. O Campeonato nacional terá dez equipas, a seleção subiu recentemente ao Europeu B e estamos a precisar de captação de novos atletas e muito treino. Vítor Caixeiro, de 39 anos, olha para a realidade da mesma forma: A nossa equipa vai ser bastante competitiva. Vamos conseguir lutar pelos lugares cimeiros e vamos dar tudo para chegar ao primeiro, mas primeiro teremos de trabalhar muito.
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