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Tomás Bessa 7.º em Lagos com hole-in-one
Tomás Bessa foi o melhor português no 4.º Palmares Classic, o torneio de 10 mil euros em prémios monetários que inaugurou o 4.º Swing do Portugal Pro Golf Tour de 2018/2019, numa prova em que fez o primeiro hole-in-one da sua carreira e arrancou um bom 7.º lugar.
O jogador de Paredes, que vinha de uma recente vitória no Penina, mudou desta vez de ares e mostrou que também pode ter bons resultados num campo completamente diferente, o bem mais aberto e sujeito aos ventos Onyria Palmares Beach & Golf Resort, com deslumbrantes vistas sobre as praias de Lagos.
«O campo estava em ótimas condições, talvez um ou outro green não tão bom mas de modo geral estava muito bom. E estiveram dois dias de sol, mas muito ventosos, em especial o primeiro dia», disse Tomás Bessa à Tee Times Golf, em exclusivo para Record.
Essas condições de jogo mais complicadas fizeram com que os resultados fossem mais baixos do que nas três vezes anteriores em que este circuito passou por este campo desde novembro, à exceção, obviamente, de um certo norte-irlandês que está habituado a jogar nestas condições
Falamos de Michael Hoey, apenas o campeão do Open de Portugal de 2009 no ventoso Oitavos Dunes em Cascais, vencedor do Alfred Dunhill Links Championship em campos links escoceses, onde o raro é não ventar, e primeiro classificado no Madeira Islands Open de 2011 no Porto Santo Golf, outro percurso caracterizado pelo vento.
Michael Hoey, com cinco torneios do European Tour, é a prova de que o Portugal Pro Golf Tour tem vindo a ganhar prestígio internacional, sendo encarado como uma excelente preparação para os circuitos principais, numa altura em que não é fácil jogar na Europa por razões meteorológicas.
«Sim, neste torneio a lista de inscritos, para além de ter sido maior (77 participantes) estava mais forte do que nos anteriores. Contou com a presença de antigos vencedores no European Tour, membros do European e do Challenge Tour, assim como muitos outros com bastante qualidade que competem em circuitos satélite como o Alps Tour, o PGA EuroPro Tour e o Pro Golf Tour», confirmou Tomás Bessa.
Mas mesmo num torneio tão rico de valores, só mesmo Michael Hoey pareceu não sentir o vento e venceu à vontade com 134 pancadas, 10 abaixo do Par dos percursos Praia e Alvor, após voltas de 70 e 64, para garantir o prémio de 2 mil euros.
Ganhou com uma vantagem clara de 5 pancadas sobre Paul McBride (71+68), o vencedor do anterior torneio do Portugal Pro Golf Tour e o melhor jogador deste circuito no mês de janeiro, que embolsou 1.300 euros.
Mas a presença de craques não intimidou Tomás Bessa, que sente-se confiante. «Mesmo com um field assim, o objetivo é claramente ganhar. E embora tenha terminado no 7.° lugar, fiquei bastante satisfeito, pois consegui recuperar e subir várias posições com o resultado do segundo dia», declarou o jogador da Cigala, após voltas de 74 e 67, para um agregado de 141 (-3), que lhe assegurou 500 euros.
Tal como Michael Hoey, o Brooks Koepka português veio de trás, pois terminara a primeira volta no 27.º lugar, galgando dez posições em apenas 18 buracos.
Será que necessitou de tempo para adaptar-se ao seu novo taco preferido, dado que tinha partido o driver no torneio anterior em que foi 2.º classificado?
«Não, a Ping enviou-me um driver novo, tal e qual o meu, em apenas 48 horas. Foram impecáveis e super profissionais comigo. Estou-lhes muito grato por tudo o que tem feito por mim e pela maneira como me têm tratado», respondeu. A razão prendeu-se mais com as condições de jogo. Para um jogador que bate longe e tem um voo de bola alto, o vento afeta-o mais.
«O jogo esteve bem, tanto no primeiro dia, como no segundo, embora tenha havido uma discrepância grande de resultado. Acontece que no primeiro dia esteve mesmo muito vento, com rajadas a passar os 60 km/h, o que dificultou-me muito o controlo de distância e os putts curtos. Senti que não joguei mal mas falhei em momentos chave. No segundo dia também esteve ventoso, mas bem menos do que no primeiro, e tive a felicidade de fazer o meu primeiro hole in one no terceiro buraco (de 140 metros). E estive mentalmente forte nos putts curtos. Foi um dia muito bem conseguido, fiz apenas dois bogeys em dois buracos de Par-5 por más opções de segundo shot. Faz parte e são aprendizagens que ficam registadas para futuramente não cometer os mesmos erros», analisou o jogador de 22 anos.
E é também para estas aprendizagens que serve o Portugal Pro Golf Tour. Seguramente quando em fevereiro for competir no Alps Tour, uma das terceiras divisões europeias, para o qual conseguiu aceder como membro, via Escola de Qualificação, Tomás Bessa irá muito mais rodado e experiente.
O 4.º Palmares Classic contou com 10 portugueses e as suas classificações e resultados foram as/os seguintes, com destaque para o bom 11.º lugar de Miguel Gaspar que ainda ficou abaixo do Par:
7.º Tomas Bessa, 141 (74+67), -3, 500
11.º Miguel Gaspar, 143 (76+67), -1, 400
15.º (empatado) Ricardo Santos, 145 (76+69), +1, 75
15.º (empatado) João Ramos, 145 (71+74), +1, 75
24.º (empatado) Tiago Rodrigues, 147 (73+74), +3
30.º (empatado) Hugo Santos, 148 (77+71), +4
41.º (empatado) Alexandre Abreu, 152 (73+79), +8
50.º (empatado) Rogério Brandão, 154 (75+79), +10
60.º António Sobrinho, 160 (79+81), +16
67.º (empatado) Mickael Carvalho, 170 (89+81), +26