Timofte voltou a Portugal, onde passou dez anos a coleccionar títulos, a somar amigos e a tornar-se adepto de clubes rivais do Porto.
Há quatro anos que não visitava Portugal. Onde esteve durante este tempo todo?
Sempre na Roménia, muito atarefado com os meus negócios imobiliários. Acreditem que não foi por falta de saudades. Continuo a acompanhar tudo que se passa aqui e a ver todos os jogos do FC Porto e do Boavista.
Entre o momento de fulgor do FC Porto e a apreensão que se vive no Bessa, o que mais o surpreende?
O momento do Boavista, claro. No FC Porto, passam os jogadores e os técnicos, mas a equipa ganha sempre. A Direcção tem um papel muito forte, mas o que marca a diferença para os outros é o rigor e aquilo a que vocês chamam mística. Eu aprendi-a, sem que ninguém me explicasse nada. Mas não é fácil ter uma equipa tão forte como a deste ano. Vi-os ganhar 5-0 em Guimarães e fiquei impressionado.
Acha que o melhor Timofte cabia no actual FC Porto?
O futebol mudou muito nos últimos anos... mas não, não cabia no actual FC Porto. Esta equipa é muito forte, só tem jogadores de alto nível e joga de forma diferente do meu tempo. É um futebol mais corrido.
Chegou a Portugal com 23 anos, partiu com 32. Esperava ter ficado tanto tempo?
Não. Saí do Timisoara para um grande de um país desconhecido e não sabia o que ia acontecer. Soube muitos anos depois que foi o Mircea Lucescu que me indicou ao FC Porto, quando estava tudo feito para ser ele o treinador em 1991. Depois algo correu mal, e veio o Carlos Alberto Silva, mas fui contratado na mesma. Quando saí, fiz força para continuar no Porto e fui para o Boavista, um clube simpático.
Levou o clube à primeira participação de sempre na Champions, mas curiosamente saiu na época anterior ao título. Arrependeu-se?
Era eu o travão para que o Boavista não fosse campeão [risos]. Sei que terminei muito cedo, mas não estou arrependido. Já estava para abandonar desde 1998... Queria sair em grande, de cabeça erguida, e consegui-o. É com tristeza que vejo amigos meus que parecem querer continuar até aos 60 anos...
De que clube levou melhores recordações?
Sou portista e boavisteiro em igual escala. Ganhei dois títulos no FC Porto e uma Taça no Boavista. Recordo muito o golo que, pelo FC Porto, deu a vitória (3-2) no Estádio da Luz e aquele que marquei de muito longe pelo Boavista nas Antas (2-0).
Diz não ter preferência, mas nestas férias só visitou o Bessa...
Calhou. Tenho mais amigos aqui. Joguei com o Mário Silva, fui treinado pelo Jaime Pacheco e trabalhei com este departamento médico. Mas encontrei por acaso Pinto da Costa. Saudou-me e disse-me que estava gordo! Respondi que isso sabia eu e que ele não precisava de mo recordar [risos]!
Há quatro anos que não visitava Portugal. Onde esteve durante este tempo todo?
Sempre na Roménia, muito atarefado com os meus negócios imobiliários. Acreditem que não foi por falta de saudades. Continuo a acompanhar tudo que se passa aqui e a ver todos os jogos do FC Porto e do Boavista.
Entre o momento de fulgor do FC Porto e a apreensão que se vive no Bessa, o que mais o surpreende?
O momento do Boavista, claro. No FC Porto, passam os jogadores e os técnicos, mas a equipa ganha sempre. A Direcção tem um papel muito forte, mas o que marca a diferença para os outros é o rigor e aquilo a que vocês chamam mística. Eu aprendi-a, sem que ninguém me explicasse nada. Mas não é fácil ter uma equipa tão forte como a deste ano. Vi-os ganhar 5-0 em Guimarães e fiquei impressionado.
Acha que o melhor Timofte cabia no actual FC Porto?
O futebol mudou muito nos últimos anos... mas não, não cabia no actual FC Porto. Esta equipa é muito forte, só tem jogadores de alto nível e joga de forma diferente do meu tempo. É um futebol mais corrido.
Chegou a Portugal com 23 anos, partiu com 32. Esperava ter ficado tanto tempo?
Não. Saí do Timisoara para um grande de um país desconhecido e não sabia o que ia acontecer. Soube muitos anos depois que foi o Mircea Lucescu que me indicou ao FC Porto, quando estava tudo feito para ser ele o treinador em 1991. Depois algo correu mal, e veio o Carlos Alberto Silva, mas fui contratado na mesma. Quando saí, fiz força para continuar no Porto e fui para o Boavista, um clube simpático.
Levou o clube à primeira participação de sempre na Champions, mas curiosamente saiu na época anterior ao título. Arrependeu-se?
Era eu o travão para que o Boavista não fosse campeão [risos]. Sei que terminei muito cedo, mas não estou arrependido. Já estava para abandonar desde 1998... Queria sair em grande, de cabeça erguida, e consegui-o. É com tristeza que vejo amigos meus que parecem querer continuar até aos 60 anos...
De que clube levou melhores recordações?
Sou portista e boavisteiro em igual escala. Ganhei dois títulos no FC Porto e uma Taça no Boavista. Recordo muito o golo que, pelo FC Porto, deu a vitória (3-2) no Estádio da Luz e aquele que marquei de muito longe pelo Boavista nas Antas (2-0).
Diz não ter preferência, mas nestas férias só visitou o Bessa...
Calhou. Tenho mais amigos aqui. Joguei com o Mário Silva, fui treinado pelo Jaime Pacheco e trabalhei com este departamento médico. Mas encontrei por acaso Pinto da Costa. Saudou-me e disse-me que estava gordo! Respondi que isso sabia eu e que ele não precisava de mo recordar [risos]!