Para quem é amante do voleibol e segue o campeonato português com muita atenção fàcilmente vê que a enorme maioria das atletas portuguesas apresentam limitações técnicas e físicas o que causa a necessidade de recorrer a jogadoras estrangeiras. Mesmo comparando com o campeonato da nossa vizinha Espanha (que eu acompanho e vejo com muito entusiasmo) podemos ver que as diferenças são enormes. Chegando à conclusão que recorrer a atletas estrangeiras é imperativo resta fazer um bom "scouting" para descobrir mais valias, o que certamente não foi o caso do FC Porto para esta época. Para terminar uma palavrinha em relação à MRL que é uma atleta com um bom porte físico mas com várias carências técnicas que tardam em ser corrigidas, e quanto ao "despacho" penso que não foi despachada mas sim despachou-se a ela própria com o propósito de ser mais presente na quadra...
Quanto à saida da MRL, se foi forçada ou pretendida, não sei falar.
Sei que veio do Leixões, onde fez uma época fantástica (curiosamente com o MC a treinador) e depois no FCP, teve uma utilização muito reduzida. Felizmente agora no SCB, está a voltar ao que já tinha mostrado no Leixões.
Do volei feminino do FCP conheço (de forma muito superficial) apenas o Zé Carlos, que foi dos meus tempos de Liceu.
Como bom Espinhense, fui sempre um apaixonado pela modalidade e nos meus tempos de liceu, embora a minha estatura seja muito limitada para o volei, participei com alguma regularidade nessa modalidade. Fui parceiro em muitos jogos do Paulo Brenha (irmão do mais famoso João Brenha), do Malheiro (também ele de baixa estatura, mas que ainda fez umas epocas boas no Esmoriz), entre outros, onde estava também o Zé Carlos (hoje pertencente aos quadros da modalidade do nosso clube). De resto não tenho informação "inside".
Efetivamente a qualidade do volei nacional feminino, não é muito elevada, mas também acredito que não será, encharcando todas as equipas com estrangeiras (algumas de qualidade duvidosa) que a qualidade das nossas atletas irá evoluir muito.
É preciso trabalho.
É preciso divulgar a modalidade, pegar nessas miudas que mostram algum talento e não as abandonar, numa segunda ou terceira divisão qualquer, em prol de resultados imediatos. Que é precisamente o que estamos a fazer, com a contratação de 6/7 atletas estranjeiras
Eu sei que o FCP devido à parceria com a AJM, chegou ao primeiro patamar sem qualquer tipo de infraestrutura de bases. A AJM tinha essas bases.
Eu sei que a ideia era contratar 2/3 jogadoras de qualidade e lutar pelo titulo, coisa que a AJM sozinha, não tinha condições.
Mas o que vemos hoje, é que quase todos os clubes (que lutam por titulos ou não), têm 10/11 jogadoras estrangeiras, fazendo com que as miudas tenham participações residuais no tempo de jogo. Isso leva a desmotivação e abandono da modalidade, o que para mim que gosto efetivamente de volei, não será o melhor caminho.