A possibilidade de ser apanhado. Nessa linha de raciocínio utilizaria um voo privado.
Avião privado. Esse tipo de cambalachos são os que fogem ao radar e seriam os da minha preferência.
Esse exemplo enquadra-se num avião da TAP.
Estás a partir do pressuposto que quem comete ilegalidades tem como única e exclusiva preocupação o impacto que elas têm na perpetuação no poder.
Se não têm impacto, logo estou à vontadinha.
Não partilho dessa análise.
No mundo do futebol (em que este fórum é uma pequena amostra) o que faz com que presidentes continuem no poder ou sejam apeados está muitíssimo mais relacionado com resultados desportivos do que com provas cabais de honestidade/desonestidade.
Tens um exemplo dum presidente duma camara municipal deste país em que os próprios eleitores que nele votam dizem: "rouba, mas faz"
Num clube de futebol a avaliação do "faz" é muito mais intuitiva e imediata.
"Fazer" = ganhar.
Presidente desonesto que ganhe tem salvo conduto dos sócios para fazer o que bem lhe der na veneta. Tens exemplos disso no Vale e Azevedo que quem estava de fora percebia quem era e foi preciso inventar uma pseudo vinda do Jardel para resolver o problema.
Tens também o exemplo deste forum. O tópico da SAD e do presidente tem muito mais movimento critico nos dias em que a equipa perde pontos/jogos do que nos dias em são formalizados negócios que possam ser questionáveis.
Por isso, a questão da impunidade na avaliação dos sócios é pouco relevante. Conta mais o não ter problemas na justiça ou não espicaçar quem os possa ajudar a criar seja com factos reais ou inventados como suporte.
Admitindo o pressuposto que clubes como Porto, benfica e sporting retiram dinheiro das contas da SAD em excesso face ao que seria necessário para a efetivação de cada negócio em especifico, no teu entendimento isso é feito exclusivamente para beneficio directo de ladrões que dentro ou fora do clube o sugam para enriquecimento próprio ou admites que uma parte dessa verba possa ser desviada para outros pagamentos que o clube considere serem relevantes independentemente da (i)licitude ?
Até vou dar um exemplo que nos é alheio. Se fores consultar a empresa citada na noticia também verás altos níveis de faturação.
Qual foi o objetivo do benfica aqui? Não estou a pedir a tua avaliação moral sobre a tipologia do crime alvo dessa investigação nem estou a dar a minha.
Uso-o porque aparenta ser um exemplo em que um clube de futebol tira desnecessariamente dinheiro da conta face ao que lhe é faturado e este acaso não aparenta configurar um exemplo em que o intuito fosse o de enriquecer o dono da empresa ou a familia do LFV.
A Polícia Judiciária (PJ) e o Ministério Público (MP) detetaram pagamentos de milhares de euros por parte da empresa informática que terá servido de saco azul ao Benfica, pela forma como recebeu do clube 1,9 milhões de euros por serviços de consultoria fictícios, ao árbitro Bruno Paixão, adianta a TVI / CNN Portugal.
De acordo com a estação, existem indícios de corrupção desportiva, por suborno de um árbitro, que podem levar à descida de divisão das águias.
O próprio Bruno Paixão admitiu à TVI ter recebido dinheiro, mas apenas por "um serviço de controlo de qualidade" à empresa, afirmando tratar-se de uma mera coincidência ter recebido dinheiro da Best for Business, do empresário e arguido no processo José Bernardes, enquanto exercia as funções de árbitro.
"Conheço José Bernardes, e, aqui há uns anos, durante alguns meses, tentei implementar um sistema de controlo de qualidade, o ISO 9001, na empresa Best for Business", afirmou, negando ter recebido pagamentos por parte do Benfica.
O clube da Luz reagiu em comunicado a esta notícia, frisando que já fez "um pedido de aceleração processual" e que "no processo em causa as diligências de inquérito foram já concluídas, aguardando o processo apenas o despacho final que põe termo ao inquérito".
"No âmbito do referido processo nunca a Benfica SAD ou os seus representantes legais foram confrontados com quaisquer factos que envolvessem o nome do Senhor Bruno Paixão e/ou quaisquer acusações de corrupção desportiva", pode ler-se numa nota publica no site oficial do clube.
O inquérito do processo Saco Azul remonta a 2018, quando a Autoridade Tributária e Aduaneira alertou para a faturação excessiva de uma empresa de consultoria informática. Esta empresa e os seus responsáveis já tinham sido constituídos arguidos. Em causa estão 1,8 milhões que saíram das contas da Benfica, SAD, num período de meio ano, para pagamento de serviços que alegadamente nunca foram prestados.
Na altura em que o processo foi desencadeado, a Polícia Judiciária fez buscas no clube, tendo sido analisados documentos na tentativa de encontrar crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais. A investigação tentou perceber se a SAD do Benfica tinha um saco azul, onde o dinheiro seria depositado e depois levantado em notas, para ser utilizado no pagamento de despesas não contabilizadas.
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