Neste momento só quero voltar a ser campeão no Porto, Miguel Queiróz
Miguel Queiróz, 26 anos, basquetebolista do F.C.Porto. O poste internacional português conta-nos o seu trajeto no mundo do basquetebol, com a experiência em território americano, bem como aborda assuntos pertinentes relativos à modalidade em Portugal e à hegemonia norte-americana.
Texto e Edição de Tiago Ferreira e Francisco Seabra
Desde pequeno sempre sonhou em jogar basquetebol? Explique-nos o seu trajeto e a evolução neste desporto. Faria alguma coisa de diferente?
Sempre fiz muitos desportos desde pequeno. Era apenas um miúdo que adorava praticar desporto, até que aos 11 anos o meu pai levou-me a experimentar o basket e a paixão foi imediata. Depois, aos 15 anos fui selecionado para o centro de treino de São João da Madeira, e durante o fim-de-semana representava o Barreirense. Nos dois anos seguintes, fiz a mudança para o CAR Jamor. No meu primeiro ano de Sub 20, tive uma experiência enriquecedora nos Estados Unidos, no Life Center Academy, em New Jersey. Depois voltei ao Barreirense, no qual estive dois anos, seguido de um ano inesquecível na proliga no Illiabum e neste momento vivo a melhor fase da minha carreira, representando o F.C.Porto pela quinta época.
O que teria feito caso não fosse jogador de basquetebol?
Gostaria de fazer algo relacionado com a matemática, desde pequeno que gosto muito de números e contas.
Se tivesse de enumerar as suas 3 melhores características, quais seriam? Em qual jogador da NBA revê melhor o seu estilo de jogo?
Acho que sou um jogador muito solidário, disciplinado e de grande coração! Nicola Jokic.
Quais são os momentos ou pessoas vitais da sua carreira?
Claramente a minha família, namorada e alguns amigos. O melhor momento, foi quando fui campeão pelo F.C.Porto!
Fazia tudo exatamente igual, sinto que tive um percurso muito bom, até aqui e sinto que foi aquele que eu escolhi.
O basquetebol tem ganho cada vez mais preponderância no panorama desportivo nacional. Para continuar esta expansão, que medidas considera serem fulcrais, para melhores resultados (internacionalmente clubes e seleções)?
A aposta na formação é fundamental, não só na formação de jogadores, mas também na formação de todos os intervenientes desportivos relacionados com a modalidade. Melhores profissionais é igual a melhores resultados.
A liga tem um formato um pouco diferente, para um adepto pouco informado. Qual a sua opinião sobre o mesmo? Considera que lhe confere competitividade ou que é um sistema algo injusto?
De um modo geral, é justo e competitivo. O aumento de jogos é importante para o aumento da rentabilidade dos jogadores. De qualquer modo, existem algumas coisas a serem melhoradas.
Acha que alguma vez algum campeonato europeu (ou de outro continente) vai fazer face à NBA? O que tem a liga norte-americana de tão especial?
Acho que não, o sistema americano instalado está muito à frente de todos os outros, pavilhões sempre cheios, visibilidade absoluta, muitos atletas e pessoas realmente apaixonadas pelo desporto. Para além de que desde pequenos, na escola, incentivam as crianças a serem bem-sucedidas como jogadores. As escolas dão condições inacreditáveis para que isso seja possível.
Revejo o meu estilo de jogo no Nicola Jokic, jogador da NBA.
Cada vez mais vemos jogadores, sobretudo europeus, a brilharem nos grandes palcos. É algo natural ou deve-se a determinado tipo de medidas?
Tudo tem a ver com o trabalho. Neste momento o jogador europeu acredita que é possível chegar a grandes palcos e trabalha cada vez mais para isso.
Tendo já uma carreira de sucesso, aos 26 anos, quais são os objetivos para os próximos anos? Algum campeonato estrangeiro?
Neste momento só quero voltar a ser campeão no Porto! É o meu único objetivo de momento.
http://odesportista.net/miguel-queiroz/